MIMADA PELOS MEUS TRÊS IRMÃOS: O RETORNO DA HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 1163

Capítulo 1163: Estou confuso

Lutar mesmo contra alguém com habilidade inferior ainda era exaustivo, especialmente quando havia muitos deles. Cada corpo que caía aos pés de Mark enviava uma nova onda de urgência para terminar tudo de uma vez. Ele precisava ver alguém que conhecesse primeiro — qualquer um.

Não importava se fosse Penny, Benjamin, Slater ou Menta.

Neste ponto, ele estava sendo otimista. Que enquanto lutava contra todos esses homens, ele tropeçaria neles em uma sala. Era por isso que, sempre que tinha tempo, ele checava algumas salas — às vezes, jogando seu inimigo contra as portas para forçá-las a abrir. Multitarefa.

Mas Mark não estava preparado para ver no que ele tinha acabado de entrar.

Parado na porta, Mark parou completamente no segundo que a abriu com um chute. Ele havia sido informado por um dos caras com quem lutou que este era o caminho, antes de Mark nocauteá-lo. Quem poderia imaginar que essa pessoa estava dizendo a verdade?

A única coisa que o sindicato não lhe disse foi que Zoren não era um refém. Ele não estava sendo mantido como um, mas sim, lá estava, levantando um homem com a mão nua enquanto segurava a cabeça do outro.

Os olhos de Mark caíram sobre a mão trêmula do outro homem, percebendo o sangue pingando de suas pontas dos dedos. Ele engoliu seco, desviando o olhar para onde seu chefe estava parado.

‘Isso…’ pensou ele, segurando a respiração enquanto estudava o olhar sombrio no rosto de Zoren. Um olhar muito familiar, mas ao mesmo tempo desconhecido, que Mark não via há anos. ‘… é exatamente como daquela vez.’

Os olhos de Zoren eram naturalmente escuros, mas agora estavam transbordando de intenção de matar. Fisicamente, Zoren havia enfraquecido por causa de seus problemas de saúde. No entanto, durante o breve período em que Zoren se recuperou, ele aprendeu muitas coisas para manter isso.

E Mark não negaria que Zoren era uma das pessoas mais fortes e sagazes que conhecia. Afinal, Zoren não era um lutador, mas sabia como lutar se quisesse. Mas a parte mais preocupante era que Zoren era como Renny sempre que precisava usar as mãos para machucar alguém.

‘Eu devia saber,’ Mark disse a si mesmo, lembrando-se do momento em que Zoren se aproximou de Menta quando esta se apresentou ao grupo. ‘Que ele realmente está… se recuperando. Mas por que sinto que… algo nele está diferente?’

Algo não estava certo, e essa sensação instintiva parecia consumir Mark por dentro.

“Mestre,” Mark sussurrou, mas Zoren não se moveu um centímetro. “Coloque-o no chão, por favor.”

Mark engoliu seco, dando um passo cuidadosamente, como se tivesse medo de perturbar o sono de uma fera. “Senhor,” ele chamou novamente, sua voz baixa e cuidadosa. “Ele não está mais se movendo. Aquele homem não é mais uma ameaça.”

Zoren inclinou a cabeça, olhando para Glenn. “Mark,” ele chamou silenciosamente, mas por algum motivo, Mark sentiu como se quase tivesse estremecido. “Se eu apertar forte o suficiente, você acha que isso esmagará a cabeça dele?”

“O quê?”

“Era possível para um ser humano esmagar o crânio de outro ser humano com a mão nua?” Lentamente, Zoren deslizou seus olhos para o canto enquanto as sobrancelhas de Mark se erguiam. “Pela expressão no seu rosto, a resposta é não.”

“Senhor.”

“Deveríamos testar isso?” Zoren voltou seus olhos para Glenn, inconsciente, cuja cabeça ainda estava em sua mão. “Você acha que isso vai acordá-lo? E que… ele sentiria a dor?”

“A Senhorita Penelope não gostaria que você sujasse suas mãos,” Mark disse, algo no tom de Zoren lhe causando uma sensação inquietante sob a pele. “Você prometeu a ela que não usaria mais o Círculo Fantasma e se manteria longe de tal violência.”

“…”

Mark respirou fundo, sem perceber que provavelmente era a primeira vez que iria interferir diretamente nos negócios do Zoren. “Eu vou contar tudo a ela… mesmo que eu tenha que morrer como consequência.”

“…” Mesmo assim, Zoren permaneceu quieto, mas seus olhos ficaram fixos no homem à sua frente. Após um momento, o canto de sua boca subiu um pouco enquanto uma risada rasa e divertida escapou dele. “Você nunca interferiu comigo antes. Que refrescante.”

“Sinto muito, senhor. Eu só não quero que você faça algo que coloque seu casamento em perigo.”

“Você acha que meu casamento com ela é tão delicado assim?”

“Não, mas isso poderia causar uma rachadura. E quando há uma rachadura, outra aparece. Se você puder ser imprudente uma vez e sair impune, continuará sendo imprudente até que tudo que importa se acabe. Não vou deixar você cometer esse erro.” Mark fez uma pausa enquanto respirava de maneira cuidadosa e irregular. “Não sou casado, mas já vi isso… com meus pais. Foi assim que eles se separaram.”

Novamente, o silêncio encheu a sala enquanto Zoren não respondia. Ele ainda não havia soltado Glenn. O que quer que o tenha deixado com raiva era algo que Mark não sabia e não queria saber. Isso era o menor das preocupações de Mark.

“Senhor, a Senhorita Penny ainda está neste prédio,” Mark acrescentou firme. “Seu terceiro cunhado ainda está aqui. Benjamin ainda está aqui, e eu não tenho certeza se eles se encontraram. Mas tenho certeza de que essas pessoas são importantes para você, e você não quer que elas desapareçam. Até o Senhor Hugo está lá fora, nos comprando algum tempo. Então, por favor.”

Outro momento passou, e ainda nenhuma reação de Zoren. Quando Mark abriu a boca novamente para falar, seja o que for que pensasse, o corpo de Glenn caiu no chão com um baque alto.

Mark suspirou aliviado, mas quase se engasgou quando viu o rosto inchado de Glenn. A maneira como o corpo de Glenn caiu no chão deu a Mark uma visão clara de seu rosto. Era horrível; coberto de sangue, e por baixo daquele sangue estava um rosto inchado. Aqueles de coração fraco teriam vomitado à vista dele.

O que aconteceu aqui?

Assim que Mark pensou nisso, Zoren caminhou lentamente para o mesmo lugar e o encarou. Mark levantou lentamente seu olhar, e quando seus olhos se encontraram, suas pupilas se dilataram. Como Mark estava de pé na entrada, tudo o que ele podia ver era o perfil lateral de Zoren. Mas agora que Zoren estava de frente para ele, ele podia ver o sangue no lado da cabeça de Zoren que escorria pelo rosto, pescoço, e encharcava seu colarinho com nada além de vermelho.

Zoren fez uma careta e tocou sua têmpora com o polegar. “Minha cabeça está latejando, Mark,” ele murmurou, enquanto Mark não perdeu tempo para chegar até ele.

Bem a tempo, Mark segurou o braço de Zoren enquanto este último vacilava brevemente como se estivesse quase perdendo o equilíbrio. “Senhor, você está sangrando.” Seus olhos tremeram, sabendo que qualquer que fosse aquela ferida, não era algo superficial.

“Ele me acertou e então…” Zoren forçou seus olhos a se abrirem. “Estou… ficando um pouco confuso aqui.”

“Hã?”

“Glenn.” Zoren inclinou a cabeça na direção do corpo. “Ele acha que pode simplesmente apontar uma arma para mim quando sou eu que estou permitindo que ele viva.”

“O quê?” Mark franziu as sobrancelhas. “Senhor, o que você—”

Mark não conseguiu terminar sua frase quando Zoren de repente fez uma careta, segurando sua cabeça. “Senhor! Senhor!”

À medida que a voz de Mark soava distante nos ouvidos de Zoren, sobrecarregada por essa dor de ouvido insuportável, a voz frenética de um homem de repente ecoou na cabeça de Zoren.

“Renren?! Zoren!? Onde vocês estão!?”