MMORPG: Renascimento como um Alquimista - Capítulo 774
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774: Crônicas de Avaris 774: Crônicas de Avaris Nos dias que antecederam o momento fatídico em que Avaris sucumbiu à corrupção avassaladora dentro de si, e antes de se transformar em pedra, seu castelo em Ebonvault erguia-se como um monumento à ganância desenfreada.
À medida que a corrupção se intensificava, manifestava-se em sua ganância insaciável, chegando a um ponto em que mesmo a moeda de almas não conseguia mais saciar seus desejos.
Dentro das altas muralhas de sua fortaleza, Avaris vivia em meio a um tesouro que desafiava a imaginação. Gemas preciosas, artefatos encantados e riquezas opulentas adornavam cada canto, criando uma exibição surreal e hipnotizante.
Os corredores outrora majestosos de Ebonvault agora ecoavam com o tilintar do ouro e o brilho de inúmeros bens valiosos.
Apesar de sua riqueza superar a medida das almas, Avaris, em sua ganância sem limites, continuava a impor impostos exorbitantes sobre os demônios e diabos que residiam sob seu domínio.
Eles eram obrigados a contribuir com diversos itens e artefatos, cada um mais extravagante que o último, para alimentar seu apetite insaciável por opulência.
Avaris, agora consumido pela corrupção, emitia demandas excêntricas e caprichosas a seu leal mordomo, Reginald Thistlewick.
Reginald, embora um servo, era uma manifestação da obsessão implacável de Avaris por grandiosidade.
Além dos deveres usuais esperados de um mordomo, Reginald se via envolvido nos caprichos bizarros de seu mestre.
As exigências do senhor dos demônios se estendiam ao absurdo, com pedidos de cetros incrustados de gemas, instrumentos musicais encantados e até roupas sob medida feitas com os materiais mais raros do Submundo.
Reginald, vinculado pela lealdade, trabalhava incansavelmente para satisfazer os desejos de Avaris.
À medida que a loucura de Avaris atingia seu ápice, as demandas se tornavam mais irracionais. Tributações incomuns eram impostas aos residentes, exigindo especiarias raras, perfumes exóticos e até mesmo o riso de imps recém-nascidos.
Reginald, sempre o mordomo obediente, apressava-se em cumprir esses caprichos.
A corrupção, como uma ferida purulenta, continuava a se espalhar dentro de Avaris, consumindo-o por dentro, e assim ele exigia ainda mais.
“Reginald,” Avaris chamou de forma imperiosa.
“Sim, meu Senhor?”
“Está ficando frio.”
“. . . ?”
“Vá e queime aquelas coisas ali para ficar mais quente.”
“Aquelas são casas de nossos cidadãos, meu Senhor.”
“Exatamente. Aproveite para pegar os valores deles enquanto está nisso.”
“. . .”
Outra ocasião.
“Reginald!”
“Sim, meu Senhor?”
“Feche a cidade.”
“Estamos sendo atacados, meu Senhor?”
“Não. Vou dar uma caminhada lá fora.”
“. . . Mas nossos cidadãos perderão negócios se fecharmos durante o dia.”
“Exatamente. Faça-os mais propensos a pagar seus impostos com coisas preciosas além de almas.”
“. . .”
Existe também um momento.
“Reginald!”
“Sim, meu Senhor?”
“Ouvi dizer que há um novo comerciante na cidade.”
“Sim, meu Senhor.”
“Pegue todos os seus produtos.”
“Meu Senhor, o que fará com todas essas coisas?”
“Vou acumulá-las aqui, é claro.”
“Mas não temos mais espaço para elas.”
“Então queime aquele monte ali. Dói meus olhos só de ver esses lixos.”
“Queimá-los, meu Senhor?”
“Sim. Queime-os na praça da cidade. De vez em quando, preciso demonstrar meu poder. Afluência. Autoridade. Ou os cidadãos talvez não me temam. Muahahaha.”
“. . .”
Sem que ele soubesse, seus desejos excessivos e sua regra opressora chamaram a atenção de entidades poderosas como os nobres e o exército rebelde.
À medida que Avaris mergulhava mais na loucura e sua ganância insaciável ameaçava despedaçar o tecido do Submundo, a rebelião fez sua jogada.
Num dia fatídico, um misterioso pícaro, oculto sob as dobras de um manto escuro, fez uma visita inesperada ao castelo de Avaris.
Com um ar de intriga, a figura enigmática apresentou ao formidável diabo um presente raro e intrigante.
Emboldo por sua confiança inabalável e pelo fato inegável de que era um dos diabos mais poderosos do vasto Submundo, Avaris não sentiu necessidade de entreter sequer um sussurro de cautela.
O castelo, ecoando com sussurros de ganância e autoridade, erguia-se como um testamento de sua supremacia.
Malandramente, ele desconhecia que a pedra continha um poder que poderia mudar o rumo de sua existência.
Enquanto o pícaro apresentava a pedra a Avaris, os olhos do senhor da guerra brilhavam com deleite ávido.
O sorriso enganador no rosto do pícaro ocultava a verdadeira intenção por trás desse oferecimento aparentemente generoso.
Com uma sutil invocação e um toque de magia astuta, a pedra liberou seu poder sobre Avaris quando ele a tocou.
Num instante, o tempo ao redor do senhor da guerra congelou. Os grandes salões, outrora ecoando com os sons de riqueza roubada, caíram em um silêncio sinistro.
Avaris, preso em um momento suspenso, perdeu a capacidade de continuar sua busca implacável por mais.
Os tesouros que antes simbolizavam suas conquistas agora permaneciam congelados, meros resquícios da ganância insaciável do senhor da guerra.
Os súditos que outrora carregavam suas ordens agora estavam imobilizados, suas expressões eternamente gravadas com medo e obediência.
A cidade outrora próspera, há muito oprimida pelo domínio de Avaris, lentamente começava a recuperar seu espírito. Os habitantes, que haviam se dispersado com medo, retornavam cautelosamente, revigorados pela reviravolta súbita, e decidiram abandonar a cidade sem tocar nas pilhas espalhadas dos tesouros de Avaris.
Embora o Senhor da Guerra estivesse suspenso no tempo, ele não estava morto. Isso significava que a maldição que ele havia lançado sobre todas as suas possessões ainda prevalecia.
Avaris, uma vez uma força imparável, agora permanecia como um monumento congelado às consequências da ganância desenfreada.
O pícaro, tendo realizado o que parecia impossível, desapareceu de volta às sombras, deixando Ebonvault em um estado de tumulto congelado.
O reinado de terror do senhor da guerra chegou a um fim abrupto, e o castelo, outrora um símbolo de ganância, agora permanecia como um lembrete inquietante do preço pago por sucumbir a desejos descontrolados.
E assim, Avaris, o Senhor da Guerra da Ganância, permanecia preso num limbo atemporal, seu outrora poderoso império agora um retrato estático das consequências que sobrevêm àqueles que ousaram brincar com as forças da ganância.
O Submundo, liberto de seu governo opressor, aguardava o dia em que o tempo libertaria seu aperto congelado e permitiria que a vida retomasse seu curso em Ebonvault.
“Sim, esse é o Avaris mesmo.” Vivi suspirou como se já tivesse se resignado ao destino do diabo enquanto o projetor chegava ao fim, deixando Lethargia desabar no chão.
Desira sorriu. “Ainda bem.”
“Temos que resgatá-lo,” declarou Azazel.
Ren e os outros não conseguiam acreditar no que tinham acabado de presenciar.
Elena piscou várias vezes surpresa. “Não é que é–!”
“SALISTER KANE!” Lorelai gritou.