- Home
- Mimada por Bilionários Após Traição
- Capítulo 429 - Capítulo 429: 430 Eu Sou Apenas Alguém Que Não É Amado
Capítulo 429: 430 Eu Sou Apenas Alguém Que Não É Amado
Emily observava enquanto a tensão entre os dois homens escalava, suas palmas suadas de ansiedade. Era uma confrontação que ela havia causado sem querer, e ela sabia que tentar mediar só pioraria as coisas.
Frustrada, ela jogou as mãos para o alto e disse, “Vocês dois podem discutir à vontade, eu vou pegar um pouco de ar fresco.”
Jackson a alcançou rapidamente enquanto ela se movia em direção à porta. “Vou com você,” disse ele, envolvendo possessivamente um braço ao redor de seus ombros, guiando-a para fora do apartamento com um aperto firme. “Vamos até o supermercado, tá bom? Você prometeu cozinhar para mim quando estávamos no Reino Unido, mas nunca teve a chance. Então, finalmente vai compensar isso hoje à noite, certo?”
Emily suspirou. “Tem que ser hoje?”
“Quanto mais cedo melhor! Você está sempre ocupada, e quem sabe quando você vai ter tempo novamente? Vamos, vamos,” disse ele, com suas vozes desaparecendo enquanto saíam.
Dentro do agora silencioso apartamento, Satan estava sozinho em frente à grande janela, olhando para a noite. O ambiente parecia mais frio, mais vazio, desprovido da vida que brevemente o preenchera. Seus passos ecoavam levemente na espaçosa sala de estar, como se para lembrá-lo da solidão.
Poucos momentos depois, Dylan entrou correndo, ofegante enquanto se apressava em direção ao seu chefe. “Senhor, eu acabei de ver a senhora—quer dizer, Emily—e o Jackson saindo juntos… Está tudo bem?”
Satan permaneceu em silêncio, ainda de pé na janela, com a mão segurando um cigarro entre os dedos.
Dylan avançou rapidamente, arrancando o cigarro de sua mão e esmagando-o em sua própria mão. “Senhor! Você quer arruinar sua garganta de vez?”
Satan não se moveu, seus dedos ainda pairando como se o cigarro ainda estivesse lá. Depois do que pareceu uma eternidade, ele suspirou e disse, “Eu não estava fumando. Eu só precisava segurá-lo, sentir o cheiro. Isso me acalma.”
“Senhor…” Dylan começou, mas Satan levantou a mão para interrompê-lo.
“Eu sei o que você quer dizer, mas não se incomode. Eu não vou me machucar mais. Só que… Eu não consigo encontrar uma válvula de escape para meus sentimentos agora. Todo mundo me olha e vê um homem de sucesso, alguém que possui vastas propriedades, com riqueza que poderia durar gerações. Mas a verdade é que sou apenas um homem patético… alguém que não é amado por ninguém.”
Dylan mordeu o lábio, sua expressão dividida. “Isso não é verdade, senhor. E se eu fosse e implorasse para ela voltar? Eu poderia falar com ela—Emily tem um coração bondoso. Ela ouviria se eu suplicasse…”
“Não.” A recusa de Satan foi firme. “Eu não quero alguém que volte por pena. Eu quero amor, não simpatia.”
Dylan exalou, derrotado, com os ombros caídos. “Senhor…”
Satan interrompeu, mudando de assunto. “Como está a saúde da minha avó? E a pressão arterial dela?”
“Ela está estável por enquanto,” Dylan respondeu, embora sua voz carregasse um tom de preocupação. “Mas o inverno é perigoso para alguém da idade dela. O médico disse que precisamos ficar de olho nela, especialmente com sua alta pressão arterial. Ela corre risco de ter um ataque cardíaco ou um derrame a qualquer momento.”
Satan assentiu, soltando um suspiro cansado. “Eu fui um péssimo neto. Tudo o que ela sempre quis foi um bisneto, e eu…”
“Você ainda pode dar um a ela,” Dylan sugeriu cuidadosamente. “Senhor, há algo que eu preciso dizer—”
“Então não diga,” Satan o interrompeu. Ele já sabia o que Dylan estava insinuando, e ele não queria ouvir. “Vamos embora.”
…
O supermercado estava cheio de clientes à noite—donas de casa correndo para pegar itens essenciais com desconto, trabalhadores de escritório finalmente tendo a chance de relaxar depois de um longo dia. Os corredores estavam cheios, especialmente na seção de alimentos.
Emily liderava o caminho, selecionando ingredientes enquanto Jackson a seguia de perto, empurrando o carrinho de compras. Toda vez que ela pegava algo, o carrinho estava convenientemente ao lado dela, facilitando para ela deixar os itens lá dentro.
“Jackson, você não acha entediante fazer compras no supermercado?” Emily perguntou, olhando por cima do ombro.
Jackson balançou a cabeça. “De jeito nenhum! Por que você pensaria uma coisa dessas?”
“Eu só pensei que alguém como você, com sua riqueza, estaria mais acostumado a comprar na Armani em vez de um supermercado,” ela disse com um sorriso provocante.
Jackson começou a rir alto. “Pessoas ricas também precisam comer, sabia! Embora, para ser justo, eu não costumava fazer compras assim. Mas agora, acho meio divertido.”
De repente, Jackson apontou animado para um corredor à frente. “Olha! Já estão vendendo árvores de Natal. O Natal está perto, né?”
Emily parou, percebendo a data. Era dia 18—faltava apenas uma semana para o Natal. Mais um ano havia passado tão rapidamente.
“Vamos escolher uma árvore,” Jackson sugeriu animadamente. “E algumas decorações também.”
Emily franziu a testa. “Onde a colocaríamos? Estou hospedada em um hotel; não é exatamente conveniente.”
“Colocaremos na minha casa,” Jackson respondeu sem hesitar. “Com certeza serei arrastado para casa pelo meu irmão dessa vez, e meus pais provavelmente vão brigar comigo. Então, melhor eu agradá-los comprando algo legal! Não precisam de nada sofisticado, mas uma árvore de Natal os deixaria felizes. Vamos, me ajude a escolher uma.”
Emily se viu sendo puxada para a seção de Natal, repleta de vermelho e verde, o que a deixou um pouco tonta com todas as suas cores brilhantes.
Jackson segurava duas árvores diferentes, comparando-as com grande seriedade. “Qual delas você acha melhor, Emily?”
Ela deu de ombros. “Você conhece seus pais melhor do que eu. Você escolhe.”
“Se fosse qualquer outro ano, eu mesmo escolheria. Mas este ano é diferente,” disse Jackson, com um sorriso travesso.
“O que tem de diferente?”
“Agora tenho uma namorada!” ele declarou, com os olhos brilhando. “Você vai me ajudar a escolher, e quando eu levar para casa, vou contar tudo sobre minha namorada incrível.”
Conforme ele imaginava, os olhos de Jackson brilhavam ainda mais. “Na verdade, por que você não vem comigo para minha casa no Natal?”
Emily balançou a cabeça. “Preciso passar com meu tio.”
“Então traga seu tio também! Minha casa é enorme—ele poderia dormir em dez camas diferentes, se quiser.”
“Não é uma questão de espaço,” Emily disse gentilmente.
“Então o que é? O Natal é sobre estar junto com a família. E quando nos casarmos, seu tio também será minha família,” disse Jackson, com naturalidade.
“Jackson, meu tio está acostumado a viver uma vida tranquila e simples. Colocá-lo no seu mundo não o faria feliz. Até no Reino Unido, ele sempre se sentia um pouco desconfortável quando era só você e eu. Agradeço sua oferta, mas só quero que meu tio aproveite o Natal do jeito dele.”
A empolgação de Jackson murchou um pouco. “Isso significa que teremos que passar o Natal separados?”