Minha Esposa É Uma Médica Milagrosa Nos Anos 80 - Capítulo 56

56: Capítulo 57 Ela Cresceu 56: Capítulo 57 Ela Cresceu Seus olhos gradualmente drenaram o pouco de calor que restava neles.

Yindi ergueu seu rosto escuro, com a cabeça inclinada em confusão, seu rosto todo lamacento. Negro e magro, com traços nada notáveis, não havia traço de cor detectável em seu rosto.

Ela involuntariamente estremeceu e então desviou o olhar, fugindo de Tang Yuxin como se tivesse visto um fantasma.

“Xinxin…” Foi então que Tang Zhijun chegou para buscar sua sobrinha.

“Tio!” Tang Yuxin correu e abraçou a perna de Tang Zhijun, levantando seu pequeno rosto, “Quando você voltou para casa, tio?”

“Está na hora do seu jantar, seu pai fez arroz hoje,” ele disse, “Vamos, estamos indo para casa.”

Tang Zhijun pegou sua sobrinha no colo e seguiu para casa. As outras crianças que estavam brincando na lama gradualmente seguiram os adultos e partiram, mas Yindi continuou a brincar com seus brinquedos de barro até sua mãe chegar. Vendo que Yindi havia se transformado em um macaquinho de lama, sua mãe imediatamente puxou sua orelha. Yindi foi criada por sua avó, pois naquela época o controle de natalidade era fortemente imposto, e as famílias com duas filhas eram obrigadas a fazer esterilização. Mesmo assim, a família dela tinha duas filhas que só davam prejuízo, e queriam desesperadamente um filho, então secretamente enviaram Yindi para longe e ficaram escondidos até o irmãozinho de Yindi nascer e eles voltarem para a aldeia.

Mesmo de volta à aldeia, eles tiveram que pagar uma multa de quinhentos yuan. Esse montante não significava nada no futuro, pois poderia ser gasto em uma única ida ao supermercado.

Mas esses quinhentos yuan agora, eram o sustento de uma família inteira por vários anos.

A mãe de Yindi a desgostava muito. No seu coração, ela sempre acreditava que os quinhentos yuan não foram gastos no seu filho pequeno, mas sim em Yindi. Se Yindi não os tivesse custado, eles não precisariam se esconder, gastando quinhentos yuan no fim.

É assim nas áreas rurais.

Os mais velhos repassam seus fardos para os mais novos, com uma pessoa digna de pena presa no meio. Yindi era exatamente essa pessoa que cresceu assim, o que resultou em sua natureza egoísta. Ela só podia tomar dos outros, mas ninguém podia lhe dever nada.

Quando chegaram em casa, Tang Yuxin se desvencilhou dos braços de Tang Zhijun e correu em direção ao banheiro externo.

“Xinxin, vá devagar…” Tang Zhijun esticou a mão e pegou as pequenas tranças na cabeça de sua sobrinha.

“Tio, eu preciso fazer xixi,” Tang Yuxin estava vermelha no rosto, uma porque estava com pressa, e outra porque ela, uma mulher de trinta anos, teve que discutir suas necessidades sanitárias com um jovem nos vinte anos, especialmente quando o homem era seu tio.

“O tio vai levar você lá,” Tang Zhinian adorava sua pequena Yuxin.

Mesmo assim, isso lhe causava um grande desconforto.

“Pequena Xinxin, o Tio costumava te levar ao banheiro e ajudar a limpar seu bumbum. Por que você não deixa o Tio ajudar agora?” Enquanto falava, um tom de queixa se tornava evidente.

“Ah, as crianças crescem, elas não dependem mais dos seus tios.”

Mas ela só tem quatro anos. Nas outras famílias, até crianças de cinco ou seis anos ainda têm ajuda dos familiares para limpar seus bumbuns. Algumas até molham as calças aos oito ou nove anos. Alguém pode dizer a ele por que sua pequena sobrinha é tão sensata que ele acaba se sentindo inútil?