Mundo Etéreo: Estrada da Imortalidade do Figurante Vil - Capítulo 930
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Capítulo 930: Os Golems de Areia Foram Exterminados! [A Sorte de Xang]
[Domínio Esquecido, Região Norte, O Clã dos Golens de Areia]
O dedo de Xang se ergueu lentamente, e em um instante, milhares de círculos mágicos cor de rosa escuro materializaram-se no ar, cada um deles semelhante a inscrições celestiais.
Os padrões brilhantes formaram desenhos intrincados e simétricos, lembrando mandalas antigas. Motivos florais delicados entrelaçaram-se com marcas afiladas, semelhantes a flechas, todas convergindo para um núcleo central em forma de estrela. Linhas pontilhadas e sigilos em loop irradiavam para fora, pulsando com uma aura de imenso poder arcaico. A luz quente e rosa escuro banhou o campo de batalha, lançando um brilho sinistro sobre a destruição que estava prestes a se desenrolar.
“Destrua!” Com um único comando sussurrado, todo o exército de Golens de Areia foi obliterado. A devastação foi absoluta. Nenhuma explicação era necessária para descrever o resultado, a pura aniquilação falava por si só.
Silêncio.
Silêncio ensurdecedor e sufocante.
Todos os espectadores ficaram imóveis, suas mandíbulas cerradas de choque. Medo e horror torciam suas expressões, mas por trás disso, algo mais sombrio piscava, admiração. Obsessão. O tipo de reverência reservada para forças além da compreensão mortal.
Xang ficou entre o massacre como um guerreiro antigo, seu rosto velado ilegível. No entanto, uma coisa era certa, sua expressão era indubitavelmente perigosa. Seus lábios se curvando em um sorriso cruel. Sem mais uma palavra, ele se virou e foi embora, sem se importar em esperar pela reação de ninguém.
Seu destino? O bastião do clã dos Golens de Areia.
Todos queriam detê-lo e perguntar para onde Xang estava indo, mas antes que pudessem, ele já tinha partido.
“Espere, onde está a garrafa de Água de Poeira Estelar Celestial?” uma das discípulas imortais perguntou de repente, seu rosto pálido por causa da perda de sangue. Os outros ficaram perplexos.
Lá na frente, após deixar o grupo, Xang voou pelo céu, segurando a garrafa de Água de Poeira Estelar Celestial com uma expressão ilegível.
Depois de ter massacrado milhares de seus parentes, ele sabia que os sobreviventes buscariam vingança. E Xang não era alguém que esperaria por retaliação. Se as raízes permanecessem, elas cresceriam novamente. Então, ele as queimaria todas, até a última brasa.
Embora estivesse curioso sobre a identidade de Jun Mu Yang, uma pessoa que poderia descartar um tesouro tão valioso não era de forma alguma comum, ele colocou suas dúvidas de lado. Enquanto essa pessoa não cruzasse seu caminho, ele os trataria como se não fossem mais do que ar.
“Xang, você ainda é tão cruel como sempre. Se Tia estivesse aqui, ela nos desprezaria?” Uma voz suave e feminina ecoou em sua mente.
“Ela não saberá,” Xang respondeu friamente, seus passos mal hesitando. “Ela nunca verá este lado de mim.”
“Tem certeza?” a voz pressionou, agora tingida de desconforto. “Tenha cuidado com suas ações. Eu não quero que Tia olhe para mim como se eu fosse um monstro. E se ela me temer? Você deveria parar com essa crueldade.”
“Parar? Se eu não tivesse este poder hoje, não seriam os Golens de Areia deitados mortos, seria eu.” Xang soltou uma risada baixa e sem humor. Seu tom aguçou-se. “Além disso, Xiang’er, você é eu, e eu sou você. Você é quem deve estar dizendo isso a si mesma.”
“Faz tantos anos. Onde ela está? Eu sinto falta dela.” Uma pausa. Então, sua voz suavizou, desviando-se do assunto. O desejo em suas palavras era palpável.
“Nós a veremos em breve,” Xang assegurou-a enquanto voava pelo céu. “Essa pessoa disse que ela viria. Nós apenas temos que esperar.”
“Espero que não demore muito,” Xiang’er suspirou.
Quando Xang chegou ao território do clã dos Golens de Areia, no entanto, foi recebido com uma visão inesperada.
Todo o clã já havia sido exterminado.
O massacre foi brutal, corpos espalhados pelo chão, seus núcleos de besta arrancados. Os cofres de tesouro haviam sido saqueados, completamente esvaziados. E pairando sobre a devastação estava uma figura solitária, rindo, um som tão descompassado que beirava a loucura.
Com um movimento descuidado de seu dedo, o homem convocou o Fogo Esmeraldo Mítico, a terceira chama mais quente existente. A chama verde-esmeralda rugiu para a vida, engolindo os cadáveres, as ruínas, tudo. Em segundos, todo o clã foi reduzido a pó.
Os olhos índigo do homem brilharam com uma insanidade satisfeito.
Sua aparência era marcante, cabelo preto longo como uma cachoeira, meio preso com uma coroa de joias ornamentadas, o restante caindo em cascata por suas costas. Seus traços eram etéreos, olhos afiados como de fênix, um nariz alto, lábios da cor de flores de pessegueiro. Ele parecia ter saído de uma pintura antiga, bonito, intocável.
Sua pele era pálida como porcelana, e seus cílios lançavam sombras delicadas sobre aqueles olhos índigo hipnotizantes. Olhos que mantinham uma indiferença inquietante, como se nada neste mundo pudesse realmente captar sua atenção.
Brincos de esmeralda brilhavam em suas orelhas, acompanhados por três pequenas pedras de diamante preto. Suas vestes, uma mistura de preto e verde escuro, eram bordadas com padrões intricados de nuvens esmeralda, realçando sua aura régia e enigmática.
Se não fosse pelo seu riso descontrolado e o brilho psicótico em seus olhos, Xang poderia ter confundido ele com apenas outro cultivador de passagem.
Mas esse homem estava longe de ser comum.
Se Shenlian Yingyue estivesse aqui, ela o teria reconhecido instantaneamente.
Xang observou a figura risonha com uma expressão ilegível, seu rosto escondido atrás do véu. Não havia piscar de emoção em seus olhos, apenas uma frieza e uma quietude distante.
“Quer se juntar à diversão?” O homem que estava rindo de repente voltou seu olhar para Xang, seus lábios se curvando em um sorriso zombeteiro. Ele perguntou, sua voz carregada de diversão.
Antes que Xang pudesse responder, a Espada Esmeralda do homem cortou o ar, decapitando o imortal que havia tentado emboscá-lo. Sangue espirrou na terra chamuscada, mas o homem nem sequer olhou para o cadáver caído. Com um movimento casual de seu punho, ele convocou o anel espacial do imortal morto para sua palma. Ele vasculhou seu conteúdo rapidamente, sua expressão se contorcendo em desagrado antes de jogar o anel de lado como lixo inútil.
Xang observou silenciosamente, seus pensamentos indecifráveis.
Assim que o homem abriu a boca para provocar Xang novamente, seus olhos índigo escureceram. Seu corpo se tensionou, e sem mais uma palavra, ele desapareceu das ruínas do clã dos Golens de Areia, deixando apenas uma leve ondulação no ar.
“Quem era aquele?” Xiang’er murmurou, sua voz tingida de dúvida. “Nunca o vi antes. Ele deve ser novo neste reino, mas tem coragem de causar tal destruição? Dizimar um clã inteiro irá atrair a atenção de todas as grandes facções aqui.”
Xang permaneceu em silêncio, seus olhos afiados captando um leve brilho entre as cinzas. Em um instante, ele se teleportou para o local e se abaixou, recuperando um cristal dourado pulsante.
“Outro relicário antigo?” Ele o virou em sua palma, um leve sorriso surgindo em seus lábios antes de guardá-lo.
“O Coração do Tempo Estilhaçado! Xang, sua sorte é inacreditável!” Xiang’er engasgou. Sua empolgação era palpável.
O Coração do Tempo Estilhaçado era um núcleo cristalizado de vidro dourado, pulsando com a essência da energia temporal antiga. Dizem as lendas que ele guardava o último suspiro do primeiro Rei Golem, preservando fragmentos de seu poder e memórias. Com ele, o portador poderia vislumbrar o passado de qualquer lugar enterrado sob as areias, um tesouro além da medida.
“Rapidamente, absorva-o! Se refinarmos sua energia, talvez possamos herdar a cultivação do Rei Golem. Depois disso, podemos usá-lo para desvendar os segredos ocultos aqui.” Xiang’er instigou.
“Eu sei,” Xang respondeu, sua voz baixa. As ruínas não eram mais seguras. A batalha fora muito destrutiva, e logo outros viriam investigar a aniquilação do clã dos Golens de Areia. Precisavam partir, agora.
“E quanto à Cidade de Areia? Os Elfos Negros que vivem lá são pacíficos por natureza. Eles não atacam a menos que sejam provocados.” Xiang’er sugeriu.
Xang fez uma leve menção afirmativa com a cabeça. Sem mais uma palavra, os dois partiram, deixando para trás os discípulos imortais atordoados do Palácio Bordo Frio. Se viveriam ou morreriam não era uma preocupação dele.
Desconhecido para eles, no entanto, cada movimento deles havia sido observado. Desde o momento em que Xang havia massacrado milhares de Golems de Areia até a erradicação impiedosa de todo o clã pelo homem, cada segundo fora testemunhado por um observador oculto.
E esse observador não havia passado despercebido.