Mimada por Bilionários Após Traição - Capítulo 376
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376: 377 A Bondade Sempre Retorna 376: 377 A Bondade Sempre Retorna “Emily.”
A voz de Jackson a chamou pelo nome real, não pela nova identidade que ela havia cuidadosamente criado.
“É assim que você me diz, mais uma vez, que está me rejeitando?”
Suas palavras, carregadas de frustração, pegaram Miranda desprevenida. Ela ficou parada, incapaz de encontrar as palavras certas. Ela já havia se explicado tantas vezes antes. Cada vez parecia mais inútil que a última.
Jackson suspirou, exasperação marcando seu tom. “Eu simplesmente não entendo… Por que…”
“Jackson, me desculpe.”
“Não, não, por favor”, ele interrompeu bruscamente. “Não suporto ouvir ‘desculpa’ ou ‘obrigado’ de você. Faz com que pareçamos estranhos—como se nem fôssemos mais amigos.”
Miranda fez uma pausa, sentindo o peso de suas palavras. “Se você ainda quiser, podemos continuar amigos. Ou se preferir, podemos ser estranhos. O que você decidir, eu respeitarei.”
A frustração de Jackson aumentou, e ele parecia pronto para bater em algo. “Tudo bem, tudo bem, eu desisto. Estou desligando agora.”
“Jackson, você tem certeza de que está bem?”
“Só preciso de um tempo para clarear a cabeça”, ele respondeu, sua voz distante mais uma vez. “É isso. Não fique fora até tarde.”
A chamada terminou abruptamente, deixando Miranda olhando para a tela escura, um suspiro escapando de seus lábios.
O caixa, um homem mais velho e alegre, estava pacientemente esperando ela terminar a chamada. Ele sorriu calorosamente. “Bela senhora, seu total é de trinta e dois euros.”
Miranda retornou à realidade e assentiu. “Certo.”
Ela vasculhou sua carteira, mas rapidamente percebeu que não tinha dinheiro suficiente. Restavam apenas algumas moedas.
“Desculpe, posso pagar com cartão?”
O caixa riu alegremente. “Ah, não tem máquina de cartão aqui, senhorita. Só aceitamos dinheiro.”
Envergonhada, Miranda hesitou antes de remover alguns itens do carrinho. “Vou levar apenas o arroz e os ovos então. Desculpe pelo transtorno.”
Justamente quando a situação ficava mais constrangedora, o sino acima da porta soou, sinalizando a chegada de um novo cliente. Um rosto familiar entrou—era seu vizinho.
O homem do apartamento 2306, que ela acabara de ver no elevador, aproximou-se do balcão.
“Posso ajudar com alguma coisa?” perguntou o caixa alegremente.
O homem olhou os itens de Miranda. “Eu vou levar tudo que ela ia comprar, dobre o pedido, por favor.”
O caixa assentiu, seu corpo corpulento voltando às prateleiras. “Você planeja cozinhar para si mesmo esta noite? A maioria dos estrangeiros que compram aqui faz isso porque eles não conseguem se acostumar com a comida local.”
O homem deu de ombros. “Não tanto que eu não consiga me acostumar. Só… às vezes sinto falta da comida da minha esposa.”
“Ah, sua esposa deve ser uma excelente cozinheira, então”, o caixa comentou com um sorriso.
“Ela é”, o homem respondeu, seu tom mais suave.
Após pegar os itens, o caixa voltou, sorrindo enquanto registrava o total. “Você deve realmente amar sua esposa. Ela não viajou com você desta vez?”
A expressão do homem escureceu levemente. “Não, ela não teve chance.” Ele puxou uma nota de cem euros. “Fique com o troco.”
“Obrigado”, disse o caixa, recebendo a nota.
Antes de sair, o homem virou-se para Miranda. “Você precisa de ajuda com esses?”
Ela balançou a cabeça. “Não, obrigada.”
“Oh, não diga isso”, o caixa interveio. “Esta senhora não tinha dinheiro suficiente. Os vegetais extras? Você pode levá-los agora—este cavalheiro já cobriu o custo.”
Miranda acenou com as mãos em protesto. “Eu não posso fazer isso. É demais.”
Na Europa, a gorjeta é uma norma cultural, e embora sua gorjeta fosse generosa, isso não justificava ela se beneficiar dela.
O homem levantou uma sobrancelha, sua voz áspera mas não desagradável. “Americana?”
Miranda não tinha notado antes, mas sua voz tinha uma aspereza incomum, não totalmente desagradável, mas certamente surpreendente. Ela assentiu. “Sim, sou americana.”
O homem olhou para ela, depois tirou outra nota de cem euros e a entregou. “Eu vou pagar pelas compras desta senhora.”
O caixa tentou recusar. “Não é necessário, realmente. Os cem euros que você deu antes são mais que suficientes.”
O homem sorriu levemente. “Pessoas boas merecem gentileza em troca.”
Com isso, o caixa empacotou as compras de Miranda em sacolas de papel, entregando-lhe. “Obrigado a ambos por comprarem aqui. Pessoas boas como vocês certamente serão recompensadas.”
Miranda, ainda desconfortável, aceitou as compras. Ela agradeceu tanto ao homem quanto ao caixa antes de sair.
As ruas estavam silenciosas agora, quase sinistramente. As luzes fracas mal iluminavam o chão, lançando sombras longas e obscuras. O homem acompanhou-a.
“Esta área de Roma é antiga, e a infraestrutura não foi atualizada há um tempo”, ele disse, sua voz baixa. “Fica perigoso aqui à noite, especialmente para uma mulher andando sozinha.”
Miranda sorriu levemente. “Eu sei. Só precisava pegar algumas compras.”
“Vai cozinhar congee?” ele perguntou.
“Sim, com carne de porco magra e legumes. Infelizmente, eles não vendem ovos de cem anos aqui. Acho que veem isso como um tipo de prato estranho.”
O homem riu. “Muita da nossa comida é mal interpretada aqui. São apenas diferenças culturais. Você mora no 2307, certo? Eu vi você no elevador mais cedo.”
Miranda assentiu. “Sim, sou eu.”
“Ah, entendi. Então, era você”, ele disse com um leve sorriso.
“O que você quer dizer?”
“Tentei trocar de quarto com você antes, mas você recusou.”
Miranda ergueu uma sobrancelha. “Posso perguntar por que você estava tão determinado a trocar de quartos? Há algo especial sobre o 2307?”
A expressão do homem mudou, tornando-se ilegível. “Nenhum motivo especial. Apenas uma preferência pessoal.”
Eles andaram em silêncio pelo resto do caminho, até seus respectivos quartos no mesmo andar. Com um aceno, eles se despediram, cada um destrancando suas portas—ele entrou no 2306, e ela, no 2307.