Mimada por Bilionários Após Traição - Capítulo 378
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378: 379 Descida à Loucura 378: 379 Descida à Loucura Emily e o Sr. Satan sentavam-se de frente um para o outro na sala de estar, cada um segurando um copo de papel.
O Sr. Satan bebia com um senso de elegância, cuidadosamente soprando o líquido quente antes de tomar pequenos goles deliberados.
“Sua comida é excelente. Está muito gostoso,” ele elogiou.
Emily deu um sorriso modesto. “Obrigada. Mas não está perfeito. Aqui em Roma, é difícil encontrar gengibre fresco. Quando faço mingau de porco, geralmente adiciono algumas fatias de gengibre para tirar o cheiro e um pouco de pimenta para dar sabor. Ficaria ainda melhor assim.”
O Sr. Satan pareceu intrigado. “É assim que você sempre faz mingau? Ou é um modo típico de fazer na sua cidade natal?”
Emily riu levemente. “Essa é só a minha maneira de fazer. Tenho certeza de que os chefs em restaurantes têm seus próprios métodos, e a comida deles é muito melhor do que a minha.”
O Sr. Satan terminou seu mingau bastante rápido e pegou sua carteira dentro do paletó. Ele retirou uma nota e ofereceu a ela. “Cem dólares são suficientes?”
Cem dólares por um copo de mingau — uma quantia exorbitante.
Emily recusou educadamente. “Não, obrigada. Você já pagou pelas compras ontem.”
O Sr. Satan deu uma risadinha suave com a resposta dela. “É verdade.”
“Obrigada por ter me ajudado ontem à noite.”
“De nada,” ele respondeu, levantando-se do sofá. Com o mesmo tom cortês, acrescentou, “Obrigado pelo mingau. Vou indo agora.”
Emily o acompanhou até a porta, observando enquanto ele voltava para o quarto ao lado, número 2306. Ela só fechou a porta depois que ele estava seguro lá dentro.
Os dois copos de papel vazios ainda estavam na mesa de centro. Emily os pegou e os jogou no lixo.
Dentro do quarto 2306, o Sr. Satan acendeu um cigarro.
Ele discou um número.
Foi atendido rapidamente. “Chefe?”
“Preciso que você investigue alguém para mim.”
“Claro. Quem é?”
“Uma mulher, hospedada no quarto ao lado do meu — 2307.”
“Entendido. Vou contatar um detetive particular imediatamente.”
Após desligar, sua mente vagou para tempos mais sombrios.
Naquela época, ela já descansava no cemitério — nada restava além de um jarro de cinzas. Ele nem sequer tinha conseguido se despedir.
Jackson, vestido em um traje branco e preto austero, estava diante da lápide, colocando um buquê de crisântemos brancos e amarelos. Seu rosto estava sem emoção alguma enquanto falava. “…Ela entrou em trabalho de parto prematuro por causa do choque, sangramento severo. Igual a mãe dela. Exceto… ela e o bebê não resistiram.”
A Família Norman manteve a notícia em segredo por três meses, mas mesmo assim, quando o Sr. Satan finalmente acordou, eles não puderam escondê-lo.
Suas queimaduras eram tão graves que os médicos tiveram que realizar enxertos de pele. Seu rosto inteiro havia sido reconstruído, agora firmemente envolto em bandagens brancas. Ele não conseguia fazer expressões, mas lágrimas rolavam pelo seu rosto em gotas pesadas e incontroláveis.
O choque de tudo isso levou Meggie, sua avó, a uma crise hipertensiva, e ela também foi levada às pressas para a emergência. Era um caos, com Alex e Mandy tentando administrar tudo.
O Sr. Satan nem mesmo chegou a vê-la uma última vez. Quando ele ficou consciente, ela já havia partido, separando-os para sempre.
Meggie se trancou no sótão depois disso, recusando-se a sair. Ela passava seus dias na sala de oração, recitando a Bíblia, esperando guiar Emily e seu filho não nascido para a próxima vida, onde eles pudessem renascer em circunstâncias melhores.
No escritório, as coisas corriam bem na maior parte do tempo, com Daniel e Ken mantendo o barco à tona. Mas todos sabiam que o Sr. Satan não era mais o mesmo homem.
Emily o havia retirado do abismo, dado calor e um motivo para viver. Mas, justo quando ele começou a acreditar na possibilidade de felicidade de novo, ela foi levada embora.
Ninguém sabia como o Sr. Satan enfrentaria isso. Até mesmo Alex instruiu a equipe a ficar de olho nele, contratando vários cuidadores para monitorá-lo 24 horas por dia, caso tentasse se machucar.
Mas, para surpresa de todos, o Sr. Satan se recuperou e voltou ao trabalho como de costume. Ele seguiu os conselhos dos médicos, retomou o trabalho na empresa e até concordou quando Alex propôs a fusão dos negócios das famílias Reed e Norman, tornando o Sr. Satan o homem mais poderoso de Nova Iorque.
E então, ele começou sua busca por Jackson.
Allen Parker havia dito a ele que após cuidar do funeral de Emily, Jackson havia deixado o país para “limpar a mente”, e não havia retornado desde então. A família Parker utilizou todos os seus recursos para localizá-lo, mas Jackson havia desaparecido sem deixar vestígios.
Então, o Sr. Satan juntou-se à busca.
Ninguém entendia completamente o que havia acontecido com Emily em suas últimas horas. Por que ela e o bebê morreram na mesa de operação? Toda a situação estava envolta em mistério.
O Sr. Satan começou a suspeitar que algo não estava certo quando o tio de Emily, William, faleceu, e seu outro tio, Bert, discretamente cuidou dos arranjos do funeral. Pouco depois, Bert solicitou um passaporte.
Um homem na casa dos cinquenta, que não falava nenhuma outra língua, de repente planejando deixar o país? Não fazia sentido.
Ele não pôde deixar de se perguntar: Será que Emily ainda estava viva? Seria possível que ela não tivesse morrido, mas tivesse sido levada para algum lugar, escondida?
Impulsionado por essa esperança selvagem, o Sr. Satan comprou uma passagem no mesmo voo que Bert e o seguiu até Roma, onde finalmente cruzou caminhos com Jackson.
Por que Jackson estava viajando com Bert? Que conexão eles teriam?
Nada disso fazia sentido, mas todos os sinais apontavam para uma possibilidade que excitava o Sr. Satan—talvez, só talvez, Emily ainda estivesse lá fora.
“Você voltará para os Estados,” disse o Sr. Satan calmamente, enquanto apagava seu cigarro, esmagando as cinzas na cinzeiro. “Preciso de um tempo para limpar minha mente.”
“Tem certeza? Talvez eu devesse ficar com você, chefe,” Dylan sugeriu.
“Não é necessário. Entrei para um grupo de excursão, e eles farão companhia.”
Dylan concordou relutantemente. “Tudo bem então. Vou reservar meu voo para esta noite. Mas vou contratar um detetive particular para investigar aquela mulher.”
O Sr. Satan desligou o telefone, observando enquanto o último pedaço de seu cigarro virava cinza e se esfarelava na mesa.
O aroma do mingau de porco ainda pairava no ambiente—quente e familiar.
Isso o levava à loucura.