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Capítulo 900: Semelhança Assustadora
Evie acenou em resposta, seu olhar seguindo Ren enquanto ele saía apressado de seu quarto. Ela o observou ir, sentindo uma onda de fraqueza enquanto lutava para se manter em pé.
Ao ver Ren desaparecer de vista, os pensamentos de Evie voltaram-se para os avisos de seu tio sobre a evolução e o apocalipse.
Poderia ser isso que ele estava lhe dizendo antes?
O ar ao seu redor parecia sufocante, cada respiração uma luta enquanto ela batalhava contra o calor opressivo. Ela arfava por ar, seus pulmões queimando como se estivessem sendo chamuscados por uma chama, e ela tossia violentamente em resposta.
Apesar do desconforto, Evie se obrigou a permanecer calma, buscando cada grama de força que lhe restava. Ela sabia que precisava preservar sua energia se fosse lutar contra esse calor.
Os movimentos de Evie eram lentos enquanto ela rastejava em direção à mini geladeira, cada centímetro parecendo uma eternidade enquanto ela lutava contra o calor opressivo.
Com as mãos trêmulas, ela agarrou uma garrafa de água, o líquido fresco oferecendo um breve alívio da sensação de queimadura em sua garganta.
Mas mesmo enquanto bebia, ela não conseguia afastar a sensação de inquietação roendo suas entranhas.
Algo estava inegavelmente errado, e a incerteza pesava muito em sua mente.
Reunindo o resto de sua força, Evie alcançou sua mesa de cabeceira e abriu a gaveta. Aninhado entre seus pertences estava o [Cartão Verde] que seu tio lhe havia dado.
“Pegue isso. Este é o [Cartão Verde], e ele garantirá sua segurança no próximo mundo, e até lá, tenho certeza de que você já terá evoluído.”
As palavras de seu tio ecoaram em sua mente.
A noção de um “próximo mundo”, o “apocalipse”, parecia absurda em circunstâncias normais, mas diante da situação atual, Evie não podia descartar a possibilidade de que o que seu tio disse fosse verdade.
Com um suspiro, Evie apertou o [Cartão Verde] firmemente em sua mão, seus respirações se tornando mais curtas a cada momento que passava.
Apesar da dificuldade crescente para respirar, seus pensamentos permaneceram fixos em Ren, sua preocupação com ele ofuscando até mesmo seu próprio bem-estar.
“Ren…”
Evie encontrou consolo na crença de que Ren já deveria ter evoluído, dada sua aparente resistência ao calor extremo.
Era um pequeno conforto diante do que estava acontecendo, mas era suficiente para esboçar um sorriso fraco em seus lábios.
Por um longo momento, Evie observou o [Cartão Verde] em sua mão, a importância dele se aprofundando.
Então, enquanto sua visão começava a embaçar e suas forças enfraqueciam, seus olhos se fecharam, sucumbindo ao esgotamento que a consumia.
Enquanto isso, Ren estava no elevador privativo, a descida parecendo interminável enquanto ele se dirigia ao apartamento de Leonel.
A cada andar que passava, sua apreensão crescia, agravada pela falta de serviço de telefone e pelo silêncio ominoso que envolvia a área.
Quando o elevador anunciou a chegada de Ren, ele saiu no corredor, apenas para parar abruptamente.
O que ele encontrou foi uma cena saída diretamente de um pesadelo.
Figuras estranhas, nem totalmente humanas nem completamente alienígenas, circulavam pelo corredor. Suas cabeças eram grotescamente transformadas em apêndices semelhantes aos de mosquitos gigantes, completas com olhos bulbosos e bocas alongadas e pontiagudas.
Algumas tinham marcas de queimaduras na pele, enquanto outras tinham a pele descascando em camadas grotescas.
O coração de Ren batia acelerado enquanto ele assistia horrorizado. Essas abominações eram como algo saído de um filme de terror, e a visão delas enviava um arrepio pela sua espinha.
Como se sentissem sua presença, as criaturas voltaram sua atenção para ele, seus movimentos desajeitados e antinaturais.
Uma cacofonia de zumbidos preenchia o ar enquanto elas avançavam em sua direção, suas formas distorcidas contorcidas em expressões grotescas de fome e malícia.
O medo apertava o peito de Ren como um torno. Não havia como ele enfrentar essa horda de abominações, e ele definitivamente não queria.
Com um sentimento de desânimo no estômago, Ren sabia que tinha que agir rápido se quisesse sobreviver.
O coração de Ren batia furiosamente enquanto ele pressionava rapidamente o botão de fechar a porta do elevador, sua mente inundada por um coquetel de medo e pânico.
Em toda sua vida, ele nunca havia se sentido tão assustado e surpreso com o que viu, a sensação semelhante à de estar preso em um daqueles filmes de terror onde o protagonista estava cercado por zumbis.
“Fecha, droga!” Ren sussurrou, sua voz ecoando pelas paredes do espaço confinado enquanto ele desejava que o elevador fechasse e bloqueasse os horrores lá fora.
Cada vibração do elevador parecia amplificada, enviando tremores através de seu corpo. Se era de adrenalina ou puro terror, Ren não conseguia discernir.
Uma ponta afiada se encaixou entre as portas que se fechavam, interrompendo seu progresso. O pânico surgiu dentro de Ren ao perceber que, se mesmo uma dessas criaturas conseguisse forçar a abertura das portas, ele estaria à mercê delas.
O instinto entrou em ação, e o corpo de Ren se moveu antes que sua mente pudesse compreender completamente o perigo. Com um movimento rápido, ele desferiu um chute poderoso na boca alongada da criatura.
Houve um estalo doentio, acompanhado por um sibilo agudo que reverberou nos ouvidos de Ren, deixando-os zumbindo.
Mas o chute teve o efeito desejado, fazendo a criatura cambalear para trás, permitindo que as portas do elevador finalmente se fechassem.
Enquanto o elevador subia de volta ao seu apartamento, Ren engasgava por ar, seu peito arfando com o esforço de sua fuga.
Ele não conseguia acreditar que isso estava realmente acontecendo — que momentos atrás, ele havia estado imerso no mundo virtual do COVENANT, apenas para se encontrar agora correndo por sua vida dessas criaturas de pesadelo.
O que estava acontecendo? Como as coisas haviam saído de controle tão rapidamente?
Ren fechou os olhos, tentando estabilizar sua respiração irregular enquanto pensava em seu próximo passo.
Embora as criaturas no corredor tivessem se tornado indistinguíveis de seus equivalentes humanos, ainda havia uma semelhança sutil em seus cabelos, sua estatura e até mesmo em suas roupas.
Era o suficiente para enviar um arrepio pela espinha de Ren, um calafrio de reconhecimento que o deixava atordoado.
Sua mente imediatamente pulou para uma conclusão aterrorizante: aquelas figuras, tão estranhamente reminiscentes da humanidade, eram nada menos que a família de Leonel.