Mundo Etéreo: Estrada da Imortalidade do Figurante Vil - Capítulo 872
- Home
- Mundo Etéreo: Estrada da Imortalidade do Figurante Vil
- Capítulo 872 - Capítulo 872: Pai, É Você?
Capítulo 872: Pai, É Você?
“Meu amor, venha aqui.” Uma voz parecia vir de longe, ecoando em seu coração. Ela ouviu o chamado, relaxando enquanto deixava a suave voz guiá-la. Soava tão suave, tão familiar.
Seus passos se moveram incontrolavelmente em direção à plataforma, conduzindo-a até um dos pilares. Parecia idêntico aos outros, mas lhe dava uma sensação diferente.
Quando parou em frente a ele, a voz em seu coração ficou mais alta, instando-a a se aproximar.
Ela obedeceu. Então, suas mãos se estenderam, tocando o pilar. Ela encostou a testa nele e, de repente, sentiu-se sendo puxada para outra dimensão.
Ela estava sozinha. Seus companheiros permaneceram do lado de fora. Ela podia ver suas expressões ansiosas se transformarem em alívio enquanto Xiao Yun falava com eles.
Ela também viu seu irmão se aproximar, procurando por ela. Sob as palavras de Xiao Yun, ele de repente caminhou em direção ao mesmo pilar que ela havia entrado.
Ela pensou que poderia cumprimentá-lo, mas no momento em que ele encostou a testa no pilar, ele desapareceu.
Uma sensação estranha se instalou nela, mas ela confiava que não havia perigo naquele lugar. Virando a cabeça, ela olhou ao seu redor—e ficou completamente maravilhada.
Incontáveis pergaminhos flutuavam ao seu redor, cada um brilhando lindamente em diferentes tons. Curiosa, ela voou em direção a um pergaminho verde.
O título dizia: “Não Existe Doença no Mundo que Não Possa Ser Curada.” Continha registros de curas há muito perdidas para doenças únicas.
Seus olhos se iluminaram imediatamente enquanto abria a primeira página. A empolgação borbulhava dentro dela.
Esse pergaminho documentava doenças e curas desde os tempos antigos até o presente em todos os Nove Reinos. Havia nove pergaminhos no total, cada um conectado aos outros.
Era como um computador moderno que armazenava dados incontáveis. Cada pergaminho não era longo; seu tamanho era similar ao de um livro didático moderno. Havia apenas uma página por pergaminho, e cada pergaminho tinha um índice listando os nomes das doenças e suas curas.
Quando ela tocou uma entrada do índice, o pergaminho se iluminou como um iPad moderno, e letras douradas apareceram, descrevendo a doença e sua cura correspondente.
Ela procurou ansiosamente pelo segundo pergaminho. Sua cor era um tom mais escuro de verde do que o primeiro.
Então, ela avistou outro pergaminho — um que registrava métodos para desenhar talismãs usando o poder divino do céu e do universo.
Da última vez que ela aprendeu a desenhar talismãs, ela apenas os infundiu com seu poder espiritual, tomando emprestada a energia do céu e da terra. Mas agora, se pudesse aproveitar o poder do universo, não seria a força de seus talismãs centenas de vezes maior?
Ela também notou numerosos mapas flutuando por perto. Seus números eram incontáveis. Pegando um, ela descobriu que era um mapa do tesouro, detalhando os caminhos para reinos secretos e terras.
Outro pergaminho registrava um feitiço lendário — um que ela ainda não era forte o suficiente para praticar. Mas lê-lo não causaria nenhum dano.
Era um feitiço para invocar fogo do Reino do Submundo.
“Tantas coisas inestimáveis…” ela sussurrou em choque. Enquanto admirava os tesouros, uma luz flutuou em sua direção.
A luz logo tomou a forma de um homem alto, vago e indistinto. Sua figura era transparente, mas mesmo nesse estado remanescente, sua poderosa aura era inconfundível.
Seus olhos se arregalaram. Todos os pensamentos sobre os tesouros inestimáveis desapareceram enquanto ela encarava a figura atônita, sua voz tremendo enquanto ela murmurava, “Pai… é você?”
“Yue’er, você finalmente está aqui.” Sua voz suave ecoou, calorosa como o sol de verão, como uma flor desabrochando na primavera, como uma brisa suave acariciando seu coração.
“Pai!” Ela sentiu. Ela sabia. Mesmo que não conseguisse recordar sua voz ou rosto, seu sangue fervia com reconhecimento. Ela não precisava ver suas feições para saber—era ele. Aquele que sempre a protegeu.
Ela correu para abraçá-lo, mas sua figura passou por sua forma transparente. Lágrimas caíram de seus olhos. Ela engasgou com as palavras enquanto o observava, relutante em piscar, com medo de que ele desaparecesse no momento em que o fizesse.
“Pai, estou aqui! Estou aqui!” Inconscientemente, ela tocou no coelho de jade que sempre pendia de sua cintura, o presente que seu pai lhe dera para proteção.
“Você tem esse coelho de jade, o que significa que Zhu’er já te encontrou. Yue’er, como você tem estado?” Sua voz suave estava cheia de amor e alívio. Ele sorriu enquanto estendia uma mão, querendo acariciar sua cabeça e a confortar—mas parou, percebendo com tristeza impotente que ele era apenas um remanescente.
“Meu irmão me encontrou. Estou com ele. Pai, estou bem. Fiz muitos amigos, e tenho muitos companheiros. Eles são minha família agora.” Como uma criança ansiando por calor e conversa com seus pais, ela falou ansiosamente, contando-lhe tudo o que havia acontecido ao longo dos anos. Ela nunca havia demonstrado tal entusiasmo antes.
O homem assentiu gentilmente. Às vezes, ele sorria. Às vezes, ele franzia. Outras vezes, seu semblante escurecia. E em outras vezes, ele ria enquanto ouvia suas histórias.
“Yue’er, esses tesouros pertencem a você. Eu sabia que você viria aqui, então encontrei uma maneira de deixar esses recursos para você.” Ele flutuou mais perto, colocando a palma da mão sobre sua cabeça, mesmo que não pudesse realmente tocá-la. Ainda assim, o calor entre eles se espalhou pelo espaço. Seu tom estava cheio de afeto.
“Pai, onde você está agora? Este é apenas seu remanescente—onde está seu corpo real? E onde está minha mãe? Ela está com você? O que aconteceu com você?” Ela perguntou urgentemente, sua voz cheia de preocupação e saudade. Ela havia feito essa pergunta muitas vezes, mas ele sempre mudava o assunto. Desta vez, ela se recusou a desistir.
“Yue’er, você ainda é tão persistente quanto sempre,” ele suspirou sem esperança, embora seus olhos mantivessem um profundo carinho.
“Não é que eu não queira lhe contar onde estou ou o que aconteceu comigo. Mas sua força ainda é muito baixa. Se eu lhe contasse, você viria sem considerar as consequências. Eu não quero perturbar sua paz de espírito.” O homem balançou a cabeça. Ele conhecia bem o temperamento de sua filha.
Ele a criou com suas próprias mãos, confortou-a com seu próprio abraço. Como ele não sabia?
Shenlian Yingyue cerrou os punhos com força. Força. Ela precisava de mais força.
“Quanto à sua mãe… quando você retornar ao Clã Shenlian, você entenderá.” Sua expressão se tornou solene. “Mas, Yue’er, você pode me prometer uma coisa?”
Ela assentiu firmemente.
“Quando você retornar ao Clã Shenlian, não confie em ninguém, exceto seu tio, Shenlian Sheshan. Ele é irmão de sua mãe. Quanto aos outros parentes… deixarei para você julgar se eles são dignos de seu reconhecimento.” Ele tinha o hábito de acariciar seu cabelo enquanto falava, mas agora não podia.
A tristeza encheu seu olhar enquanto ele olhava para suas longas madeixas. Com uma expressão melancólica, ele pensou no passado. Naquela época, seu cabelo só chegava até metade das costas. Agora, estava muito mais longo.