Capítulo 941: Eu acho que começou

[Tempo Presente]

Finn esperava por Nina na estufa, sentado em uma das cadeiras de jardim trabalhadas. Olhando para os espaços vazios, um breve sorriso surgiu em seu rosto. Talvez fosse porque ele quase morreu que agora tinha uma nova apreciação por tudo na vida.

“Eu não fui para a mesma escola antes,” ele sussurrou, pensando em como sua vida havia mudado no momento em que escolheu frequentar esta escola, em vez de ir para outro lugar. Agora, ele tinha algumas memórias para recordar e sorrir.

Mesmo sem Penny na Seção Estrela, era divertido e tranquilo. Sentar-se aqui o fazia lembrar daqueles dias pacíficos quando eles simplesmente ficavam à toa na estufa, um privilégio que os alunos da Seção Estrela haviam conquistado. Mas, independentemente dessas memórias, ele gostava mais do presente por causa de seu relacionamento com Nina.

Não muito tempo depois, Finn ouviu o toque do sino e virou a cabeça. Ele sorriu imediatamente, colocando as mãos nos braços da cadeira para se levantar. No entanto, justo quando se levantou e avistou Nina, ele franziu a testa ao ver a expressão em seu rosto.

“Finn!” ela chamou, correndo até ele.

“Está tudo bem?” ele perguntou preocupado, avaliando o rosto dela.

Nina apertou os lábios, sua preocupação evidente. “Vovô… teve um ataque cardíaco. Eu quero ir lá.”

“Eu vou com você.”

“Não.” Ela balançou a cabeça. “Vou te deixar em casa e te acomodar. Depois eu volto com você.”

“…” Finn não respondeu, um pressentimento lhe dizendo que essa notícia não era algo natural. Uma grande parte dele esperava que fosse simplesmente resultado da velhice do Presidente Bennet. No entanto, outra parte dele sabia, lá no fundo, que isso poderia ser algo diferente.

“Você me disse para ser honesto com você,” ele sussurrou, alcançando para segurar a mão dela. “Fica comigo por enquanto.”

“Finn, mesmo que o Vovô não seja meu avô biológico, ele ainda é alguém importante na minha vida. Eu não posso simplesmente deixar Penny e meus irmãos quando eles precisam de mim,” ela argumentou, só para ver seu rosto desmoronar um pouco. Um suspiro baixo escapou de seus lábios enquanto ela apertava a mão dele levemente. “Eu vou voltar com você. Não se preocupe. Eu só vou verificar minha família. Por favor, não me peça para escolher.”

“Eu não estou te pedindo para escolher entre sua família e eu. Eu só estou… sendo honesto.”

Nina suspirou sem esperança. “Eu sei.”

—

No final das contas, Nina ainda decidiu ir e ficar com a família Bennet. Ela sabia que deveria ficar com Finn e se certificar de que ele estava bem. No entanto, a família Bennet também era sua família. Mesmo que ela tivesse optado por usar o sobrenome Reed, ela ainda era uma Bennet de coração.

Com isso, Finn e Nina se dirigiram ao estacionamento, onde viram Yugi esperando por eles.

Yugi estava sentado no banco do motorista enquanto o casal se sentava atrás. Olhando pelo retrovisor, ele percebeu a preocupação nos olhos de Nina.

“Yugi, você pode ficar com Finn por um tempo?” ela perguntou depois de um longo silêncio, observando Yugi olhar novamente no espelho. “Eu preciso ir até Penny.”

Yugi não respondeu imediatamente, recebendo um olhar de Finn. “Fique com ele.”

“Yugi, o pai do meu pai teve um ataque cardíaco!” ela enfatizou. “Mesmo que eu não possa fazer nada, é meu dever estar lá.”

“Eles não vão precisar de você lá.”

“Yugi!”

Yugi manteve uma reação calma, olhos na estrada. “Nina, agora, concentre-se na saúde do seu namorado. Ajude-o a se recuperar. Faça as coisas uma de cada vez. Você tem estado dividida entre o trabalho e cuidar da saúde dele. Não quero que você acabe no hospital também.”

“Yugi, eu só vou verificar como todos estão. Eles são família.”

“E esta família também quer que você esteja bem. Não os preocupe — não me preocupe, e não preocupe seu namorado doente.”

Nina franziu a testa, chateada com a recusa obstinada de Yugi. Não era como se ela estivesse pedindo para ele dirigir até o destino dela.

“Eu vou verificar a situação para você,” Yugi ofereceu no mesmo tom, fazendo-a erguer as sobrancelhas. “Nina, como você disse, os Bennets são família. Mas você também é. O mínimo que podemos fazer como família é não aumentar as preocupações deles. Me desculpe se eu pareço rigoroso.”

Ao ouvir isso, Nina se acalmou um pouco. Ela apertou os lábios, encarando Yugi, e depois lançou um olhar a Finn.

“Eu acho que ele está certo,” Finn assentiu para ela. “Você também deveria descansar. Tenho certeza de que os Bennets sabem que você está do lado deles.”

Outro suspiro baixo escapou dos lábios de Nina, e ela concordou relutantemente. Inicialmente, ela se sentiu um pouco descontente por Yugi fazer parecer que sua presença nos assuntos da família Bennet não era necessária. Ela sabia que tinha pouca influência na família, considerando que Atlas era o chefe da família, Penny tinha uma grande empresa com o Grupo Prime, Hugo era uma figura militar poderosa, e Slater era uma potência na indústria do entretenimento.

Entretanto, ouvir o pedido de desculpas humilde de Yugi fez com que ela percebesse que ele tinha um ponto. Nessa situação, o mínimo que ela podia fazer era não adicionar às preocupações dos Bennets.

“Visite-os amanhã,” Finn aconselhou, observando ela olhar para ele. “Quando todo mundo tiver descansado o suficiente e as emoções não estiverem tão à flor da pele. Talvez, envie uma mensagem agora. Eles podem não ver imediatamente, mas tenho certeza de que uma palavra de incentivo seria bem-vinda.”

“Eu vou.” Ela assentiu e suspirou novamente. “Não é à toa que eles saíram tão repentinamente da reunião.”

Enquanto Nina murmurava e tentava entender tudo, Finn lentamente levantou os olhos para o retrovisor. Yugi estava olhando para frente e olhou para o espelho quando percebeu que alguém estava olhando para ele.

Nenhuma palavra foi trocada entre os dois homens, mas vendo o olhar nos olhos de Yugi, Finn sabia que algo estava acontecendo. Isso também confirmou a suspeita de Finn de que o que estava acontecendo na família Bennet não era simples como um ataque cardíaco.

Finn voltou o olhar para Nina, suspirando pesadamente. ‘Eu acho… começou.’