Navios da Estrela - Capítulo 101

101: Fazer Um Bom Tapete 101: Fazer Um Bom Tapete “Mas ele é bem conhecido e não há registro dele como um traficante de armas,” interrompeu Jun Li.

“Só porque não há um registro, não significa que não seja verdade. Ou façam uma pesquisa melhor ou certifiquem-se de que teremos algumas saídas quando chegarmos às coordenadas que ele nos deu,” eu disse enquanto a Noite subia na cama e deitava no meu peito. Ele parecia gostar do pelo tanto quanto eu gostava. “Vou dormir um pouco. Me acorde em algumas horas ou pouco antes de chegarmos lá.”

“Bai Mei Xing?” disse Jun Li hesitante, e eu imediatamente abri os olhos.

“Sim?”

“Se tivermos que sair atirando, o que vamos fazer?”

“O que você quer dizer?” Eu perguntei, sem entender qual era a preocupação dele. Se eram armas ilegais ou morte, eu sabia bem em que campo estava firmemente.

“Quero dizer, eu não quero ser caçado pelo Saalistaja,” respondeu Jun Li, e se eu não soubesse melhor, juraria que ouvi um pouco de medo em sua voz. Mas isso era impossível, certo?

“Como vocês conseguem identificar a que espécie pertencem as naves?” Eu perguntei, minha mente rapidamente formando um plano.

“Há algumas maneiras diferentes,” respondeu Jun Li. “Sinais, a maneira como parecemos, esse tipo de coisa.”

“E você parece Sisalik?” Eu perguntei.

“Sim,” ele confirmou.

“Você pode fazer alguma alteração que garanta que todos pensem que você é um Sisalik? Que não haja hesitação?” Eu insisti.

“Sim, há muitas coisas que posso fazer para garantir que minha identidade seja de Sisalik,” ele disse, soando muito mais confiante.

“Então, se chegar ao ponto de ser eles ou nós, nós eliminamos qualquer ameaça do céu. E quando o fizermos, apenas garantiremos que estamos voando sob a bandeira dos Sisalik. Se o Saalistaja descobrir, então eles irão atrás dos Sisalik primeiro por respostas.”

“E quando isso não funcionar para sempre? Quero dizer, os Saalistaja são espertos; eles saberão. O que fazemos então?” perguntou Jun Li.

“Eu tenho algumas ideias,” eu o tranquilizei. Simplesmente não sabia se eram mais ficção científica, fantasia ou realidade, dadas as minhas circunstâncias atuais. Mas isso era um problema para outro dia. “Agora, vou dormir. Me chame se precisar de mim.”

——
Au’dtair assistiu seu animal de estimação se acomodando em uma superfície que parecia ser para… humanos. Ele tinha aprendido muito sobre a espécie dela. Por exemplo, além da juba na cabeça, eles tinham tufos de pelo em outras partes do corpo. No entanto, sua animal de estimação parecia não gostar do pelo nela mesma e o removeu todo durante o banho, restando apenas sua juba.

Ele também descobriu quão pálida e lisa era a pele dela comparada à dele. Ele queria tocar nela, mas isso a alertaria para o fato de que ele estava ali. Ele também estava preocupado que suas mãos fossem muito ásperas para a carne dela, e ele não queria correr o risco de machucá-la.

Essa também era a primeira vez que ele via o animal de estimação original da Série L fora de fotos. Ele admitiria plenamente que a informação de Ye’tab estava correta em relação àquela humana, mas ele também podia ver como sua animal de estimação desdenhava a líder humana. De novo, ele também não suportaria uma líder assim. Sua animal de estimação tinha a ideia certa em não querer nada com ela ou com a Aliança.

Au’dtair foi para um dos cantos da sala onde ele poderia observar melhor sua animal de estimação, independentemente de onde ela estivesse. Pulando, cravou suas garras e pés no ponto onde as paredes encontravam o teto. Garantindo que seu camuflagem estava firmemente no lugar, ele diminuiu os batimentos de seus corações e a respiração.

O fato de a Aliança ter planos para a espécie de sua animal de estimação o deixava mais do que um pouco irritado. Os Saalistaja não se importavam o suficiente com a Aliança para realmente investigá-los; no entanto, se isso era o que eles estavam fazendo, talvez os Anciãos devessem.

Agora, a ideia de que os humanos eram reprodutores universais era algo que ele nunca imaginou. Havia apenas uma espécie há muito tempo atrás que podia se acasalar com outras espécies e produzir descendentes viáveis, mas acreditava-se que tinham sido exterminados milhões de anos atrás.

A menos que os humanos fossem os descendentes há muito perdidos dos Etavainianos? Não seria uma teoria tão absurda considerando que eles semearam quase todas as galáxias conhecidas e eram reprodutores universais.

Au’dtair queria enviar uma mensagem para Ye’tab informando-o sobre algumas das coisas que descobriu, ou pelo menos o suficiente para fazê-lo olhar para o outro lado do universo atrás de… Jun Li. No entanto, ele não queria correr o risco de que a AI pudesse decifrar a mensagem e deixar sua animal de estimação saber que havia um intruso a bordo.

Por outro lado, ele estava mais do que disposto a aceitar as consequências de explodir o vasfuggony se ele ousasse tentar prejudicar sua animal de estimação. E isso seria nada comparado ao que ele faria com os Njeriuujk. Essa espécie não estava sob a proteção da Aliança simplesmente porque preferia ter mais liberdade. Havia um líder Ujk que governava todo o planeta, e a ideia de se submeter a algo como uma Aliança desagradava-o profundamente.

Não era como se a Aliança simplesmente aceitasse o fato de que os Njeriuujk não queriam nada com eles. No entanto, derrota após derrota convenceu a Aliança de que seria melhor para os Njeriuujk permanecerem neutros ao invés de hostis.

Os Njeriuujk poderiam ser oponentes formidáveis, mas isso era porque nunca haviam enfrentado os Saalistaja. Au’dtair sabia que poderia dar um jeito rápido no Ujk. A pele da Meia-noite ficaria bonita aos pés da cama de Mei Xing, sendo pisada todos os dias.

E isso não era nada comparado ao que ele faria com a Aliança se olhassem por muito tempo para sua animal de estimação.