Minha Doce Vingança com o Alfa da Máfia - Capítulo 70
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70: Você não morreria, né? 70: Você não morreria, né? Adeline endureceu instantaneamente, a porta se fechando atrás dela quando Yuri se despediu.
“C-César.” Seus lábios tremiam, seus olhos se deslocando para a bandagem enrolada na parte inferior de sua cabeça.
Ela podia ver a que aparecia em seu pescoço e soube instantaneamente que todo o seu corpo superior estava enfaixado, significando que ele sustentou mais ferimentos do que ela imaginava.
“Venha,” César disse lentamente. “Venha sentar aqui.” Ele bateu em seu colo e largou os documentos que segurava.
O coração de Adeline pulsava tão forte que ela podia ouvi-lo.
De início, seu corpo se moveu, e ela deu passos em direção a ele. Mas César foi surpreendido quando ela subitamente acelerou o passo, pulando em seus braços e o abraçando apertado. Era como se ela não esperasse encontrá-lo ali, vivo.
Estava mais do que claro que ela esperava o pior, contudo, vê-lo tão bem e ok fez suas emoções desmoronarem completamente. Ela nem tinha certeza do que estava sentindo, mas apenas sabia que queria estar ali, em seu abraço, braços firmemente envolvidos ao redor dele e nunca soltar.
“V-você está bem! Eu pensei que você tivesse morrido. Eu pensei que você tivesse morrido mesmo, e eu fiquei tão assustada e triste, César. Você não entende!” Ela estava histérica, até mesmo para o seu próprio espanto.
Que sensação bizarra ela estava experimentando—que, mesmo confundindo-a, ela não conseguia impedir suas emoções de transbordarem.
“Adeline…” César a segurava, seus olhos verdes piscando em perplexidade atrás de seus óculos. “Você está… chorando?”
Adeline fungou, recuando com a cabeça baixa.
“Eu não sei César, eu não sei o que está errado comigo.” Ela balançava a cabeça, levando a mão ao rosto. “Eu simplesmente não consigo evitar. Eu fiquei realmente assustada, tão assustada que realmente parecia que uma parte de mim estava sendo levada embora. Eu não consegui me mover, e eu apenas fiquei ali parada. Na verdade, eu nem sei como me senti quando aconteceu, e quando eu olhei para a TV e-”
“Ei… relaxe. Shhh,” César cantarolou, usando seu polegar enluvado para limpar as lágrimas em seus olhos. “Eu estou bem, não estou? Eu não morreria assim, sabe. Você tende a me subestimar muito, boneca.” E lá veio novamente aquela risada gutural.
Adeline olhou para ele, seus olhos vasculhando seu rosto.
César podia dizer que ela estava em profundo pensamento pelo jeito que ela o encarava com olhos incertos, e isso definitivamente tinha algo a ver com seus sentimentos. Ah, como ele desejava poder contar a ela e parar de mantê-la no escuro. Mas como ele poderia? Ele a perderia.
Sua… Adeline.
Seria menos confuso se ela entendesse e percebesse que se sentia tão apegada a ele porque eles estavam ligados. Eles eram almas gêmeas, e ela pertencia a ele. Uma grande parte de sua alma murcharia se algo acontecesse a ele, e o mesmo valia para ele.
Era essa a crueldade do laço de companheiro. Uma dor insuportável, pior do que qualquer dor que alguém pudesse passar.
Como Adeline se sentiu mesmo ele não tendo morrido era um exemplo primordial. Agora, imagine quão mais horrível teria sido se ele tivesse morrido. O choque poderia até matá-la.
Houve ômegas que morreram do choque de perder seus alfas, e houve alfas que enlouqueceram por perderem seus ômegas. Era terrível assim.
Ele nem mesmo queria imaginar como Adeline ficaria se algo acontecesse a ele. Outra razão pela qual ele relutava tanto em marcá-la e imprimi-la. O laço se tornaria ainda mais forte então.
Adeline tocou seu queixo, pensativa. “César, você não morreria, morreria?”
“Não.” César balançou a cabeça. “Eu não sou fraco, então não morreria tão facilmente, pelo menos não desta forma.” Ele estava rindo, com os olhos se estreitando.
“Talvez eu não devesse ter te envolvido nos meus problemas. Eles fizeram isso com você porque-”
“Adeline!” César a segurou pelo queixo, forçando-a a olhar para ele. Ele a encarava com olhos escurecidos, repentinamente descontente. Como seu humor podia mudar tão rápida? “Nós fizemos um acordo, e a menos que eu decida recuar, não diga nada.”
“Você realmente acha que Dimitri e o velho Fiódor podem me matar?” ele questionou tão seriamente como Adeline nunca o viu fazer antes. “Você não sabe exatamente o que eu sou, porque se soubesse, você não assumiria-”
Aí, ele parou, engolindo o resto de suas palavras. Num acesso de irritação, ele quase deixou escapar o que deveria ser mantido em segredo.
Adeline sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Que parte de sua sentença o deixou tão irritado? E por que ele não completou sua frase?
“César, por que você não completa-”
“Adeline, quando você vai voltar? Quantas horas a partir de agora?” César perguntou desviando a conversa, mudando de assunto.
Adeline suspirou resignada, um leve sorriso se espalhando por seu rosto. “Eu ficarei com você a noite toda.”
“Hã?” César ficou genuinamente surpreso. Ela tinha essa liberdade toda? Ele não pensava assim. “Como assim? Você não deveria-”
“Dimitri e o velho estão fora,” Adeline interrompeu, respondendo com um tom que insinuava sua irritação. “Eles estão celebrando seu acidente, então voltar para casa pode não ser nem amanhã. Eu suponho que vão para uma propriedade diferente de alguma maneira se encontrar. Dimitri me contou, pfft.”
“Oh…?” A sobrancelha de César arqueou-se em divertimento, e sua expressão se alargou em surpresa no segundo em que Adeline levantou sua camiseta para tirá-la. “O que você está fazendo?” ele perguntou.
Adeline encontrou seu olhar. “Eu quero examinar seus ferimentos.”
César levantou os braços, deixando-a tirar a roupa. Ela ficou abatida com a bandagem habilidosamente enrolada ao redor de sua ferida, mas uma ao lado de seu quadril chamou sua atenção.
“César, você foi baleado?!”
“Eu fui.” César deu uma risadinha, exibindo todos os dentes afiados. “Duas vezes.”
“Por que você está sorrindo com isso?!” Adeline o encarou irritada, tocando a ferida. “Você poderia ter morrido! O que há de errado com você?” Ela estava gritando com ele, parecendo genuinamente preocupada e chateada.
César ficou quieto por um momento, o sorriso desaparecendo de seu rosto.
“Adeline… está tudo bem. Eu te disse que eu não morreria. São apenas dois tiros.”
“Apenas? É isso que você acha?” Adeline estava firme em suas palavras, não havia espaço para argumentos. “Só porque você sobreviveu dessa vez não significa que vai sobreviver da próxima! Você não se importa com a sua vida ou o quê? Por que você parece tão despreocupado com isso, como se não se importasse?!”