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- Capítulo 354 - 354 Quando o Carmesim encontra a Pureza 354 Quando o Carmesim
354: Quando o Carmesim encontra a Pureza 354: Quando o Carmesim encontra a Pureza Hylos finalmente falou, seu tom mais suave do que antes. “Talvez eu estivesse errado sobre isso e não conseguisse enxergar a felicidade do meu filho. Mas agora, eu a aceitarei como a escolha do meu filho.”
Um surto de gratidão preencheu os olhos de Grace. No entanto, antes que ela pudesse pronunciar uma palavra, Rio lhe enviou uma mensagem mental: ‘Por favor, não diga nada que os faça duvidar da sua magia. Deixe isso ficar entre nós…’
Ele sabia muito bem como, na História da Santa, Leo havia tragicamente morrido porque havia confiado o segredo de Grace à sua família. Aquela confiança os havia levado a perseguir o Anel de Trevo Exaltado. Desta vez, Rio estava determinado a manter sua existência escondida de Leo.
Grace assentiu em compreensão, depois virou-se para Leo, que a puxou para um abraço. Enquanto se abraçavam, Hylos inclinou-se respeitosamente para Lia, que o reconheceu com um leve aceno de cabeça.
Hylos então elevou sua voz, dirigindo-se a todos os presentes: “A família Cliffbow organizará a cerimônia de casamento em um ano. Todos vocês estão convidados.” Sua proclamação ecoou pela aldeia, provocando vivas entre os aldeões. Enquanto isso, Leo e Grace compartilhavam um momento de pura alegria, banhando-se na aceitação do chefe da família Cliffbow.
***
Mais tarde naquela noite, Rio e suas esposas seguiram de carruagem em direção ao Monte Misthaven, para onde Leo e Grace queriam ir após se despedirem da família Cliffbow.
Ao chegarem à base da montanha, Leo pediu ao cocheiro da família que esperasse e fez um sinal para que o grupo o seguisse.
À medida que se distanciavam do cocheiro, Leo se virou para Rio com um sorriso maroto que brilhava com seu charme habitual. “No início, Grace e eu não tínhamos ideia sobre este lugar, mas agora todas as peças do quebra-cabeças parecem estar se encaixando por conta própria.”
Rio franziu a testa com as palavras enigmáticas de Leo, suspeita acendendo em seu olhar. Nyla, por outro lado, parecia ansiosa para saber mais enquanto cavalgava mais perto de sua querida. Enquanto isso, Lia e Lily mantinham-se atrás, caminhando silenciosamente com Grace, que parecia perdida em pensamentos.
Após duas horas de caminhada por trilhas irregulares e vegetação densa, o grupo finalmente chegou ao seu destino. O som da água correndo se tornou mais alto à medida que uma cachoeira surgia à vista, a centenas de metros à frente. Era uma visão magnífica e majestosa em sua imensa altura.
Leo virou-se, plantando uma mão no quadril enquanto apontava para a cachoeira com a outra. “Bem-vindos à Tumba Antiga.”
“Tumba Antiga?” perguntou Nyla, confusa.
Grace avançou por trás. “É uma tumba que encontramos recentemente, mas não conseguimos abrir por causa de uma restrição,” ela explicou calmamente.
“Que restrição?” Rio questionou, voltando o olhar para a cachoeira estrondosa.
Leo não respondeu imediatamente. Em vez disso, começou a se mover em direção à cachoeira. “Apenas venham,” gritou por cima do ombro. “Vocês entenderão tudo quando virem.”
Sem outra opção, Rio o seguiu, sua expressão tornando-se mais carregada conforme o som estrondoso da água aumentava. O rugido das quedas abafava a maior parte das tentativas de conversa, e a névoa encharcava suas roupas em segundos. O rio abaixo era largo e de correnteza rápida, sua superfície interrompida por grandes pedregulhos irregulares que se mexiam ligeiramente com a corrente.
Leo saltou para o pedregulho mais próximo. Dali, pulou de um para outro, aproximando-se da cachoeira. Com um último salto, desapareceu por trás da cortina de água.
Grace foi a próxima, seguindo o mesmo caminho. Apesar de menos atlética que Leo, ela se movia com graça, deslizando para trás das quedas depois dele.
Lia deu um aceno para Rio antes de ela e Lily avançarem juntas. Diferente de Leo e Grace, elas não se importaram com os pedregulhos. Em vez disso, lançaram-se ao ar num borrão, suas formas cortando a névoa e a corrente como flechas.
Aproximando-se de Rio, Nyla elevou sua voz para ser ouvida sobre o estrondo ensurdecedor da cachoeira. “Que tal se eu selar seus lábios com os meus antes de seguirmos adiante?” Ela sorriu, um brilho brincalhão iluminando seus olhos.
Rio suspirou com a desfaçatez dela, antes de desaparecer no ar. Ele reapareceu do outro lado da cachoeira, deixando Nyla a conter uma risada enquanto o via escapar. Balançando a cabeça, ela o seguiu, usando a mesma técnica que Lia e Lily para contornar a queda estrondosa com facilidade.
Dentro, o espaço se abria em um vasto câmara com altos tetos abobadados. As paredes de pedra, polidas até terem um brilho semelhante ao quartzo, cintilavam levemente na luz tênue. Na extremidade da câmara havia uma porta de madeira, modesta em sua concepção. Acima dela, no entanto, palavras estavam gravadas na pedra.
Leo e Grace estavam perto da porta, esperando. Ambos pareciam surpresos ao observar Rio e as nobres senhoras emergirem facilmente da cachoeira.
“Irmão, você e suas esposas realmente são alguma coisa,” Leo comentou, seu tom tingido de admiração.
“Nós só somos bons em pular,” respondeu Rio secamente, o sarcasmo encontrando suspiros de suas esposas.
A atenção do grupo se voltou para a inscrição acima da porta. As palavras esculpidas na parede de pedra diziam:
Quando o carmesim encontra a pureza, sua luz adormecida florescerá;
Mãos atadas desvendarão a tumba antiga.
Todos os quatro encararam a mensagem enigmática gravada acima da porta. Ficou claro – o “carmesim” se referia a Rio, e a “pureza” só podia significar Grace.
“Como sabiam que viríamos?” exclamou Nyla, sua voz cheia de incredulidade.
Lily respondeu pensativa, “Quem criou isso… eles podem ter tido o poder de ver o futuro.”
Rio disparou para a frente, aproximando-se da porta selada. Colocando as mãos contra sua superfície, ele empurrou com toda sua força inata, os músculos de seus braços se tensionando com o esforço. No entanto, apesar de seu poder, a porta não se moveu.
Momentos depois, outro par de mãos se juntou às dele. Grace estava ao seu lado, sua expressão resoluta enquanto ela seguia o significado das palavras gravadas na pedra. Juntos, eles empurraram, mas mesmo com o esforço combinado, ainda assim, nada aconteceu.
“Será que entendemos errado?” murmurou Grace com um toque de tristeza.
Por trás deles, a voz calma de Lia ecoou pela câmara. “Diz ‘mãos atadas’.”
Os olhos de Grace se arregalaram com a realização. Ela então se virou para Rio, estendendo as mãos para ele. “Então temos que fazer isso juntos – de maneira adequada.”
Rio olhou para Leo, arqueando as sobrancelhas em preocupação. “Você não vai me matar se eu segurar as mãos da sua esposa por um momento, certo?”
Com suas palavras, todas as senhoras irromperam em risadas, suas gargalhadas ecoando pelas paredes de quartzo.
Leo cruzou os braços. “Vai em frente. Mas não posso garantir o que vai acontecer se você acabar roubando ela de mim.”
As bochechas de Grace enrubeceram, e Rio assentiu antes de colocar suas mãos sobre as dela. O calor de suas palmas se encontrou, seus dedos levemente se tocando ao segurarem as mãos um do outro no ar.
No momento em que suas mãos se encontraram, um brilho radiante irrompeu do centro da porta de madeira. Linhas de luz dourada traçaram em sua superfície, formando padrões intricados enquanto a porta rangia alto. Com um gemido baixo, ela se abriu, revelando o que havia além.
“Funcionou!” exclamou Leo, sua excitação quebrando o silêncio tenso. Sem esperar por ninguém, ele correu pela abertura.
Rio e os outros seguiram atrás. Dentro, era como se tivessem entrado na terra das lendas. A câmara além era vasta, seu teto elevado alto acima deles.
Pilhas de tesouros brilhavam em cada canto, sua luminosidade iluminando a sala como mil estrelas pequeninas. Gemas de todos os tamanhos e matizes cintilavam em montes cintilantes.
Entre os tesouros jaziam incontáveis artefatos – armas antigas, livros encadernados com intricados, e artefatos de origem desconhecida – todos irradiando uma aura de imenso poder.
Leo soltou um suspiro audível, sua voz transbordando de excitação. “Nós acertamos em cheio!”
“Minha nossa…” murmurou Nyla, sua postura geralmente composta dando lugar ao puro espanto.
“Isto é…” sussurrou Grace.
Lia, Lily e Rio, embora mais compostos, não estavam inteiramente imunes à vista de tirar o fôlego. Mesmo Rio, que já havia visto tantas maravilhas, deixou-se cativar momentaneamente pelo mar cintilante de tesouros.
Antes que alguém pudesse avançar mais, uma voz profunda e ressonante ecoou pela câmara. Seu poder era inegável, e parecia vir de todos os lugares e de lugar nenhum ao mesmo tempo.
“Esta tumba guarda os restos de uma civilização antiga,” a voz retumbou. “Ninguém pode sair com mais de um tesouro em seu poder.”
A voz desapareceu, deixando para trás um silêncio espesso enquanto o grupo trocava olhares.