Mimada por Bilionários Após Traição - Capítulo 359
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359: 360 Miranda 359: 360 Miranda Quatro anos se passaram desde que tudo mudou.
A cerimônia do prestigioso Prêmio de Arquitetura Pritzker estava sendo realizada em Roma. O prêmio deste ano pegou todos de surpresa — uma completa desconhecida havia vencido, uma jovem arquiteta que acabara de completar trinta anos. O fato de ela ser americana apenas aumentava o mistério.
A última vez que um americano de trinta anos ganhou este prêmio foi Logan Morgan. Mas sua reputação foi destruída quando descobriram que seu projeto premiado não era seu, mas sim roubado de outro arquiteto. O incidente se tornou um dos maiores escândalos da história da arquitetura, e o comitê não apenas o despojou do prêmio, mas também declarou a premiação daquele ano nula. O escândalo abalou o mundo da arquitetura até o seu núcleo, provocando debates sobre ética e confiança no setor.
Após o incidente, uma onda de xenofobia varreu alguns círculos, com extremistas argumentando que americanos não deveriam mais competir pelo Pritzker. Embora essa ideia fosse considerada muito radical para ser implementada, deixou um receio persistente. Nenhum arquiteto americano havia ganho o prêmio nas três décadas seguintes.
Até hoje.
A expectativa na sala era palpável enquanto os murmúrios se espalhavam entre os presentes. A vencedora deste ano, outra trintona, era uma zebra que aparentemente surgiu do nada, assim como Logan Morgan uma vez fizera. Os céticos questionavam a decisão dos juízes, alguns até se perguntavam se esta nova vencedora era outra fraude. No entanto, desde o escândalo de Logan Morgan, o comitê do Pritzker introduziu uma nova tradição. O vencedor teria que se apresentar diante dos principais arquitetos do mundo e responder às suas perguntas. Se o vencedor não pudesse defender seu trabalho de forma convincente, o prêmio não seria seu para manter.
A vencedora de hoje, Miranda Carter, estava prestes a enfrentar este julgamento de fogo.
Nos bastidores, Jackson se esparramava em um sofá, absorto em um jogo de vídeo caótico e barulhento em seu telefone. Tiros e explosões ecoavam dos alto-falantes do aparelho.
“Droga, outro tiro na cabeça! Esse cara está definitivamente trapaceando!” Jackson xingou baixinho.
Do outro lado da sala, Miranda estava em frente a uma penteadeira, checando cuidadosamente sua maquiagem no espelho. O elegante vestido de gala preto que ela usava acentuava sua silhueta, e seu cabelo estava preso em um estilo sofisticado, fixado com um delicado clipe de pérola. Ela parecia completamente a parte de uma arquiteta premiada.
Uma leve batida veio à porta, e a assistente de Miranda, Amy, colocou a cabeça para dentro. “Srta. Carter, eles estão prontos para você no palco.”
Miranda acenou com a cabeça, seu inglês com sotaque britânico refinado e claro. “Obrigada, Amy.”
Amy hesitou, seus olhos se arregalando levemente. “Há algo mais que você precise?”
Miranda sorriu gentilmente. “Não, está tudo pronto. Obrigada, porém.”
Amy piscou, surpresa pela compostura e beleza de Miranda. “Você está deslumbrante, Srta. Carter,” ela finalmente disse.
“Obrigada,” Miranda respondeu, seus lábios curvando-se em um sorriso suave.
Jackson, que havia pausado seu jogo para assistir à troca, sorriu e se aproximou de Miranda. Ele andou lentamente ao redor dela, avaliando-a com um brilho brincalhão em seus olhos. “Sabe, Amy está certa. Você parece tão jovem quanto há quatro anos. Talvez até mais jovem.”
Miranda lançou-lhe um olhar de advertência, embora seus olhos brilhassem divertidos. “Não erre com meu passado novamente, Jackson.”
“Sim, sim, entendi,” Jackson riu. “Mas falando sério, não tente desviar desta vez. Você vem adiando nosso casamento há quatro anos! Você me prometeu que nos casaríamos assim que ganhasse este prêmio.”
Miranda respirou fundo, mentalmente se preparando para os desafios à frente. “Você sabe que o Pritzker não é mais apenas um simples prêmio. É praticamente uma defesa acadêmica agora, com os principais arquitetos do mundo me interrogando sobre cada detalhe. Não estou contando com isso antes da hora.”
“Eu acredito em você, Miranda,” Jackson disse sinceramente. “E ei, mesmo que você não esteja com pressa, deveríamos pensar no nosso futuro. Sabe, em começar uma família…”
Na menção de uma “família”, o corpo inteiro de Miranda se tensionou, uma sombra passando por seu rosto. Ela ainda não conseguia escapar das memórias daquela sala de operação fria e estéril, a dor excruciante, a impotência enquanto seu mundo desabava ao seu redor. Era um milagre ela ter sobrevivido, graças à intervenção de Jackson.
“Desculpe, eu não queria trazer isso à tona,” Jackson disse rapidamente, percebendo seu erro. Ele procurou pelas palavras certas, a ansiedade se infiltrando em sua voz. “Desculpe, Emily, ah, Miranda. Eu não estava pensando. Esqueça que eu disse qualquer coisa sobre casamento ou filhos. Podemos continuar fazendo o que estamos fazendo. Estou apenas feliz por estarmos juntos.”
Miranda fechou os olhos, segurando as lágrimas que ameaçavam cair. Ela havia estado no inferno e voltado, mas ainda estava de pé. Não como Emily Carter, a mulher que havia morrido naquela mesa de operação junto com seu filho não nascido, mas como Miranda Carter — uma nova identidade, uma nova vida. A dor a havia tornado mais forte, mais determinada.
“Está tudo bem,” ela disse suavemente, um pequeno sorriso determinado puxando seus lábios. “O que não me mata, só me fortalece.”
Ela se virou e abriu a porta, saindo para as luzes cegantes da cerimônia. As câmeras começaram a filmar, capturando cada um de seus movimentos. Os saltos de doze centímetros que ela usava batiam contra o chão de mármore, cada passo confiante e gracioso.
A Emily que não conseguia usar salto? Ela morreu naquela sala de O.R. com o bebê.
O mestre de cerimônias, um apresentador europeu carismático e bem conhecido, estendeu sua mão em sua direção. “Srta. Carter, posso?”
“Claro,” Miranda respondeu, colocando sua mão na dele. “Obrigada.”
Conforme ela caminhava para o palco de mãos dadas com o apresentador, a surpresa do público era palpável. A vencedora de hoje não era apenas uma jovem arquiteta americana — ela era uma mulher, e uma que carregava consigo um ar de poder tranquilo.
Miranda Carter havia chegado, e estava pronta para reivindicar seu lugar entre a elite arquitetônica.