MIMADA PELOS MEUS TRÊS IRMÃOS: O RETORNO DA HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 1144

Capítulo 1144: Não chore muito!

[Equipe do Atlas]

DING!

Atlas segurou firme na alça ao seu lado enquanto checava o celular. Depois de ler a mensagem de texto da irmã, soltou um som. “Ah-oh.”

“Ah-oh?” Hugo, que estava com todos os seus sentidos aguçados, olhou para o irmão mais velho. “Primeiro Irmão, o que significa esse ‘ah-oh’? Não gosto do som disso.”

Antes que Atlas pudesse responder, eles ouviram Mark ainda sendo agressivo com o membro da gangue.

“Eu te disse para nos dar a rota mais rápida!” Mark sacudiu a gola do homem como se eles não estivessem acelerando pela floresta. “Isso não é uma rota rápida! Como é que aqueles de bicicleta chegaram antes de nós?!”

“Eu—Eu… Eu vou vomitar—” O homem não aguentou mais e se virou de lado, vomitando. Além de ser atingido algumas vezes devido à estrada esburacada, o constante chacoalhar de Mark não ajudou.

Mark o empurrou para baixo, sibilando e bufando para o homem antes de girar os olhos para a frente. “Senhor Atlas, alguma notícia da Senhorita Penny?”

“Sim!” Atlas assentiu. “Parece que minha irmã e meu cunhado decidiram fazer uma viagem rápida até a base inimiga. Eles disseram que estão indo lá para negociar.”

“Droga!” Hugo rugiu, pisando mais forte no pedal como se já não estivesse acelerando o máximo possível.

Mark, por outro lado, agarrou as costas do homem e o virou, sacudindo-o pela gola e gritando com ele novamente. Mark estava tão frustrado que quando o homem começou a reclamar de seu enjoo, ele o cutucou para fazê-lo parar.

Enquanto isso, Atlas permaneceu imóvel enquanto Hugo e Mark entravam em pânico. Entrar em pânico não mudaria a situação. Não era como se ele fosse chegar até Penny e Zoren mais rápido assim, nem resolveria o problema.

“Eu tenho um plano,” Atlas falou, mas eles não ouviram da primeira vez. Então, ele gritou, “Reduza a velocidade e me ouçam!”

Desta vez, Hugo olhou para ele e aliviou o pedal. Mark também parou seu punho no ar, virando-se para Atlas.

“Eu tenho um plano.” Quando a velocidade diminuiu, Atlas virou-se para o banco do motorista e lançou um olhar de soslaio para Mark. “Mas preciso que vocês dois estejam calmos e com a cabeça no lugar. Entre nós três, vocês dois sabem lutar. Eu não. Mas sou mais inteligente que vocês dois juntos. Então, ouçam com atenção.”

—

Enquanto isso…

Menta saltou do arbusto, vestindo as roupas roubadas que pegara de uma das soldados femininas na área. Ela já havia derrubado algumas, deixando-as inconscientes, pois abrir fogo era a pior opção no momento.

Ela deixou uma pessoa consciente para responder suas perguntas. Menta virou à direita, seus olhos caindo sobre a mulher mal vestida que ela havia amarrado a uma árvore. Ela se agachou em frente à mulher, sorrindo.

“Obrigada pelas roupas, e lamento não poder vesti-la. Estou em uma situação complicada.” O sorriso de Menta não chegou aos olhos. “Mas… vou te dizer uma coisa. Se a direção que você me deu me colocar em uma situação difícil, vou descobrir quem você é e matar todos que você ama. Entendeu?”

A mulher estava ofegante, de olhos arregalados para Menta. Ela assentiu freneticamente, sabendo que não podia fazer nada no momento. Menta quebrou o tornozelo e o ombro da mulher antes de amarrar suas mãos atrás dela e enfiar um pano em sua boca.

“Você tem certeza de que não vai mudar nenhuma das instruções que me deu?” Menta perguntou, e a mulher balançou a cabeça. “Certo então.”

Assentindo satisfeita, o sorriso de Menta se estendeu de orelha a orelha. Sem pensar duas vezes, ela desferiu um golpe no rosto da mulher, nocauteando-a instantaneamente.

“Desculpe, preciso garantir que você não faça nada engraçado.” Menta ergueu as sobrancelhas brevemente antes de se levantar. Mas antes que pudesse sair, olhou para a integrante inconsciente do sindicato feminino e percebeu que ela estava suja. “Ah, bem.”

Dando de ombros, Menta se agachou, pegou um punhado de terra e esfregou em seu rosto. Depois que estava satisfeita, ela se dirigiu para a outra entrada que a mulher lhe contara, o que lhe permitiria entrar sem alertar ninguém.

‘Meu priminho,’ ela pensou, parando no meio do caminho ao olhar para a velha instalação. ‘Não se preocupe. A Minty está vindo para te salvar, então não chore muito!’

—

Menta não era a única pensando que Slater e Benjamin já estavam chorando e implorando por suas vidas. Todos imaginavam suas lágrimas e muco se misturando em seus rostos.

Afinal, tanto Benjamin quanto Slater podem ser corajosos por fora, mas todos sabiam que eram grandes bebês por dentro.

Mas, infelizmente… os dois grandes bebês ainda não derramaram uma lágrima.

Benjamin resmungou enquanto lentamente abria os olhos, recobrando a consciência. Ele não deu muita importância até um segundo depois, quando se lembrou do que havia acontecido antes de ser nocauteado.

‘Terceiro Irmão!’ Benjamin entrou em pânico, seus olhos se arregalando. Ele queria chamar Slater, mas percebeu que sua boca estava selada com fita. Quando ele se virou, avistou Slater.

Slater estava amarrado no canto, com a boca colada e os olhos fechados.

“Terceiro Irmão!” Benjamin chamou novamente em sua mente, se esforçando para mover os braços e as pernas, mas sem sucesso. Olhando ao redor da sala, Benjamin franziu o cenho.

O lugar onde eles estavam não era um quarto abandonado ou sujo, mas um escritório. Embora o escritório parecesse antigo, com paredes de concreto inacabadas, Benjamin podia dizer que o lugar ainda estava sendo usado. Sua respiração ficou pesada, os olhos percorrendo a sala antes de voltar para Slater.

Slater ainda estava inconsciente, mas então Benjamin notou o sangue seco no lado da cabeça de Slater.

“!!!” Benjamin entrou em pânico ainda mais, lutando mais para remover suas amarras. Sua adrenalina foi acionada, dando-lhe força extra enquanto lutava para se libertar.

Antes que pudesse se libertar, Benjamin congelou ao ouvir a entrada se abrir. Sua respiração parou enquanto seus olhos dilatavam, assistindo a um homem entrar e se servir de um copo de uísque. Os olhos trêmulos de Benjamin se fixaram no homem enquanto ele bebia, e depois servia outro copo.

O homem caminhou até a mesa de madeira, apoiou-se na frente dela e encarou Benjamin.

“Como você está?” o homem inclinou a cabeça para o lado, sorrindo. “Benjamin Vitt?”