Mundo Etéreo: Estrada da Imortalidade do Figurante Vil - Capítulo 915
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Capítulo 915: Eu luto as batalhas que posso vencer
“Isso importa. Sua origem é obscura. Não toleraremos ameaças ocultas entre nós.” A voz de Bai Hu era fria como gelo.
“Você tem duas escolhas,” declarou Qing Long, sua aura dracônica pressionando como uma montanha. “Corte seu laço com Qing Luan—ou revele seu verdadeiro eu. Caso contrário, esta terra nunca será sua.”
Zhu Que assentiu sharply, chamas tremeluzindo em suas pontas dos dedos.
Qing Luan abriu a boca para intervir—depois hesitou. Ela tinha agido precipitadamente. Em seu desespero, trouxe um estranho para seu santuário. E se essa garota fosse mais do que parecia?
“Você também me vê como um desastre, Fada Musical Qing Luan?” A pergunta de Shenlian Yingyue foi tranquila, seu olhar fixo não nas deidades furiosas, mas na mulher que lhe dera tudo.
“Eu acredito em você.” Qing Luan não vacilou.
“Então, você se arrepende de me escolher?”
“Nunca.” A resposta veio instantaneamente, sem dúvida.
Uma luz dourada irrompeu enquanto Shenlian Yingyue ergueu a mão, sua voz ressoando com peso celestial: “Pelos céus, eu juro—nunca usarei os dons de Qing Luan para ferir os inocentes ou semear o caos. Mas se outros atacarem primeiro, não mostrarei misericórdia.” O voto se gravou no ar, um brilho divino entalhando-se em sua testa.
As quatro deidades enrijeceram. Este mortal—não, este enigma—acabava de se prender a um juramento celestial. Ainda assim, ela continuava se recusando a responder-lhes!
“Já que eles desconfiam de mim,” continuou calmamente Shenlian Yingyue, “pegarei apenas o que você me deu. O resto dos tesouros da terra sagrada? Deixo intocados.”
As chamas de Zhu Que cintilaram. Em uma onda de poder, sua forma aviária transformou-se em uma mulher imponente vestida de carmesim, seu cabelo como fogo líquido, olhos ardendo com fúria antiga. “Explique-se,” ela exigiu. “Qual jogo você está jogando?”
Os outros assistiram, tensão ondulando como uma tempestade.
“Aceitei o legado do meu predecessor,” disse Shenlian Yingyue, inabalável. “Seu desejo final foi que eu honrasse o trabalho de sua vida—proteger o que ela prezava e usar seu poder para o bem. Eu não a decepcionarei. Quer vocês acreditem em mim ou não… essa é minha verdade.” Ela encontrou os olhares de cada um deles.
“Sem conhecer meu passado, ela me julgou apenas pelo meu caráter, mas vocês quatro se fixam em minhas origens. Eu entendo sua cautela—mas me tratar como tanto um desastre iminente quanto um inseto inútil? Isso, eu não posso aceitar.” Shenlian Yingyue disse, sua voz inabalável.
“Cada passo que dei foi conquistado com sangue e suor. Cheguei até aqui para que ninguém pudesse me menosprezar—muito menos forçar minha mão com ameaças.” Seu olhar nunca vacilou.
Seguiu-se um silêncio atordoado. Até o vento parecia estagnar.
“Eu respeito sua força. Suas histórias. O peso de seus anos,” ela continuou. “Seu orgulho é merecido, e não me ofendo com seu desprezo. Mas se acreditam que seu poder lhes dá o direito de ditar minhas escolhas?” Um tom de aço entrou em sua voz. “Isso, nunca tolerarei.”
O peito de Qing Luan se apertou. Esta garota—desafiando quatro deidades primordiais sem hesitar—era ou brilhantemente ousada ou totalmente imprudente.
“Esta terra não é minha para reclamar, pegarei apenas o que meu predecessor me confiou.” Declarou Shenlian Yingyue.
“Criança, não—!” Qing Luan interveio, dividida entre orgulho e desespero. Seus tesouros pessoais empalideciam em comparação com as riquezas ilimitadas da terra sagrada—os artefatos antigos, as fontes que prolongavam a vida, as florestas que davam frutos que poderiam elevar um mortal à imortalidade. Como ela poderia ir embora?
“Você compreende o que está recusando?” Xuan Wu agitou-se, sua voz baixa como placas tectônicas em movimento.
Em forma humana, ele se assemelhava a um sábio monástico—vestes escuras como águas abissais, cabelo escuro, seus olhos dourados contendo a paciência de montanhas erodidas.
“Compreendo,” ela disse simplesmente.
“Você espera que acreditemos que você rejeitaria tal riqueza?” Zhu Que deu uma risada, suas mangas carmesim agitando-se como asas.
“Riqueza sem pertencimento é uma maldição.” Shenlian Yingyue encontrou seu escárnio de frente. “Sim, sou fraca diante de vocês. Esmagar-me custaria menos esforço do que respirar. Eu desejo poder—mas não ao preço da minha dignidade ou da minha vida.”
Sua clareza era desarmante. Sem artifícios, sem agenda oculta—apenas uma determinação inabalável.
“Você…” Zhu Que ficou sem palavras. Quando alguém falava com tal calma e razão, ela não tinha como responder. A garota não parecia estar fingindo—e mesmo que estivesse, nenhum deles era tolo.
Eles viveram demais. Que ondas eles não haviam enfrentado? Que tempestades não haviam sobrevivido? Eles existiam por incontáveis eras, suportaram traições, guerras, e a ascensão e queda de reinos inteiros. Eles provaram todos os sabores do engano e da sinceridade igualmente. Como poderiam não saber que ela estava dizendo a verdade?
Mas aceitar isso era outra questão completamente.
Essa garota não mostrava desejo por esta terra sagrada. Como isso podia ser?
Que ser, mortal ou imortal, poderia olhar para as glórias desta terra sagrada e não sentir fome? Que criatura de carne e espírito poderia se afastar de tal poder e riqueza sem nem ao menos olhar para trás? A própria impossibilidade de sua indiferença tornava isso mais difícil de aceitar do que qualquer grande engano.
Qing Luan fez um pequeno aceno de aprovação. Calma e composta—nem arrogante nem humilde. A garota não era cega pela ganância, e ela entendia quando recuar sem vergonha—não por fraqueza, mas por princípio inabalável. Esse tipo de clareza era mais raro que talento.
“Tem certeza?” Qing Long zombou. “E se você se arrepender mais tarde e contar ao mundo que estamos aqui?” Seu tom transbordava descrença.
“Eu juro pelo Céu, pelo meu verdadeiro nome,” Shenlian Yingyu disse claramente, levantando a mão, “que se eu algum dia revelar que as Quatro Deidades—Qing Long, Bai Hu, Xuan Wu, Zhu Que—e a alma da Fada Musical Qing Luan habitam aqui, por ganância egoísta, que o trovão disperse minha alma e me negue a reencarnação.”
Conforme suas palavras caíram, uma luz dourada perfurou sua testa novamente, mais brilhante do que antes.
Ela sabia que o Pequeno Mundo Etéreo não era um reino menor. E mesmo sem ele, ela não arriscaria sua vida lutando por esta terra. Como dissera—ela valorizava sua vida.
O silêncio retornou, mais pesado do que antes.
Ninguém falou. Ela não argumentou. Ela não implorou. Ela simplesmente agiu.
Que dúvida poderia restar?
“Como você pode jurar sua vida tão facilmente?” A voz de Qing Long rachou—não de raiva, mas de descrença. Emoções surgiram, e ele voltou à forma humana.
Ele estava em vestes de turquesa fluida, cabelo longo e azul petróleo até a cintura. Seus olhos de jade, geralmente profundos e calmos, ardiam de inquietação. Sua compostura, esculpida ao longo de incontáveis vidas, havia escapado.
“Meus companheiros estão esperando lá fora, se não há mais nada, por favor, permitam-me me retirar.” Shenlian Yingyu não respondeu à pergunta dele e fez uma reverência educadamente.
“Pare.” Uma figura alta e de ombros largos apareceu em seu caminho—Bai Hu, em forma humana. Seus longos cabelos brancos como neve emolduravam um rosto esculpido pela determinação. Olhos cinza gélidos trancaram nela como gelo encontrando chama.
“Mais alguma coisa, Vossa Excelência?” ela perguntou, a voz ainda calma.
“Você jurou não nos revelar, mas não a terra em si. O que a impede de trazer outros aqui?” ele disse, a voz firme, mas com um toque de suspeita.
Não era acusação. Era vigilância.
Bai Hu havia vivido pelos muitos descuidos quase fatais para ignorar qualquer mínima brecha. Ele nunca permitiria que um único erro colocasse tudo em perigo novamente.
“Vossa Excelência, tenho coisas mais importantes a fazer,” ela disse calmamente. “Por que eu perderia tempo indo e voltando, arrastando meus companheiros aqui apenas para vê-los se ferir por um pedaço de terra?” Seu tom não tinha nem desafio nem arrogância—apenas uma intenção clara e pragmática. “Meu caminho leva a outro lugar. Ao invés de gastar tempo tramando para obter o que não posso segurar—ou pior, arrastando meus companheiros para uma batalha que não podemos vencer—eu escolho lutar apenas pelo que está ao meu alcance.”
Ela não era tola. Ela sabia que a força deles era comparável à dos deuses. Não fazia sentido arriscar as pessoas de quem ela gostava por algo que não estava destinado a ser dela.
“Além disso,” ela acrescentou, inclinando ligeiramente a cabeça, “não desejam Vossas Excelências um lugar tranquilo para cultivar em paz?”