MIMADA PELOS MEUS TRÊS IRMÃOS: O RETORNO DA HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 1181
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Capítulo 1181: Sentiu nossa falta
Patricia sempre foi tratada como uma princesa em sua casa. Ela nunca tinha pegado transporte público, exceto pelo ônibus escolar durante excursões, antigamente. Portanto, ela não fazia ideia de como pegar um ônibus ou trem — algo que era conhecimento básico para muitos outros.
Ela subestimou quantas dificuldades os passageiros enfrentavam além de simplesmente encontrar o ponto de ônibus ou esperar pelo próximo trem. Era hora do rush, o que significava que o ônibus estava lotado, e ela teve que ficar em pé durante toda a viagem até seu destino. Quando transferiu para o trem para uma rota mais rápida, foi espremida entre as pessoas como se fossem sardinhas em lata.
Ela sentiu uma mistura de todos os tipos de suor, diferentes odores corporais, e até mesmo o som das pessoas respirando bem ao lado dela! Foi horrível, fazendo-a prender a respiração até chegar à sua estação. Por isso, ela estava arfando por ar no momento em que desceu, correndo para pegar o último ônibus de que precisava.
Mas o ponto de ônibus também estava cheio.
A fila era tão longa que ela teve que esperar meia hora antes de poder embarcar. Era uma multidão de blockbuster. Como se a vida em si estivesse determinada a piorar ainda mais sua viagem, Patricia tropeçou ao descer do ônibus e caiu em uma poça.
Se alguém tivesse ouvido sobre sua jornada, provavelmente não acreditaria.
Patricia tinha um gosto pelo luxo — não apenas em bolsas, saltos, roupas e joias, mas em como viajava. Pelo ar, ela só voava de primeira classe. Por terra, apenas em carro particular. E pelo mar, apenas em iates e barcos privados. Ela nunca havia pegado transporte público, muito menos sido espremida entre estranhos.
Mas hoje, ela fez isso.
Patricia fez o trajeto sozinha, apenas com um pedaço de papel onde o mordomo havia anotado instruções de como voltar para casa. Ela não negaria que em um ponto, ficou tentada a chamar um táxi. No entanto, Mylo só lhe tinha dado dinheiro suficiente para cobrir a tarifa do transporte público.
Foi exaustivo, mentalmente desgastante e emocionalmente traumatizante. Mas enquanto ela estava em frente ao prédio da Companhia Miller, um sentimento avassalador de realização encheu seu peito. Seus lábios se estenderam em um sorriso enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.
“Eu consegui,” ela sussurrou para si mesma, sua voz tremendo com emoção. “Eu realmente consegui.”
Pela primeira vez em muito tempo, Patricia se sentiu incrivelmente orgulhosa de realizar algo por conta própria. Para outros, isso poderia parecer trivial — insignificante demais para ser celebrado. Mas para ela, era enorme. Isso a fez perceber como ela estava vivendo — não apenas em termos de luxo, mas em como nunca tinha estabelecido metas reais para si mesma.
E agora, ela finalmente tinha alcançado algo, não importa quão pequeno.
“Meu Deus.” Patricia limpou a garganta e enxugou os olhos, voltando sua atenção para o prédio à sua frente. Ela mordeu o lábio e soltou um suspiro profundo antes de atravessar a rua.
Inicialmente, ela tinha planejado ir direto para casa. Mas queria ver seu irmão primeiro. Ela sabia que ele estaria lá — Theo sempre ficava até tarde no escritório, mesmo quando todos os outros já tinham ido embora para casa. Mesmo que a crise da empresa tivesse sido resolvida, ela conhecia bem seu irmão.
Familiarizada com o lugar, ela entrou sem problemas. Os seguranças a reconheceram e a deixaram passar sem questionar. Alguns funcionários ainda estavam fazendo hora extra nos departamentos pelos quais passou, mas estavam tão focados em seu trabalho que não a notaram.
Logo, ela chegou ao corredor que levava ao escritório da esquina. Através das paredes de vidro transparente, ela podia ver Theo sentado atrás de sua mesa, digitando em seu computador. Ele estava profundamente concentrado, ocasionalmente anotando notas antes de retornar sua atenção à tela.
“Eu sempre pensei que ele ficava até tarde apenas para parecer que estava trabalhando duro,” ela murmurou para si mesma, um sentimento de vergonha invadindo seu coração. “Acho que estava errada.”
Uma sensação de peso preencheu o peito de Patricia enquanto observava seu irmão trabalhar incansavelmente, mesmo a esta hora. Ela apertou os lábios, tentando evitar que tremessem. Seus olhos arderam mais uma vez, e ela rapidamente os enxugou com as costas da mão.
“Eu acho… Eu não deveria perturbá-lo agora,” ela murmurou, decidindo esperar lá fora até que ele terminasse. Ela não podia ir para casa de qualquer forma, não com apenas uma única moeda sobrando.
Mas quando estava prestes a sair, a voz de Theo chamou.
“Patricia?”
Ela congelou, seu corpo instantaneamente se tornando rígido.
“Patricia…” Theo bufou e saiu correndo de seu escritório, deixando a porta escancarada. Quando a alcançou, segurou seus ombros e a virou para encará-lo. Seus olhos estavam cheios tanto de alívio quanto de frustração enquanto a examinava, então exalou bruscamente.
A preocupação pairava em seu olhar, mas a frustração tinha maior prevalência. “Patricia, como você pôde — onde você esteve?! Você tem ideia de quão preocupados estávamos?! Como você pode simplesmente sair sem dar uma palavra por dias?!”
“…” Os olhos de Patricia tremiam enquanto ela mantinha o olhar dele. Sua boca se abriu e se fechou, mas nenhuma palavra saiu.
Theo cerrava os dentes, seu aperto nos ombros dela se firmando. “Para onde você acha que está indo agora, hein? Você — venha comigo. Vou ligar para Mamãe e Papai, e nem pense em fugir novamente.”
Com isso, ele segurou seu braço e a arrastou para dentro de seu escritório. Uma vez lá dentro, ele a soltou e imediatamente começou a procurar em sua mesa por seu telefone. Ligar para seus pais para aliviar suas preocupações era sua prioridade — ele poderia repreendê-la depois.
Enquanto Theo vasculhava as pilhas de documentos, Patricia ficou lá imóvel, seu olhar fixo em suas costas. Ela mordeu o lábio antes de dar um passo hesitante à frente.
“Onde diabos está? Eu juro que estava aqui mais cedo —” A voz de Theo se apagou quando ele sentiu um leve puxão em seu terno.
Virando-se, ele viu Patricia beliscando a barra do casaco dele, olhando para cima com olhos marejados.
“Eu…” ela engasgou, lutando para conter as lágrimas. Mas por mais que tentasse, elas desceram por suas bochechas enquanto ela sussurrava, “…eu senti falta de nós, Irmão.”