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Não Há Amor na Zona da Morte (BL) - Capítulo 46

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46: Capítulo 45. Onde os Caminhos São Traçados 46: Capítulo 45. Onde os Caminhos São Traçados “Eu… eu devo ter estado mais exausto do que pensei…”

Zein piscou olhando para o teto do seu quarto na república, antes de encarar o relógio que indicava que o café da manhã tinha passado sem sua participação. Por conta disso, mesmo com seu estômago roncando, seu corpo estava revigorado.

Ele estava preocupado que não conseguiria dormir tranquilo no colchão duro e habitual da Unidade depois de passar duas semanas deitado na cama de Mortix, mas acabou que, assim que colocou a cabeça no travesseiro, caiu num sono profundo, mesmo que normalmente fosse o último a dormir e o primeiro a acordar.

“Ninguém me acordou?” ele resmungou, e levantou com um bocejo. Encarando a jaqueta da SavAsh pendurada sobre a mesinha de cabeceira, Zein vasculhou o bolso interno atrás de uma barra de energia — o que restava da provisão que Bassena lhe deixara naquela noite.

Haa… mesmo acordando revigorado, sua mente ainda parecia um turbilhão.

Dormir tarde por causa do esgotamento era um resquício da união deles; o guiar, a violação do seu próprio princípio. Ele passou muito tempo pensando sobre isso — sobre por que podia ser tão facilmente influenciado. Durante dezessete anos manteve sua postura, e ela desmoronou em menos de duas semanas.

Era assustador.

O apego era uma coisa assustadora. Era a semente do imprinting; uma bênção letal, uma maldição bela.

Zein odiava imprinting. Sua mãe foi marcada por um esper — não havia um pingo de amor entre eles, era simples conveniência. Mas o esper morreu, e sua mãe entrou em um desespero profundo, tanto que estava disposta a se casar com um homem mau como o pai dos gêmeos. Até hoje, Zein não tinha ideia se era filho daquele esper sem nome ou daquela desculpa patética de homem que o vendeu para uma guilda desonesta.

Mas ele sabia que odiava a ideia de imprinting. Não — ele tinha medo disso. E por isso ele tinha medo de pegar a semente.

Aquele apego que Bassena lhe mostrava com tanta evidência.

Mas o medo do apego era que ele era inevitável. Zein nem se encontrava com vontade de fugir. Quanto mais ele permitia o anseio de Bassena por ele, mais Zein percebia; ah, eu estava sendo levado.

Ele estava assustado.

Zein enterrou o rosto na palma da mão. Era assustador perder a razão e o juízo. Perder a si mesmo. Dentro daquele mar de escuridão, Zein estava se afogando. Não —
“Eu ainda estou me afogando,”
O batimento cardíaco que se recusava a acalmar toda vez que ele pensava naquele momento era avassalador.

‘Mas não era nada romântico,’
Seria melhor se fosse. Mas Zein se conhecia — ele não estava pronto para algo assim. Ele não era corajoso o suficiente. Seu coração não permitiria que algo tão terno se manifestasse.

Pois ter algo precioso significava o momento inevitável de perdê-lo.

Ele segurou seu colar com força.

O apego entre ele e Bassena Vaski era algo nascido da maldade da natureza. Uma dependência. Algo como uma coceira que se tornava desconfortável se não tratada, mas não representaria perigo mesmo que não se livrassem dela.

— Eu não me importo
Zein pressionou os lábios quando a imagem daqueles olhos âmbar firmes piscou em sua mente. Bassena tinha dito com tanta firmeza, tanta certeza, que Zein não teve a chance de refutar.

— Eu não me importo mesmo que seja apenas um efeito das circunstâncias
Como? Como ele podia dizer isso quando ele mesmo já tinha experimentado tanta perda e traição? Ele não tinha medo de quão frágil era esse tipo de apego?

Zein agonizava internamente com isso toda vez que via o afeto naqueles olhos âmbar. Ele tentava lutar e negar, mas ao mesmo tempo, desejava por isso.

E era isso o que o deixava ainda mais assustado.

Suspirando de maneira atípica, Zein se deixou cair de novo no colchão, encarando o teto escuro.

Escuridão. Isso o fazia lembrar de Bassena.

“…droga,” Zein rangeu os dentes. “Provavelmente isso vai passar com o tempo,” ele murmurou, mesmo enquanto o coração do guia protestava.

“Zeiiin!!” bem na hora, uma voz animada invadiu o quarto e a pequena figura de Yath pulou sobre o corpo deitado de Zein. “Hmm? Por que essa cara feia?”

“O que foi?” Zein estreitou os olhos. Vejam só, o apego realmente era uma coisa assustadora. Esse pequeno guia cavalgando sobre ele agora ainda parecia fofo, mas Zein já não sentia mais atração sexual por ele. Hmm… sim, exatamente como Han Shin, este parecia apenas um irmãozinho agora.

Yath franziu os olhos, sem dúvida mordiscando os lábios atrás da máscara. “Você ficou fora por duas semanas, eu não posso apenas sentir sua falta?”

“Eu não tenho nada para te dar,”
O pequeno guia engasgou, segurando o coração como se Zein tivesse magoado seus sentimentos. “Que frieza! Por quê? Agora que você encontrou alguém de quem gostou você não precisa mais de mim?”

Zein estava prestes a levantar, mas parou e piscou com isso. Os olhos de Yath se curvaram de maneira travessa enquanto ele se inclinava para a frente e pairava sobre o rosto de Zein. “Eu vi você ontem, sabia~” ele se apoiou no peito de Zein, rindo. “Você definitivamente trata Bassena Vaski de maneira diferente.”

“Ugh—” Zein se deitou de novo no colchão.

“O quê é isso? O quê é isso? Você dormiu com ele ou algo assim?”

Zein não respondeu, apenas virou a cabeça e fechou os olhos, suspirando de exasperação. Ele não estava mentalmente preparado para lidar com isso.

“Huh?? É verdade? Você? Dormindo com um esper?!” Yath sacudiu o ombro de Zein, os olhos verdes arregalados de choque. E então ele parou e se inclinou para baixo, o rosto pairando sobre Zein com uma expressão séria. “Ele… não estava te forçando a nada, certo?”

“Não,”
Seria melhor se ele estivesse, Zein pensou. Então ele teria um motivo real para evitar o homem. E seu coração, bem como a alma de seu Guia, não estariam tão confusos. Então ele não precisaria se agonizar sobre o conflito entre seu instinto e sua racionalidade.

Por enquanto, ele nem conseguia decidir se queria aceitar a oferta de Mortix ou não.

“Mesmo?” Yath fez uma cara ainda mais surpresa, antes de seus olhos brilharem com empolgação repentina. “Então… como foi?”

Zein estreitou os olhos para o sussurro do homem mais jovem. “Isso não—”
“Aah me diz! Me diz me diz me diz!”

“Eu não vou te contar nem se você fizer birra,” Zein suspirou, afundando a cabeça de volta no travesseiro e virando-se para a parede.

Yath pulou para baixo de Zein e ficou em pé com as mãos na cintura. “Hmph! Tudo bem, você não precisa me dizer. Eu já sei que você gostou,” ele falou com tanta confiança que Zein não pôde deixar de olhar para ele.

“Você nem mesmo—”
“Eu sei~” Yath curvou a parte superior do corpo, um sorriso largo no rosto enquanto ele mexia na orelha de Zein. “Suas orelhas estão vermelhas, sabia. Elas só ficam assim quando você se sente rea~lmente bem.”

Zein arregalou os olhos, claramente ignorante sobre essa parte dele. Era verdade que quando Yath perguntou sobre isso, sua mente involuntariamente estava relembrando o evento, e parecia que seu corpo não conseguia evitar reagir a isso.

Na tentativa de esconder seu embaraço, Zein se levantou e saiu da cama, caminhando em direção à pia. “Então, você veio aqui só para isso?” ele perguntou, involuntariamente áspero, fazendo o pequeno guia abrir ainda mais o sorriso.

Afinal, quando mais ele veria Zein ficar sem jeito assim?

“Não,”
Zein jogou água no rosto e encarou Yath através do espelho com a sobrancelha levantada. “Então?”

“O Capitão está procurando por você,”
* * *
Subindo as escadas para o escritório do Capitão, Zein se perguntava sobre o que o homem queria falar com ele. Ele já tinha dado um breve relatório com Ron ontem, e já que a expedição era um segredo, nenhum relato escrito precisava ser feito.

Zein parou brevemente em frente à porta do escritório. Havia uma coisa sobre a qual o Capitão poderia querer falar com ele em particular; seu contrato. O Capitão podia ter recebido um relatório mais detalhado de Ron, incluindo como Mortix e Trindade pediram ativa e persistentemente para ele se juntar a eles.

Com uma respiração profunda, ele bateu e abriu a porta do escritório. “Você me chamou?”

O dono do quarto estava ocupado revirando seu armário, mas dirigiu-se brevemente a Zein com o queixo. “Mm, feche a porta.”

Agni apontou para a máquina de café no canto, e Zein foi até lá. Vendo que na verdade não tinha café ali, Zein decidiu fazer uma nova leva.

“Não te vi no refeitório. Já comeu?”

Zein olhou para os novos pacotes de café moído em três tipos diferentes com uma sobrancelha levantada — sem dúvida provenientes da generosa provisão do caminhão de Mortix de ontem. “Eu peguei barras energéticas,” ele respondeu pegando uma da mesma marca que usaram na expedição.

“Hah! Que luxo!” o Capitão soltou uma risada enquanto pegava uma pasta das profundezas do armário e a jogava em cima da mesa. “E aqui estou eu tentando manter a fortaleza sem meus dois campeões da equipe…”

“Foi você quem me mandou,” Zein deu uma resposta displicente ao Capitão, e o café para a máquina.

“Espertinho,” o Capitão riu e jogou-se na cadeira. “Isso mesmo. Fui eu quem te mandou. Mas você foi quem aceitou.”

“Mmm,” Zein não refutou isso. Ele não ligava realmente para o dinheiro, mas o equipamento que vinha junto certamente fechou o negócio.

Agni batia em seu apoio de braço, observando Zein olhando o café escorrer para dentro da garrafa com um olhar sereno. “Mas parece que você gostou bastante,” ele provocou, lembrando da atmosfera amigável durante a despedida de ontem. Pensar que pôde testemunhar Zein se despedindo em vez de desaparecer como de costume assim que o negócio terminava… o Capitão estava bastante divertido, honestamente. “Aqueles cientistas estavam praticamente grudados em você durante aquela despedida.”

“Eles só precisam da minha… experiência,” Zein deu de ombros, com os olhos ainda fixos no café pingando. Ron poderia contar ao Capitão como eles estavam ansiosos para recrutá-lo, mas o contrato proibia o batedor de revelar qualquer coisa sobre a lasca.

“Certo…” a batucada no apoio de braço continuava, e o tom casual do Capitão tornou-se sério. “E presumo que eles ofereceram coisas grandes para você continuar com essa… sua experiência?”

Zein não respondeu, já que era óbvio de qualquer maneira. Uma questão sobre recrutamento não era um acontecimento raro para Zein, e ele sabia que o Capitão não o chamaria apenas por uma simples pergunta como essa. Então ele apenas pegou uma xícara e serviu-se de um café.

Quando ele caminhou até a mesa, Agni o olhava com um sorriso sutil — o sorriso que ele sempre tinha antes de iniciar uma conversa importante. Zein sentou-se na cadeira em frente à mesa e bebeu o café calmamente depois de retrair sua máscara.

“Zen,” a batucada parou, e Zein levantou o olhar da xícara fumegante para os olhos do Capitão. “Você gostaria de ir?”

Zein encarou os olhos do Capitão. Eles eram normalmente ardentes no campo de batalha, mas agora, estavam estranhamente profundos. Como um mar calmo, profundo e oculto.

Não era uma pergunta que Zein esperava. O Capitão era uma pessoa avarenta quando se tratava de pessoal. Já que cada pessoa era importante para manter a fronteira, ele nunca deixaria que abandonassem as estações ou quebrassem seus contratos — uma característica que passou para Ron, aparentemente. Então Zein pensou que o Capitão o lembraria disso e diria para ele ficar aqui.

Mas que pergunta era essa?

Zein respondeu cuidadosamente, com um olhar confuso. “Eu ainda tenho meu contrato aqui.”

“Mas você quer ir?” o Capitão insistiu, embora seu tom permanecesse calmo e casual.

Zein deu de ombros. “Isso ainda está para ser visto,”
“Se eu anular seu contrato agora,” o Capitão se recostou, com a cabeça inclinada levemente, dedos batendo em uma pasta sobre sua mesa. “Você iria?”

“Você quer que eu—”
Zein fez uma pausa quando o Capitão começou a rir. Agni se recostou e olhou para o teto, lábios estendidos em um sorriso largo e divertido. “Zen,” o Capitão inclinou mais a cabeça, olhos fitando direto nos orbes azuis. “Isso não é típico de você.”

O semblante no rosto de Zein agora era raro. Não era mais a face displicente que ele sempre ostentava, enquanto sua sobrancelha franzia em uma carranca que continha confusão e irritação.

“Você é sempre tão resoluto, tão firme, tão claro com sua opção,” Agni sorriu profundamente, satisfeito com a mudança de emoções dentro daqueles belos olhos azuis. “Agora, você está dando desculpas em vez de simplesmente dizer ‘Eu não tinha intenção de ir’,”
Zein colocou sua xícara no balcão, mas não afastou sua mão do cabo. Encarando o líquido girando, ele pressionou seus lábios em contemplação. Ele sentiu que era um pouco injusto ser confrontado quando não estava usando sua máscara — era mais difícil esconder suas emoções sem ela.

“Então?” o Capitão perguntou novamente.

Zein levantou o rosto; a carranca havia desaparecido, substituída por uma máscara calma, quase fria.

O Capitão zombou e passou os dedos pelo cabelo de fada uma vez, antes de cruzar os braços e falar claramente. “Eu quero que você vá.”

Isso foi numa direção que Zein não esperava. “…você está me expulsando?”

Agni ergueu a sobrancelha e abriu a boca para rir, mas Zein acrescentou com uma carranca fria e cortante. “Ou seria a grana—não, o equipamento falando? Eles te disseram para me despachar?”

Desta vez, o Capitão deu risada. “Pfft—ha ha ha… Você me vê como alguém assim?” com os olhos arregalados, ele se inclinou para frente com um sorriso largo. “Você acha que eles podem me pressionar? Eu? Como se houvesse algo pior que eles pudessem fazer comigo?”

Zein piscou, olhando para os olhos maníacos do Capitão e de repente sentiu vergonha. É… Agni era alguém que foi enviado para a fronteira como punição por desafiar o sistema. Assim como ele, o homem não tinha mais nada neste mundo que outros pudessem usar contra ele.

“Zen, você conhece a minha situação, não é?” sem palavras, Zein deu afirmação com os olhos, e o Capitão continuou. “As pessoas que ficam aqui ou não tinham escolha como eu, ou são lunáticas.”

“Você é meio que ambos,” Zein deu de ombros.

“É, eu sei,” Agni soltou uma gargalhada sincera, antes de apontar para Zein. “E você não é nenhum deles.”

Zein veio para cá por conta própria, não como um exilado de alguma organização, não como um criminoso cumprindo punição, e não agiu loucamente o suficiente para ser considerado um psicopata. Um tanto suicida, talvez, mas não de um jeito maníaco.

“Você sabe por que eu deixei você ficar aqui, fazendo todo tipo de coisa perigosa no campo?” Agni se recostou novamente. “Porque você parecia perdido, e estava tentando procurar uma resposta.”

Zein não respondeu, e apenas observou o homem mais velho, ouvindo em silêncio.

“Você sabe… as pessoas que vêm para cá…” Agni virou a cabeça e olhou para fora da janela de seu escritório, que mostrava o pátio interno da fortaleza da Unidade. “A maioria delas veio da zona segura. Por quê? Porque pessoas que já viveram a vida num buraco infernal, não querem pular em outro buraco infernal,”
Ele virou o rosto de volta para Zein, com os dedos apontando para seus próprios olhos. “Então, quando eles chegam aqui, seus olhos se enchem de desespero. Porque eles já experimentaram as coisas boas que a vida pode oferecer, e tiveram que se despedir dessas coisas,” ele sorriu, e depois acrescentou com um dar de ombros. “Gradualmente, o desespero se transforma em entorpecimento, conforme eles se acostumam com seu destino. Alguns até encontram sua própria marca de felicidade aqui.”

Zein virou os olhos em direção à janela, observando os outros guias, espers e equipe executando suas tarefas diárias. Ele sabia do que o Capitão falava—aqueles olhos… eles eram uma visão familiar para ele.

“Mas você…” Zein desviou o olhar de volta para a voz do Capitão. “Quando você veio para cá, já estava entorpecido. É como se você já tivesse vivido esse tipo de vida por muito, muito tempo,”
Zein olhou para o Capitão de forma desinteressada. Entorpecidamente, como o homem havia dito. “É como…” Agni suspirou e balançou a cabeça levemente. “Como se você não soubesse mais como curtir a vida.”

“Então… você quer que eu curta a vida?” Zein inclinou a cabeça.

“Claro! Por que não?” o Capitão levantou-se, um sorriso largo e meio selvagem no rosto. Ele apontou pela janela enquanto olhava fixamente para o guia. “Vá lá fora e veja o que faz os novatos sentirem como este lugar é desesperador.”

Zein olhou sem expressão para o Capitão. Ele soltou a xícara que vinha segurando firme antes, sentindo algo como um formigamento nas costas; a sensação de algo sendo aliviado de sua mente.

Ah. Era o nevoeiro que estava cobrindo suas habilidades de tomada de decisão.

“Você nem precisa ir para Mortix ou Trindade. Você pode simplesmente tentar vagar pelo mundo. Se você não achar que é para você, então…” Agni caminhou de volta para a mesa e sentou-se lá, olhando para o guia com os dedos descansando em cima da pasta. “Apenas volte aqui e apodreça junto comigo.”

Zein ergueu a sobrancelha, um pequeno sorriso se esboçando nos seus lábios. “Eu pensei que era privilégio do Ron tomar conta de você aqui,”
O Capitão riu, seus olhos selvagens se suavizaram por alguns segundos, e Zein usou o tempo para olhar para dentro de si. “Alguém… me disse algo parecido, não faz muito tempo.”

Agni bateu na pasta, os lábios esticados em um sorriso malicioso enquanto observava a suave ondulação nos olhos azuis. “Zen, eu te disse que seus olhos pareciam entorpecidos antes, certo?” quando Zein levantou o rosto para olhá-lo, o Capitão acrescentou. “Ontem, eu vi isso mudar, você sabe?”

Os olhos azuis piscaram duas vezes, antes de se estabelecerem num lago profundo e sereno. Um sorriso sutil brincou nos lábios do guia e Agni riu alto. “Pfft… hahaha—então você sabe!”

Zein olhou para baixo, para a outra mão que inconscientemente brincava com a adaga presa à sua coxa. Sim—ele sabia a resposta o tempo todo. Ele estava apenas em tanta dúvida e negação que precisou que alguém lhe desse uma razão para se mover. Porque dar aquele primeiro passo era tão assustador quanto um apego.

Mas ele precisava fazer isso—não por outro alguém, mas por si mesmo; para se libertar da maldição de sua existência, para descobrir mais sobre sua identidade, para descobrir o que realmente queria fazer com sua vida.

Ele tinha que enfrentar as coisas assustadoras das quais adoraria fugir, mas no final, se ele realmente não tivesse intenção de ir, como Agni disse, ele diria imediatamente ‘Eu não quero ir’ em vez de procurar uma âncora.

O que ele precisava não era de uma âncora, mas sim de ondas.

“Então o que você está fazendo aqui inventando desculpas, Zen?” o Capitão pegou a pasta e jogou-a no colo do guia. Zein olhou para o pequeno rótulo no canto da pasta—aviso de demissão.

“Não vá apodrecendo como água parada em um lugar como este, quando você ainda nem sequer fluiu direito.”

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