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Não Há Amor na Zona da Morte (BL) - Capítulo 104

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104: Capítulo 101. Valsa da Meia-Noite 104: Capítulo 101. Valsa da Meia-Noite Ao passar da meia-noite, até a mansão luxuosa estava envolta em uma cortina de escuridão, como se a alegria anterior nada mais fosse do que glória passada. Em um quarto onde duas pessoas dormiam abraçadas em um sofá, apenas um leve lampejo dentro de um par de olhos escuros indicava a presença de mais alguém ali.

Não havia barulho enquanto o homem passava, nem sequer o som da respiração. E quando os olhos escuros olharam para o par no sofá, sua figura parecia imóvel como uma estátua. Sob a proteção da noite, ninguém poderia senti-lo a menos que ele quisesse ser encontrado.

Como agora.

“Fofos, não são?” ele disse com um sorriso fácil, para o homem que parou na entrada com um cobertor nos braços.

Os olhos cor de carmesim olhavam para ele com uma leve tremura, antes de o dono fechá-los por um segundo. Sem responder, Radia se aproximou do sofá e espalhou o cobertor que segurava por cima do par.

“Que cuidadoso,” o homem não parecia se importar com a falta de resposta. Sua voz era profunda e seca, quase como se estivesse zombando.

Com um sorriso repentino e incisivo no rosto, Radia deu uma resposta calma. “Você foi quem me transformou no que sou agora,” ele disse, voltando à porta, sentindo o olhar em cada movimento seu. Ele pausou por um instante na moldura da porta, lançando um olhar para o homem mais alto. “Ou isso não estava em seus planos?”

Ao ouvir o homem rir baixinho, Radia retomou seu caminho, saindo do quarto e percorrendo os corredores com um passo firme que disfarçava a batida irregular do coração dentro de seu peito.

Mesmo com uma percepção aprimorada de um esper de 5 estrelas, Radia não conseguia sentir a presença do homem; a onda de mana estava contida impecavelmente, sem vazamentos, assim como o homem escondia sua verdadeira natureza do resto do mundo. Não havia som de passos atrás dele, nem o som da respiração. Mas ele sabia que Han Joon estava lá, seguindo-o com um sorriso que não se preocupava em esconder como no passado.

A única confirmação era a voz dele, profunda mas suave, fluindo direto nos ouvidos de Radia. “Meu único plano é você, Dee,” e Radia teve que cerrar os dentes com a maneira com que o homem o chamava; um apelido confundível que não era usado por ninguém além de Joon. “Ou você ainda pensa que estou mentindo?”

Ele pensava? Radia Mallarc não tinha ideia do estado de seu próprio coração. Havia se confundido tanto em tantos nós que ele não sabia como desembaraçar. Ele tinha uma mente clara para qualquer coisa, exceto para este homem, onde sua lógica ficava muito prejudicada por sentimentos.

Ele nem tinha certeza se queria deixar ir e seguir em frente, ou continuar dançando com o jogo doloroso do qual não conseguia ver o fim.

“O que você está fazendo aqui?” Radia perguntou finalmente, após alcançar seu quarto e conseguir acalmar seu coração o suficiente para responder em um tom despretensioso.

Claro, Han Joon não hesitou em segui-lo até lá, como um hábito.

“Dando meu presente de aniversário,” o homem respondeu, olhando ao redor do quarto com olhos nostálgicos como se relembrasse os bons velhos tempos. Os olhos escuros caíram sobre um relógio na mesa de cabeceira, e ele acrescentou com um sorriso; “Não é muito tarde, é?”

Radia não deu resposta, apenas observava o homem se acomodando como se estivesse em casa enquanto caminhava e tocava nos móveis com um sorriso nostálgico. Seu coração pesava sempre que aqueles dedos longos passavam pela madeira, pelo metal e pelo tecido, acariciando a memória que eles criaram ali.

Não é tarde demais–as palavras ressoavam fortemente em sua mente. Radia queria dizer algo–não, havia algo que ele precisava dizer a esse homem. Mas sua língua parecia feita de chumbo, e sua garganta parecia estar bloqueada com um caroço de carvão quente.

Pensar que ele, o Radia Mallarc, ficaria sem palavras na frente de alguém. As pessoas não acreditariam sem ver com seus próprios olhos.

Mas o homem, que tinha um sorriso malicioso no rosto, de repente olhou para ele. “Por quê? Você queria que eu viesse por outro motivo?”

Isso instantaneamente liberou a pesadez em sua língua, mesmo que o caroço apenas deslizasse mais profundo para suas entranhas.

“Pare de ser tão arrogante, Joon,” Radia cuspiu áspero, com uma frieza que continha sua inimizade reprimida. Os olhos cor de carmesim lançaram um olhar agudo ao outro esper. “Só porque eu concordei em dormir com você novamente, não significa que somos…”

Ele parou, percebendo que sua voz havia crescido mais alta e mais forte, e respirou fundo para se acalmar novamente. Ah, isso não era isso. Apenas por hoje, ele não queria discutir com Joon novamente.

Apenas por hoje.

“Apenas vá embora se você terminou o que tinha que fazer,” Radia suspirou, desabando na borda de sua cama.

Os passos silenciosos cruzaram o quarto logo após Radia parar de falar, e os olhos cor de carmesim olhavam para qualquer coisa além da figura que se aproximava.

“Por que você parou?” a voz profunda perguntou com um sorriso intenso. “Continue, me diga diretamente.”

Radia cerrou os dentes. Ele teve que esperar cinco anos inteiros para ver aquele sorriso novamente no passado. Mas agora, mesmo quando ele não queria, o sorriso vinha facilmente no rosto do homem. Radia olhou para baixo, recusando-se a ser influenciado pelo sorriso e pelos olhos brilhantes.

Suas sobrancelhas se franziam reflexivamente enquanto as pernas compridas entravam em seu campo de visão, parando bem na sua frente. “Não somos o quê? Hmm?” o homem perguntou novamente, com uma voz suave e acalmante que era muito diferente da voz firme e ousada que ele tinha ao comandar a Mobius.

Quando Radia não deu nenhuma resposta além de pressionar os lábios em desafio, Han Joon abaixou o corpo, ajoelhando-se no chão e inclinando a cabeça para olhar para o rosto carrancudo.

“Vamos, querida,” a voz suave insistiu. “Você era tão franco e desimpedido lá fora, então por que está de boca fechada agora?”

Os longos dedos pousaram na coxa do Radia, sentindo-se frios mesmo através do tecido da calça. Era o revés do traço sorrateiro de Joon concedido pela Torre de Scatach, que mantinha o calor corporal do homem a um mínimo. Mas Radia não podia evitar sentir falta do calor que ele costumava desfrutar no passado.

Agora, esse toque se sentia frio e cruel, exigente. Seus lábios se abriram para tentar formular uma resposta, mas nada saiu, então ele apenas mordeu os lábios e virou o rosto para o lado.

“Por quê? Apenas diga,” aquela voz suave e tranquilizadora baixou, como se perdendo o calor também, enquanto os longos dedos apertavam a coxa do Radia com força. “Nós não somos o quê?”

Radia engoliu sua saliva, sentindo-se queimado e seco. Suas mãos agarraram o lençol com força, numa tentativa de se conter de tocar o homem à sua frente, que não cessava de importuná-lo.

“Hã? Vamos lá–”
“Nós não somos amantes!” Radia finalmente cuspiu, com um grito alto que reverberou dentro do grande quarto, desejando que toda essa farsa simplesmente acabasse logo. “Pronto! Está satisfeito agora?”

Mesmo dizendo isso, Radia sentia seu coração sendo esfaqueado por uma mentira. E ele, que geralmente mantinha suas emoções internas, mantinha seus sentimentos escondidos sob uma face sorridente de negócios, estava ficando vermelho e corado como um adolescente instável.

Na frente desse homem, que possuía seu coração e sua mente por mais de uma década já, não havia tal coisa como Presidente ou Mestre de Guilda. Ele era apenas Radia–apenas Dee–que nem mesmo conseguia mentir direito quando queria, quanto mais jogar jogos mentais.

Mas Joon não compartilhava do seu sentimento. O aperto na coxa do Radia só se intensificava.

“Verdade? Consegue dizer de novo, olhando nos meus olhos?” outra mão tocou o queixo do Radia, inclinando seu rosto para cima. “Hmm? Talvez eu realmente pare de incomodá-lo, então…”

Radia não tinha ideia do que odiava mais–o tom zombeteiro ou seu coração que gritava em protesto com a ideia de nunca mais ver esse homem novamente.

“Venha, olhe nos meus olhos, Dee…” os dedos recuaram de seu queixo, mas o frio ainda deixava um rastro lá. “Vamos lá, querida, olhe…” mas o que os olhos de cor carmesim viram foi uma longa cicatriz atravessando um pescoço robusto, e Radia fechou os olhos com força–e o próximo som que ouviu foi de punhos batendo e um grito. “Olha para mim!”

Pelo tempo que conheceu o homem, Han Joon nunca gritou em sua vida. Mesmo comandando, mesmo estando com raiva.

Até quando Radia cortou seu pescoço.

Mas o homem estava gritando agora, em uma voz cheia de frustração, pedindo ao seu amado, que sempre olhava outras pessoas nos olhos, que olhasse para ele.

Mas Radia ainda não abria os olhos. Ele não conseguia. Porque na frente desse homem, sua alma estava exposta. Se ele olhasse naqueles olhos da cor da meia-noite, Radia sabia que rastejaria e imploraria sem dignidade alguma, pedindo para que o homem ficasse ao seu lado, assim como a promessa do passado.

Mas aquele futuro já não era mais uma opção para eles. Para ele, de qualquer maneira.

“Seria realmente ótimo se você pudesse apenas…”

Han Joon também não usava palavrões. Ele foi criado para ser correto e disciplinado. Sempre falava em tom firme e educado.

Com os olhos ainda fechados, Radia ouviu o som de uma risada amarga, antes da voz suave retornar. “Haa… apenas pare de falar coisas que você nem mesmo acredita,” o aperto em sua coxa aliviou, e os dedos frios o acariciaram ali, como se suavizando uma possível marca de hematoma. “Agindo como se me ressentisse tanto quando sabe que não consegue, agindo como se me afastasse quando não suportaria se afastar,”
Radia mordeu os lábios de frustração. Porque tudo era verdade, e frustrava Radia o quanto Han Joon o entendia.

“Apenas desista do seu orgulho um pouco, Dee…”

A voz suave se desvaneceu no nada, e o quarto voltou a ficar em silêncio, com Radia ainda agarrando o lençol com a cabeça abaixada e Han Joon apenas observando os cabelos cor de carmesim diante de seus olhos.

“Ah, tanto faz,” no final, depois de minutos de um silêncio excruciante, Han Joon se levantou e recuou, as longas e robustas pernas deixando a linha de visão do Radia. “Estou indo embora agora, como você quer.”

Foi então que Radia encontrou sua voz novamente, rachada e apressada. “J…Joon!” ele sentiu o homem fazer uma pausa e se virar. Mas mesmo assim, tudo que Radia conseguiu fazer foi se inclinar para frente e olhar para o chão, mãos protegendo Joon de ver seu rosto enquanto falava baixinho na noite. “…feliz…aniversário…”

Não ouve resposta do homem por um tempo, até que Radia ouviu o som de uma risada que parecia vidro se partindo. “Seria ótimo se você pudesse me presentear com alguma honestidade também, enquanto isso,” era uma voz amarga em um tom de zombaria. Olhando para o relógio no criado-mudo, o homem acrescentou. “Mas acho que já não é mais meu aniversário…”

Com isso, a presença, que já era tênue para começar, desapareceu completamente. Dentro da tranquila noite que já avançara para o dia seguinte, lágrimas fluíam silenciosamente dos olhos cor de carmesim.

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