MMORPG: Renascimento como um Alquimista - Capítulo 781
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781: Iraelyn, o Senhor da Ira 781: Iraelyn, o Senhor da Ira AVISO!
(Capítulo de Enchimento)
Iraelyn
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Há muito tempo, no vasto e turbulento mundo do Reino Inferior, vivia uma dragão chamada Iraelyn.
Ela não era uma dragão comum; era uma criatura rara e majestosa, com escamas que cintilavam como ouro derretido e asas que se estendiam amplas, como se abraçassem a própria essência dos céus.
A história de Iraelyn começou na solidão, nos recantos escondidos do Reino Inferior, onde dragões eram raros e escassos.
Sendo uma raça rara, ela se tornou objeto de desejo para muitos que buscavam seu poder e beleza extraordinários. A notícia se espalhou como fogo, e logo, caçadores, senhores da guerra e seres sedentos de poder de vários reinos cobiçavam Iraelyn para seus próprios ganhos.
À medida que a perseguição implacável se intensificava, Iraelyn se via constantemente em fuga, buscando refúgio nos cantos mais desolados do Reino Inferior.
O horizonte outrora sereno tornou-se seu único consolo, mas mesmo lá, ela não conseguia escapar dos sussurros daqueles que buscavam sua ruína.
Suas escamas outrora radiantes carregavam as cicatrizes de inúmeras batalhas e fugas por pouco, um testemunho da dura realidade que ela enfrentava.
Seu coração, antes cheio de esperança e inocência, aos poucos se tornou frio e distante. Ela passou a desconfiar de todos e de tudo, pois a traição espreitava em cada esquina.
A dragão outrora vibrante e cheia de vida transformou-se em uma criatura solitária, uma manifestação do mundo cruel que habitava.
A hostilidade de Iraelyn crescia, um mecanismo de defesa forjado pela ameaça constante que pairava sobre ela. Ela liberava sua ira sobre qualquer um que ousasse se aproximar, seus rugidos ecoando pelas paisagens como um aviso para aqueles que procuravam capturá-la.
Ela se tornou uma tempestade viva, uma força da natureza que repelia todos que ousavam cruzar seu caminho.
No meio de sua luta perpétua, os encontros de Iraelyn com outros seres eram breves e tumultuados.
Ela repelia qualquer tentativa de formar alianças, incapaz de confiar em um mundo que parecia determinado a explorá-la. A dor e a solidão se enraizavam profundamente nela, ofuscando o espírito outrora vibrante que havia definido sua existência.
Mas o destino, tão imprevisível quanto o próprio Reino Inferior, tinha um plano diferente para Iraelyn. Um dia, enquanto voava pelo vasto horizonte, ela cruzou caminho com um demônio peculiar chamado Obsidian X.
Diferente dos outros que a perseguiram, Obsidian X não carregava a fome por poder ou o desejo de controlá-la.
Obsidian X, de maneira excêntrica e despreocupada, se aproximou de Iraelyn não como uma ameaça, mas como um companheiro. Ele falou com ela com genuína curiosidade, buscando entender, não conquistar. Sua abordagem foi inovadora e desarmante, uma mudança da perseguição implacável à qual ela estava acostumada.
A princípio, Iraelyn respondeu com a mesma hostilidade que se tornara seu escudo. Ela rugiu, liberou sua ira, e se preparou para afastar mais um intruso. Mas Obsidian X, imperturbável diante de sua ferocidade, continuou a conversar com ela. Ele falou da beleza do mundo, da liberdade da aventura, e das simples alegrias que vinham com a amizade.
Algo dentro de Iraelyn se agitou. Era uma brasa dormente, um vislumbre do espírito vibrante que há muito estava ofuscado.
Ela começou a ver Obsidian X não como uma ameaça, mas como um ser peculiar que via o mundo com outros olhos. Sua curiosidade genuína e natureza despretensiosa desgastaram as muralhas que ela havia erguido ao seu redor.
As visitas de Obsidian X se tornaram frequentes, cada interação descascando camadas do coração guardado da dragão. Ele falava de reinos além do Submundo, de aventuras que transcenderam a busca pelo poder.
Em Obsidian X, Iraelyn encontrou um companheiro que a valorizava não por sua raridade ou poder, mas pelo ser que ela era por baixo das escamas.
Devagar, a hostilidade diminuía, substituída por uma confiança incipiente.
Obsidian X, à sua maneira caprichosa, tornou-se um farol de calor na existência fria de Iraelyn junto com os outros. Sua companhia, desprovida de segundas intenções, tornou-se um bálsamo para as feridas que haviam se inflamado.
A dragão outrora hostil encontrou consolo nos céus com Obsidian X e os outros ao seu lado. Juntos, eles sobrevoaram o horizonte, deixando para trás as cicatrizes do passado.
A risada despreocupada de Obsidian X ecoava no ar, um contraponto aos rugidos outrora contidos de Iraelyn.
Através de sua improvável companhia, Iraelyn descobriu a beleza da confiança e o calor da amizade genuína.
Obsidian X e os outros, por sua vez, aprenderam a profundidade da resiliência e força que residiam na dragão aparentemente feroz.
O Netherworld, uma vez refúgio de solidão, tornou-se um canvas onde sua amizade pintou uma nova narrativa.
À medida que a história se desenrolava, a dragão outrora distante começou a mudar. O ouro derretido de suas escamas recuperou seu brilho, refletindo o novo fulgor interior.
Suas asas, antes pesadas pelo peso do passado, abraçavam os ventos com vigor renovado.
Iraelyn, a Senhora da Ira, tornou-se um testemunho do poder transformador da conexão genuína.
No abraço da amizade de Obsidian X, Iraelyn encontrou a força para enfrentar as sombras que a assombravam. As cicatrizes da traição e solidão, embora gravadas profundamente, já não ditavam seu caminho.
Ela aprendeu a confiar não só em Obsidian X, mas no potencial do bem que existia além das cicatrizes do passado.
A dragão outrora solitária, agora acompanhada por um bando de demônios e diabos excêntricos, sobrevoava o horizonte, aventurando-se pelas terras.
O Netherworld, que antes parecia um campo de batalha interminável, transformou-se em um reino de possibilidades e aventuras.
E assim, o grupo improvável continuou sua jornada pelo Reino Inferior, deixando para trás uma história de contos, amizade e entalhando seus nomes na história.
Sua história ressoou não só na vastidão do Submundo, mas também nos corações daqueles que a ouviram.
À medida que se aventuravam por territórios inexplorados, Obsidian X, Iraelyn e os outros encontraram inúmeros desafios e enfrentaram adversários, mas juntos, se mantiveram resilientes.
Seus nomes tornaram-se coisas de lendas entre os habitantes do Submundo. Seus encontros com outros seres tornaram-se oportunidades para forjar alianças e superar as antigas animosidades que afligiam o reino.
Entretanto agora, envolta na dor de perder seu companheiro, Iraelyn se viu lutando com emoções que ameaçavam sobrecarregá-la.
A corrupção continuou a consumi-la, empurrando-a para o limite da loucura, borrando as linhas entre certo e errado.
Ela se tornou uma tempestade viva, sua ira escalando a alturas sem precedentes. Incapaz de discernir a realidade do turbilhão caótico de suas emoções, Iraelyn percebeu o perigo iminente que representava para tudo ao seu redor. Temendo as consequências catastróficas de sua fúria desenfreada, ela optou por se retrair.
Isolando-se na mesma terra em que uma vez buscou refúgio, Iraelyn procurou consolo do mundo. O santuário que a protegeu da perseguição implacável daqueles que cobiçavam sua raridade agora a acolhia na isolamento.
No meio de sua turbulência interna, ela lidava com as sombras de seu passado, tentando desesperadamente encontrar um semblante de equilíbrio no meio da tempestade interior.