MIMADA PELOS MEUS TRÊS IRMÃOS: O RETORNO DA HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 1326
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Capítulo 1326: Girassóis
“Adeus, Sobrinha.”
Uma risada escapou imediatamente de Graça enquanto ela imaginava a reação de Penny. A última vez que Graça havia brincado com Penny, esta última tinha levado a sério— e não de forma positiva.
“Hmp!”
Um resmungo rabugento veio repentinamente da cama. Olhando para cima, Graça viu o Presidente Bennet franzindo profundamente a testa, olhando fixamente para a televisão. Quando ela olhou para a tela, tudo que viu foi uma cena emocional com a protagonista chorando. Um sorriso surgiu em seus lábios enquanto ela direcionava seu olhar de volta ao presidente.
“Presidente, acredito que você deveria estar emocionado com essa cena, não olhando tão sério,” ela brincou.
O presidente resmungou novamente. “É culpa dela ele estar nesse estado, de qualquer forma,” ele resmungou. “Por que eu deveria sentir pena? Ela causou todo esse caos. Eu odeio personagens estúpidos! Ela não deveria ser a protagonista feminina—a mulher vilã deveria.”
“Vejo que você apoia totalmente vilões em histórias.”
“Não apoiá-los—simpatizar com eles.”
“Você está dizendo que vilões têm o direito de machucar outros só porque tiveram um passado difícil?”
Presidente Bennet fez uma careta, mas não disse nada. Ele manteve seu foco no drama, embora sua mente estivesse claramente em outro lugar. Na verdade, ele apenas não gostava da protagonista feminina.
Enquanto isso, Graça estalou os lábios e deu de ombros. Enquanto arrumava lentamente os papéis na mesa, ela ponderou,
“Se um passado difícil desculpa ações horríveis, isso não seria injusto para as vítimas que não fizeram nada errado?” Ela soltou um pequeno suspiro. “Mesmo sendo advogada corporativa, já lidei com muitos casos domésticos e de divórcio. Tantos réus usam seu passado para ganhar simpatia, enquanto outros arrastam descaradamente o caráter e a dignidade da vítima pela lama.”
Ela olhou para o presidente e sorriu. “Não tenho simpatia por pessoas que machucam deliberadamente os outros. Mas isso não é o que realmente está te incomodando, não é, Presidente?”
A expressão do Presidente Bennet escureceu. Sem hesitação, ele disse, “Você e Haines—eu não aprovo.”
“Por quê não? Você é quem disse que eu preciso de um homem na minha vida.”
“Ele é muito velho para você!”
Graça murmurou de forma divertida. “É mesmo? Acho ele bonito.”
“Se ele é bonito nessa idade, então eu deveria participar de um concurso de beleza masculino!”
Graça explodiu em risadas, seus olhos brilhando com divertimento. “Eu pagaria só para ver isso.”
“Tch!” Presidente Bennet clicou a língua, olhando para outro lado. “E se ele partir seu coração, não posso processá-lo—porque ele é família.”
Graça piscou, momentaneamente surpresa, observando o perfil do presidente.
“É mais fácil intimidar outra pessoa se isso acontecer,” ele resmungou. “Além disso, como ele pode cuidar de você quando ele não consegue nem cuidar de si mesmo? Mesmo que Charles seja esse tipo de garoto, pelo menos ele sabe como cuidar de sua esposa e filhos.”
Charles… cuidando de seus filhos ao criá-los longe dele. Talvez fosse uma coisa boa, ou talvez não. De qualquer maneira, o Presidente Bennet nunca realmente se conectou com eles. Nem que ele quisesse—era tarde demais agora.
Mas Graça… ela era como a neta que ele nunca teve.
Inteligente, compreensiva e fácil de conversar. Com ela, ele não tinha que pisar em ovos ou se arrepender de suas palavras. Ela simplesmente deixava passar, sorrindo, escolhendo apenas o que queria ouvir.
Considerando o tempo que passaram juntos, ele poderia dizer que se conectaram. E é por isso que ele não aprovava o interesse dela em Haines.
“Obrigada,” Graça disse com um sorriso suave. “Mas mesmo que você desaprove, eu ainda quero ver onde isso vai levar. Quem sabe? Talvez meus esforços derretam o gelo ao redor do coração dele.”
Presidente Bennet lançou um olhar de lado para ela, depois bufou irritado.
“Apenas coma seu almoço e trabalhe. Estou observando.”
“Vou trazer alguns fones de ouvido para você amanhã,” ela provocou. “Obrigada por manter o volume baixo para mim.”
“Eu não fiz isso por você. Simplesmente não suporto a voz da protagonista feminina.”
Com isso, Presidente Bennet voltou para seu drama enquanto Graça retomava seu trabalho. O silêncio caiu sobre a Ala VIP enquanto eles se concentravam em suas respectivas tarefas.
Depois de algum tempo, o telefone de Graça vibrou.
Desviando os olhos do arquivo do caso, ela olhou para a tela. Ao ver que era sua assistente do escritório, ela empurrou os óculos de leitura para cima da cabeça e atendeu.
“Sim?”
“Senhorita Grace, alguém enviou flores para seu escritório. Como você não está aqui, eu as recebi,” sua assistente relatou, colocando o buquê na mesa de Graça. “Devo enviá-las para o hospital ou deixá-las aqui?”
Graça sorriu. “Apenas deixe aqui. Estou ocupada.”
“Certo!” A assistente assentiu, depois olhou para o canto do escritório. “Além disso, as outras flores… elas já murcharam.”
“Jogue fora as que murcharam.”
“Senhorita Graça, você tem uma longa lista de pretendentes. Seu escritório parece uma floricultura,” brincou a assistente enquanto ela limpava os buquês antigos. “Vou colocar as novas no suporte.”
“Certo, obrigada. Da próxima vez, você não precisa me ligar. Apenas jogue fora as que murcharam, mas deixe os bilhetes para que eu saiba quem enviou.”
“Ok.”
Com isso, a ligação terminou. Graça não pensou muito sobre isso.
—
Graça passou a maior parte do dia no hospital, sabendo que estava ocupada demais ultimamente para visitar Presidente Bennet. Como ele poderia ficar entediado, ela ficou com ele até o jantar.
Depois de insistir sobre os medicamentos dele, ela saiu. Mas ainda não estava indo para casa.
Um de seus associados estava lidando com o primeiro caso pro bono, e como uma boa sênior, ela queria ajudar.
Dirigindo até o escritório, Graça carregava uma pilha de arquivos de casos, que deixou na mesa de seu júnior. O escritório estava quase vazio, com apenas algumas pessoas ficando até tarde.
Depois disso, ela foi até seu escritório para pegar alguns documentos. Mas assim que pegou os papéis em sua mesa, algo chamou sua atenção.
Virando a cabeça, ela notou o suporte de buquês no canto. Seu olhar pousou no buquê de girassóis—destacando-se entre dezenas de rosas com sua cor brilhante e diferente.
Ela se aproximou, sorrindo ao pegá-lo. Não havia um bilhete nele para que ela soubesse quem o enviou.
Sem dar outra olhada nas inúmeras rosas, ela riu. “Posso acabar gostando de girassóis.”