Mimada por Bilionários Após Traição - Capítulo 373
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373: 374 E se eu não me importar que você se aproveite? 373: 374 E se eu não me importar que você se aproveite? Miranda desligou o telefone, sentindo uma estranha sensação de inquietação.
Quem estaria tão insistente em lembrar de um número de quarto, especialmente 2307? A vida tinha uma maneira engraçada de jogar coincidências nela.
Justo quando ela estava perdida em pensamentos, houve uma batida na porta.
“Quem é?” ela chamou, com a voz cautelosa. Ela não estava disposta a correr riscos em um país estrangeiro.
Uma voz familiar respondeu do outro lado, tingida de exasperação brincalhona. “Sou eu, Jackson. Seu incrivelmente atraente, imbatível melhor amigo.”
Miranda não pôde evitar de rir. Ela caminhou até a porta e a abriu.
Jackson enfiou a cabeça para dentro, olhando ao redor teatralmente, até dando uma cheirada exagerada no ar.
“O que você está procurando, Senhor Detetive?” ela perguntou, divertida com suas palhaçadas.
“Só me certificando de que você não está escondendo outros caras aqui,” Jackson brincou enquanto se jogava no sofá dela. “Cara, estou exausto.”
“O que você esteve fazendo?” perguntou Miranda, arqueando uma sobrancelha.
“Estava saindo para pegar comida chinesa,” ele respondeu, cruzando as pernas e deixando o pé balançar impacientemente. “Levar a família nas férias é tal aborrecimento. Eu pedi serviço de quarto para o Bert, mas ele não aguentou o cheiro. Tive que andar pela metade da cidade para encontrar uma comida chinesa decente para ele.”
Miranda sentiu uma pontada de culpa. “Sinto muito. Essa era minha responsabilidade. Quanto foi a comida? Eu vou te pagar.”
Ela alcançou sua carteira, mas Jackson rapidamente pegou sua mão para impedi-la.
“Não precisa disso,” ele disse, acenando com a mão. “Somos amigos, e é só uma refeição. Eu dou conta.”
Sob sua palma, a mão macia dela parecia delicada. Miranda sempre teve a pele clara, e após anos de estudos e sem precisar fazer nenhum trabalho pesado, suas mãos haviam se tornado ainda mais suaves. Jackson se pegou apertando a mão dela inconscientemente um pouco mais forte, mas ela a puxou antes que ele pudesse reagir.
“Até a família faz contas,” ela insistiu, tirando um pouco de dinheiro e colocando ao lado dele. “Não sei quanto foi, mas isso deve cobrir. A propósito, onde você comprou? Da próxima vez, eu compro.”
Jackson hesitou por um momento, se sentindo um pouco desconfortável. Ele jogou o dinheiro de volta para ela. “Por que você está me dando dinheiro? Você acha que eu estou quebrado?”
“Não é questão de estar quebrado. Meu tio queria comida chinesa, e você fez um esforço. É justo eu pagar.”
Jackson riu, embora houvesse um indício de frustração por trás disso. “Miranda, você sabe quanto foi o seu prêmio?”
“Dez mil euros. Por quê?”
“Isso mal dá para comprar um pneu para um dos meus carros. Você não precisa ser tão formal comigo.”
“Não é sobre formalidade,” Miranda replicou, se firmando. “É sobre princípios. Estou ganhando meu próprio dinheiro agora. Não posso me aproveitar de você.”
Sem pensar, Jackson soltou, “E se eu não me importar de você se aproveitar de mim?”
Ambos congelaram. A frase “se aproveitar” tinha um duplo sentido, e ambos sabiam disso.
O rosto de Miranda corou de embaraço. Ela rapidamente tentou rir disso. “Jackson, você sabe mesmo como brincar.”
A voz de Jackson ficou séria, uma estranha mistura de amargura e resignação. “Não sou apenas bom em piadas. Sou bom em muitas coisas.”
“Eu sei, eu sei,” Miranda provocou, tentando aliviar a tensão. “Você é o mundialmente famoso designer de carros, e claro, incrivelmente atraente.”
A expressão dele amoleceu um pouco, mas no fundo, ele sabia que ela realmente não o via. Não do jeito que ele desejava que ela visse.
Para ela, ele era apenas um amigo. Além disso? Ela nunca nem havia considerado.
Jackson soltou um riso vazio, se sentindo derrotado. Quantas vezes ele havia estado nessa posição com ela? Ele estava completamente fisgado, e ainda assim, não conseguia desistir.
“O que você planeja fazer amanhã?” ele perguntou, tentando mudar o assunto.
“Estava pensando em levar meu tio para um tour guiado por Roma. O que você acha?”
Jackson franziu a testa. “Um grupo de turismo? Onde você ouviu falar disso? Do hotel?”
“Não, eu encontrei uma guia no lobby. Ela está liderando um grupo de turistas.”
“Parece uma farsa,” Jackson murmurou.
“Não acho que ele é um golpista,” Miranda disse pensativa. “Ele deve estar apenas tentando fazer um dinheiro extra adicionando mais pessoas ao grupo. Além do mais, pode ser mais conveniente, e teríamos uma história mais aprofundada da cidade.”
“História?” Jackson zombou. “Esses guias só inventam coisas. Se você realmente quer um tour adequado por Roma, eu te levo. Conheço a cidade de dentro para fora. Vou te dar a coisa real, sem enfeites.”
Miranda olhou para ele surpresa. “Você sabe tanto assim sobre Roma?”
“Claro! Você acha que eu só entendo de carros?” Jackson respondeu, estufando o peito em ofensa fingida. “Mas deixa isso pra lá. Vou planejar tudo para você. Será muito melhor do que qualquer armadilha para turistas.”
Miranda hesitou. Ela não queria tomar mais do tempo dele. Jackson já havia feito tanto por ela ao longo dos anos. Se não fosse por ele, talvez ela nunca tivesse superado a morte da mãe.
Ela devia muito a ele. Gratidão, culpa, amizade—sim, tudo isso. Mas seu coração havia se tornado frio há muito tempo. Ela não tinha certeza se algum dia poderia se aquecer novamente.
“Não, está tudo bem,” ela disse, forçando um sorriso. “Você tem seu próprio trabalho para se concentrar. Não posso pedir para você perder tempo conosco. Além disso, meu tio fica nervoso perto de estranhos. Será mais fácil se for só eu e ele.”
Jackson a interrompeu. “É o seu tio que está nervoso, ou é você?”
A boca de Miranda se abriu, surpresa com a franqueza dele. Ela nunca esperava que ele fosse tão direto.
Jackson passou as mãos pelos cabelos em frustração, finalmente farto de fingir. “Sabe de uma coisa, Miranda? Não consigo mais te chamar assim. Para todos os outros, você sempre será Miranda, mas para mim, você sempre será Emily. E você sabe exatamente o que eu sinto por você, não é? Você tem fingido que não, mas eu não sou cego. Não sou burro. Você quer que eu me afaste, não é? Você acha que se ignorar, eventualmente eu vou entender a mensagem e te deixar em paz.”
“Jackson…”
“Não, deixa eu terminar. Guardei isso em mim por tempo demais, e não vou me calar até desabafar.”
Ele se levantou, mãos na cintura, as mangas arregaçadas.