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Capítulo 867: Capítulo 866
O barco era ridiculamente pequeno — uma onda forte e ele teria balançado como um brinquedo em uma banheira. E ainda assim, de alguma forma, ele se manteve estável. Keira não tinha ideia de que truque Lewis tinha usado, mas o que quer que fosse, tinha funcionado.
Ela se sentou no convés ao lado dele, ajudando a guiar.
A lua lançava um brilho pálido sobre as ondas escuras, frio e intenso.
“Este oceano parece que poderia engolir todos os últimos seres humanos na Terra,” Keira murmurou.
Era profundo demais, escuro demais.
Como olhar para um vazio.
Lewis riu. “Não é assustador quando você está neste barco. Mas logo, talvez tenhamos que abandoná-lo.”
Keira estreitou os olhos, assentindo. “E qual é a nossa história de cobertura?”
Ele a olhou, sorrindo. “Amantes fugitivos. Você chamou a atenção de um chefe do crime, e eu não tive escolha senão te tirar dele. Agora estamos fugindo, à deriva no oceano nesse pequeno destroço de barco. Mas não durará muito — os homens dele estão atrás de nós. Teremos que abandonar o barco e nadar até a costa. E onde vamos parar? Na ilha da família South, como dois náufragos sem mais para onde ir.”
A boca de Keira tremeu. “Você não pode estar falando sério. Eu fui alvo de um chefe do crime?”
Lewis sorriu. “Com sua aparência? Não surpreende. E com a minha, convencê-la a fugir comigo em vez dele não é exatamente um exagero. Além disso—”
Ele apontou para o navio de cruzeiro que acabaram de deixar para trás. “Lá está ele, bem naquele barco.”
Keira suspirou longamente. “Você realmente pensou bem nisso, hein? O que mais você planejou?”
Lewis deu de ombros. “Para tornar isso crível, precisamos aliviar a carga do barco. Uma vez que fizermos isso, a mudança de peso nos desequilibrará, e uma onda nos fará capotar. O que significa, Keira, que você sabe nadar, certo?”
Keira assentiu imediatamente. “Sim.”
Na última vez que pulou no oceano, ela quase se afogou. Alguém teve que arrastá-la para fora. Depois de voltar para Clance, ela passou as últimas duas semanas treinando — ela precisava estar pronta para ir para casa.
Lewis assentiu. “Bom. Isso só nos deixa com um último toque.”
Ela piscou. “Que toque?”
Antes que ela pudesse reagir, Lewis tirou uma arma e atirou em sua própria perna.
Os olhos de Keira se arregalaram de horror. “Lewis, que diabos?!”
Ela se lançou em direção a ele, suas mãos já pressionando a ferida enquanto o sangue se infiltrava através de seus jeans. Sua garganta apertou. “Você está louco?!”
Lá fora, no meio do oceano — se eles não tratassem rápido, o que ele iria fazer?
Lewis apenas sorriu. “Um chefe do crime deveria ter uma arma, não acha?”
Os olhos de Keira queimaram. Sem hesitar, ela rasgou uma tira de sua camisa e a enrolou firmemente em torno de sua perna. “Isso é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. Poderíamos ter inventado outra história!”
“Minhas habilidades em contar histórias são limitadas. Somente um chefe do crime teria poder suficiente para nos perseguir no oceano. Somente um chefe do crime nos faria ter muito medo de ir para casa. Caso contrário, a família South simplesmente nos mandaria de volta.”
Lewis alisou o cabelo dela. “Esta é a desculpa perfeita. Estou bem, Keira. Mas de agora em diante, precisamos de novos nomes — o seu é muito óbvio.”
Keira enxugou os olhos e bufou. “Tudo bem. Me chame de Norma.”
Lewis levantou uma sobrancelha. “Então acho que sou Solomon.”
“Norma Olsen.”
“Solomon Horton.”
Eles trocaram um olhar, depois começaram a rir.
Keira gemeu. “Isso soa terrível. Vamos deixar os sobrenomes de lado.”
Lewis assentiu. “É como se estivéssemos renascendo.”
Ela se inclinou para ele, observando sua perna. “Isso não dói? E você está aqui brincando?”
“Não é tão ruim. Eu estou acostumado.”
Sua voz estava leve, casual. “Na época em que lutava contra piratas, quase levei um tiro no coração uma vez. Ainda assim, consegui escapar.”
Keira se recostou contra ele.
Então Lewis falou novamente. “Estamos quase lá. Keira, vou desmontar a aparelhagem do barco. Os últimos dois quilômetros, iremos remar. Acha que aguenta?”
“Sem problemas.”
Na resposta dela, ele apertou um botão. Keira imediatamente sentiu o barco se mover — seu peso levantou, tornando-o instável. As ondas ficaram mais fortes, o barco balançando descontroladamente sobre a água.
Ela olhou em direção à ilha da família South, a apenas dois quilômetros de distância, e deixou um sorriso surgir em seus lábios.
Ela estava finalmente em casa.
Esse pensamento mal havia se formado quando uma onda atingiu, e o barco virou.