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Capítulo 878: Capítulo 877
Keira e Lewis seguiram Scarlet de volta para a casa dela.
A casa de Scarlet não era apenas uma casa — era uma propriedade completa, com funcionários se movimentando como um relógio.
Keira e Scarlet compartilharam um carro, enquanto Lewis foi enviado para andar com a equipe de segurança. O assistente sentou-se na frente, no banco do passageiro, olhando ocasionalmente para o espelho retrovisor onde as duas garotas conversavam como velhas amigas.
Keira geralmente era quieta, mas Scarlet claramente havia decidido que tinha encontrado um espírito afim. Ela falava sem parar, suas palavras saindo em uma enxurrada.
Já não havia mais a garotinha mandona e mimada que tinham conhecido antes. Agora ela estava toda sorrisos e afeição, chamando Keira de “Querida Norma” a cada duas frases, como se fossem melhores amigas de infância.
Keira ouvia com meia atenção, seu olhar se perdendo pela janela na paisagem que passava.
A última vez que tinha vindo ao lugar da família South, ela tinha sido trancada na casa de sua mãe adotiva e não tinha conseguido ver nada direito. Agora, enquanto dirigiam pela área, ela finalmente observava tudo — e percebia como essa cidade era diferente.
Tudo aqui parecia… avançado. Não apenas moderno, mas refinado. Polido. Mecanizado de um jeito que só as cidades mais bem projetadas conseguiam ser.
Os carros na estrada se moviam em linhas suaves e coordenadas. Os prédios pareciam novos, suas fachadas de vidro brilhando. E todos na calçada pareciam genuinamente felizes, seus rostos iluminados por sorrisos fáceis.
Parecia que haviam entrado em algum tipo de utopia. Você nem via mendigos na rua. Todos tinham um emprego — ou se não tinham, recebiam apoio do governo que garantia que ainda pudessem viver dignamente.
A discriminação parecia inexistente aqui. Exceto pela família South, que estava no topo, todos os outros eram tratados como iguais.
Os cozinheiros recebiam o mesmo respeito que os cientistas. Ninguém olhava de cima para ninguém só por causa de sua profissão.
Parecia… surreal.
Mas era exatamente isso que Scarlet tinha dito, e até agora, tudo que Keira via confirmava isso. Até os garçons e clientes nas lanchonetes à beira da estrada tratavam uns aos outros com cortesia e calor.
Tudo parecia bom demais para ser verdade.
No momento em que pararam na entrada da casa, Keira quase tinha esquecido para onde estavam indo. O carro parou na garagem subterrânea da propriedade, e um servo uniformizado se aproximou para encontrá-los.
“Senhorita Scarlet, você brigou com a Senhorita Lena de novo? Seu pai já sabe.”
Scarlet revirou os olhos. “Sério? Sempre correndo para dedurar. Não conseguem pensar em outra coisa?”
Mesmo resmungando, ela saiu do carro com elegância, fazendo sinal para que Keira e Lewis a seguissem para dentro.
À medida que entravam na enorme sala de estar, Scarlet virou-se e sussurrou, “Certo, só para avisar. Meu pai pode ser… intenso. Meio controlador. Tente não falar nada, tudo bem?”
Keira assentiu, embora não concordasse muito. Um homem que podia perdoar sua mãe — Jodie South — provavelmente não deveria ser tão mau assim.
Então ela o viu.
Sentado no sofá, com os braços descansando em uma bengala elegante, estava um homem elegantemente vestido com um fraque preto. Meia-idade, talvez nos quarenta ou cinquenta anos. Seu cabelo estava perfeitamente penteado para trás, sua postura impecável. Havia uma seriedade nele, marcada nas rugas entre suas sobrancelhas.
Ele parecia alguém acostumado a ser obedecido.
Keira o estudou de perto — e sim, ele se parecia um pouco com Jodie South. Ela, por outro lado, se parecia mais com o Tio Olsen.
O homem lhe deu um olhar rápido, então voltou-se para Scarlet e latiu, “Ajoelhe-se.”
Keira piscou.
Scarlet, sem hesitar, suspirou dramaticamente e caiu de joelhos como se fosse algo que ela fazia o tempo todo.
Keira hesitou. Isso era… normal?
O pai de Scarlet a encarou. “Você sabe o que fez de errado? Sabe por que está de joelhos agora?”
Scarlet bufou. “Claro. Porque eu irritou Lena de novo. Mas ela começou! Só porque a Tia Jodie está presa não significa que temos que andar pisando em ovos ao redor de Lena como se ela fosse realeza. Nós somos da linha direta, Papai. Por que eu sempre tenho que ser a que recua?”
Seu pai se levantou abruptamente. “Esse não é o motivo da minha raiva. E não estou te punindo por causa de Lena.”
Scarlet piscou. “Então, qual é o motivo?”
Ele apontou para Keira e Lewis. “Eles. Quem são eles? Por que você os trouxe aqui? Uma coisa é causar problemas com Lena, mas por que está arrastando esses dois desconhecidos para isso? Eles também irritaram ela, e agora você os trouxe para casa?”
Scarlet abriu a boca, mas não disse uma palavra.
Antes que ela pudesse se recuperar, ele gritou novamente. “Seguranças. Tirem eles daqui. Agora.”