240: Costumes e Rituais Humanos 240: Costumes e Rituais Humanos Raguk, líder da mais poderosa horda Uugazt, balançou a cabeça confuso. “Não estou preocupado com a Aliança. Eles estão estranhamente quietos desde que emitiram aquele aviso de procurado para você.”

“Olha só; você pode ensinar truques novos a um cachorro velho,” eu disse, zombando. Já era hora da Aliança parar de tentar me emboscar e começar a jogar mais às claras. Mas não importava o quanto tentassem se esconder, isso não os salvaria de mim.

Contudo, a expressão no rosto do orc quase me fez explodir de rir. Ele parecia tão confuso com a minha afirmação.

“Não se preocupe com isso,” eu ri, incapaz de resistir completamente. “Vou pedir ao meu segundo que lhe envie as coordenadas da nossa localização atual.”

“Entendido, Tahetoln,” grunhiu Raguk, cortando a ligação entre nós antes que eu pudesse perguntar o que aquela última palavra significava. Meu tradutor não conseguiu identificá-la.

“Jun Li?”

“Estou nisso,” grunhiu Jun Li enquanto eu me levantava. Dobrando a pele que estava sobre meu colo, coloquei-a na cadeira que acabara de desocupar. Não era porque a ponte de comando estava excessivamente fria que eu sempre quis estar coberto; eu simplesmente sempre gostei de estar sob um cobertor de algum tipo. O peso de um, não importando o quão quente estivesse lá fora, nunca falhou em me fazer feliz.

Virando-me para olhar para GA e Midnight, abri a boca, “Devemos ir salvá-los?” perguntei com um sorriso no rosto. Da’kea, Tha’juen e Ye’tab estavam navegando pelas redes sociais e aplicativos de namoro da Terra até a altura dos joelhos, e eu admitiria que me sentia um pouco mal com isso.

Midnight riu baixo; as vibrações de seu peito ecoaram ao nosso redor como ondas lambendo a praia. “Honestamente, estou mais do que um pouco intrigado com o que eles estão vendo. Só o conceito já é bem diferente de tudo o que conhecemos. Seria interessante dar uma olhada nos seus… perfis também.”

Levantei minha sobrancelha ao ouvir sua declaração enquanto ele caminhava em minha direção e passava o braço ao redor da minha cintura. “Eu não sou tão interessante quanto alguém como Pippa,” eu respondi, encostando meu rosto em seu peito. Inspirando fundo, senti a tensão no meu corpo praticamente derretendo com a proximidade dele.

“Não sei quanto a isso,” sorriu Midnight, depositando um beijo gentil no topo da minha cabeça. “Eu te acho interessante o suficiente, exatamente como você é.”

“E ele não é o único,” grunhiu GA, aproximando-se de nós.

Os três saímos da ponte de comando, conversando baixo entre nós enquanto caminhávamos pelo corredor em direção à sala de estar, onde os outros estavam fazendo suas pesquisas.

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Da’kea sentiu seus olhos arderem enquanto continuava a examinar as informações sobre as fêmeas humanas que Jun Li havia levantado. Os rituais e costumes da raça humana eram diferentes de qualquer outra espécie conhecida na galáxia.

Tha’juen soltou um gemido baixo enquanto outro vídeo começava a ser reproduzido de algum tipo de ritual de acasalamento. “Os homens humanos são…” ele começou, sem saber como descrever o que estava vendo. Esse homem em particular estava nu, sua pele frágil exposta a todos. Havia algum tipo de marcações tribais verdes em seu peito e rosto enquanto ele gritava seu desafio.

A bebida amarela em seu copo se espalhou por todo lado enquanto ele e os humanos ao seu redor pareciam estar gritando de… felicidade?

Ye’tab zombou do comentário de Tha’juen. “Eu vi menos pele na casa de prazeres em Demmar Prime,” ele grunhiu enquanto mostrava aos outros homens uma foto de Pippa. Ela estava com três pequenas peças de roupa no corpo—uma em cada uma de suas glândulas mamárias e a última cobrindo o monte entre suas pernas.

Havia muitas outras fêmeas vestidas do mesmo jeito, e Ye’tab podia ver um grande corpo de água atrás delas.

“As fêmeas humanas são as únicas na Terra que saem do seu caminho para atrair um homem e não o contrário,” disse uma voz feminina. Ye’tab levantou os olhos do seu tablet enquanto Mei Xing e seus outros dois homens entravam na sala comum.

“Você quer dizer que seus homens não tentam impressionar as fêmeas para mostrar sua aptidão para produzir descendência?” perguntou Ye’tab, inclinando a cabeça para o lado. Ele piscou algumas vezes, o conceito tão estranho para ele. Todos os homens competiam pela atenção das fêmeas. É assim que era. Afinal, eles precisavam dela para passar adiante seus genes.

“Alguns fazem,” deu de ombros sua companheira enquanto ela se aconchegava no sofá diante da lareira. Era seu lugar favorito na nave, fora do seu ninho. “Eles normalmente são os mais desejáveis. Mas as fêmeas competem entre si pelos homens mais desejáveis.”

Ela apontou para a foto em seu tablet. “Elas estão na praia,” ela explicou. “E esses biquínis são desenhados tanto para atrair os homens quanto para deixar o mínimo de marcas de bronzeado.”

“Você tem um?” perguntou Midnight, inclinando a cabeça para o lado para estudar a foto diante dele. A fêmea em questão, Pippa, estava longe de ser tão atraente quanto a que estava de pé diante dele, mas isso não significava que ele não estivesse interessado em ver sua fêmea em algo parecido.

“Eu tenho,” admitiu Mei Xing com um sorriso secreto no rosto. “E acho que temos uma piscina de algum tipo em um dos andares inferiores.”

“A piscina de água salgada que você pediu para ser instalada já está pronta há um tempo,” intrometeu-se a AI, entrando na conversa. Foi desconcertante as primeiras vezes que ele fez isso. Au’dtair não estava acostumado com a ideia de que alguém estava sempre ouvindo, mas agora eles já estavam acostumados.

“Eu pedi uma piscina?” perguntou sua pet, a expressão de confusão no rosto dela fazendo o caçador Saalistaja querer rir.

“Bem, pedir pode ser um pouco exagerado, mas você mencionou na Terra que escolheu sua habitação porque ela lhe dava a chance de nadar sempre que quisesse,” disse Jun Li, e Au’dtair poderia jurar ter ouvido embaraço na voz do androide.