Mimada por Bilionários Após Traição - Capítulo 467
Capítulo 467: 468 Fofoca
Assim que Allen saiu do quarto do hospital, Jackson ficou pálido e, com um movimento repentino, vomitou tudo o que havia acabado de comer, deixando uma sujeira no chão.
A jovem enfermeira, que não tinha mais de vinte anos, entrou em pânico e correu em direção à porta para chamar um médico, mas Jackson a impediu. “Fique,” ele ordenou.
A enfermeira olhou para ele com os olhos arregalados, quase à beira das lágrimas ao ver seu rosto lívido. “Senhor, se o senhor está passando mal, deveria realmente deixar o médico verificar—”
“Eu não estou passando mal,” Jackson respondeu, sua voz fria, com um brilho de dureza nos olhos. A enfermeira se encolheu ligeiramente diante de seu olhar intenso.
“Você tem medo de mim?” ele perguntou, com um sorriso irônico surgindo em seus lábios.
“N-não, de jeito nenhum,” a enfermeira gaguejou, balançando a cabeça. “É só…”
“Não se preocupe com isso,” ele disse, um leve desdém formando-se. “Medo é natural. Eu nunca fui a pessoa mais agradável, e não finjo ser.”
“Ah não, o senhor é uma boa pessoa, senhor! O senhor… bem, o senhor me paga bem,” ela respondeu hesitante.
“Dinheiro sozinho não faz de alguém bom,” Jackson murmurou, fechando os olhos. “Se fizesse, talvez eu não estivesse deitado aqui.”
“Senhor…”
“Limpe o quarto e, faça o que fizer, não deixe meu irmão saber que eu vomitei. Entendido?”
A enfermeira, atrapalhada, assentiu rapidamente. “Entendido, senhor.”
Jackson a dispensou com um aceno, e ela apressou-se a limpar o quarto.
Quando Allen voltou, tudo estava impecável, mas ele percebeu um leve cheiro no quarto. “Que cheiro é esse?”
“Ah, eu, bem… soltei um pum,” Jackson respondeu com indiferença.
Allen revirou os olhos. “Você não consegue mostrar um pouco de dignidade?”
Jackson sorriu. “Olhe para mim—não me sobrou muita dignidade para mostrar.”
Allen suspirou, olhando para o irmão com um traço de simpatia. O recente romance de Jackson, embora breve, o havia visivelmente iluminado, mesmo que todos soubessem que o relacionamento estava destinado a terminar.
O celular vibrou no bolso de Allen, e ele olhou para a tela antes de murmurar: “Eu volto mais tarde, depois do trabalho.”
Jackson acenou para que ele fosse. “Vai, você está me deixando louco.”
…
A neve tinha colocado todo mundo de bom humor. Quando Emily entrou no escritório, ouviu Ken imediatamente cantarolando uma melodia alegre.
“Você está de bom humor,” ela observou com um sorriso.
Ken riu. “Quem não estaria? As festas estão chegando, e assim que a festa anual acabar, estaremos livres! A propósito, você veio com o chefe esta manhã?”
Emily ergueu uma sobrancelha. “Como você sabe?”
“Eu não vi com meus próprios olhos,” Ken admitiu com um sorriso maroto, “mas o escritório inteiro está falando disso!” Ele se inclinou, voz mais baixa. “Então… você e nosso chefe estão juntos?”
Emily apenas sorriu, sem confirmar nem negar.
Ken deu-lhe uma cotovelada. “Você pensou naquilo que eu disse ontem?”
Os olhos de Emily se estreitaram pensativamente. “De onde você ouviu todas essas fofocas?”
“Sem ideia,” ele respondeu, dando de ombros. “Mas todo mundo viu você sair do carro dele, do banco da frente, ainda por cima. E vocês dois estavam em lados opostos naquela última reunião, então o boato é que vocês passaram de inimigos a amantes.”
Emily riu, balançando a cabeça. Se ao menos soubessem a verdade—eles não eram exatamente inimigos, mas também não eram exatamente amantes. O casamento deles não era baseado somente no amor; era em grande parte para cumprir o último desejo de Meggie.
“Na verdade, Miranda, eu deveria te agradecer,” Ken disse.
Ela ergueu uma sobrancelha. “Eu deveria te agradecer, realmente. Perdi muito trabalho ultimamente, e você cobriu por mim.”
Ken balançou o dedo. “Não, não, não por causa do trabalho! Ouvi dizer que o chefe colocou o casaco dele sobre você esta manhã?”
Emily olhou para baixo, um pouco envergonhada. “Sim.”
Esta manhã, Vincent percebeu que ela estava vestida inadequadamente para o frio e colocou o casaco dele sobre seus ombros. Ela o devolveu antes de chegarem ao escritório, mas as fofocas já haviam se espalhado como fogo, e aqui estava Ken, totalmente informado.
“É bom ver o chefe finalmente encontrando alguém que abre um pouco o coração dele. Estou realmente feliz por ele,” Ken continuou com um sorriso caloroso.
Emily riu. “Você está preocupado que esteja traindo Emily?”
“Não é bem isso…” Ken parecia pensativo. “Mas aceitei isso. O importante é que você e o chefe se façam felizes. Ele passou por momentos difíceis nos últimos anos, e espero que você consiga trazer paz e alegria para ele.”
Assim que ele terminou de falar, alguém bateu na porta.
Ken virou-se e piscou surpreso. “Chefe? O que traz você aqui?”
Vincent segurava um copo de água. “Estou interrompendo?”
“De jeito nenhum! Entre!” Ken disse, praticamente pulando para abrir a porta e até puxando sua cadeira para Vincent sentar.
Vincent balançou a cabeça educadamente. “Eu só preciso dizer algo rápido.”
Ele contornou a mesa de Ken e colocou o copo de água na frente de Emily. “Isso é água com limão. Você não está vestida adequadamente hoje para o frio, então isso ajudará com vitamina C.”
Emily olhou para o copo, sentindo-se um pouco constrangida. “Você não precisava trazer isso você mesmo…”
“É minha receita pessoal,” ele respondeu, gentilmente empurrando o copo em direção a ela. “Melhor garantir que chegue até você.”
Ken, que estava observando, não pôde deixar de sorrir sozinho.
Emily pegou o copo, assentindo. “Tudo bem, obrigado.”
“Beba agora. Eu vou esperar.”
“Mas eu…”
Vincent empurrou o copo mais para frente, dando-lhe um olhar significativo. “Rápido agora—você tem trabalho para fazer.”
Através das paredes de vidro, Emily viu uma pequena multidão se reunindo, alguns até pressionando os ouvidos contra o vidro para escutar.