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843: Capítulo 842 843: Capítulo 842 Keira congelou por um momento.
Ela não esperava que Jessica realmente a incentivasse a sair.
Enquanto Keira ainda processava isso, Jessica deu um leve tapinha em sua mão antes de se virar e sair do quarto.
Keira andava inquieta pelo quarto.
Ela ligou a TV, apenas para descobrir que a seleção de programas e filmes era espantosamente escassa. Quase tudo eram produções locais, como se houvesse um esforço deliberado para limitar os residentes da cidade de aprenderem sobre o mundo exterior.
Até mesmo as notícias se concentravam exclusivamente em eventos locais — o que havia acontecido na cidade, quem tinha feito o quê, e pouco mais.
No entanto, uma coisa chamou a atenção de Keira: a cidade da família South era surpreendentemente grande. Com uma população de cerca de cinco milhões, parecia que as pessoas aqui já estavam acostumadas com esse modo de vida.
E a cidade era governada com mão de ferro.
Havia um toque de recolher rigoroso à noite, e as pessoas só podiam se movimentar livremente durante o dia.
À noite, soldados patrulhavam as ruas. Parecia uma sociedade moderna à primeira vista, mas a maneira como era gerenciada parecia mais com um reino feudal.
A família South governava como se fossem soberanos, e a reverência das pessoas por eles beirava a adoração cega. Ninguém parecia ter seus próprios pensamentos — eles apenas obedeciam.
No entanto, curiosamente, as pessoas aqui se vestiam como realeza. Pelas transmissões de TV, Keira podia ver que quase todos nas ruas usavam roupas de designer feitas sob medida. Eles passeavam tranquilamente, suas vidas aparentando ser despreocupadas e luxuosas.
Keira passou o dia inteiro assistindo às notícias.
Naquela noite, após o jantar, Jessica veio até ela. “Você ficou assistindo o dia todo. Então, o que aprendeu?”
Keira hesitou por um momento antes de responder cautelosamente, “Esta cidade… algo está errado.”
Jessica sorriu. “Exatamente. A família South tem uma alta renda e sustenta toda a cidade. As pessoas que nasceram e foram criadas aqui se sentem sortudas — não precisam trabalhar muito. Todo mês, um alfaiate visita suas casas para fazer roupas personalizadas para eles. A comida é racionada e distribuída, garantindo que todos tenham mais do que o suficiente. As escolas são completamente gratuitas, assim como os cuidados de saúde. Até os sem-teto podem receber comida e roupa suficientes para sobreviver, e qualquer pessoa doente recebe o melhor tratamento médico disponível. A vida aqui é de alta qualidade.”
Keira lançou um olhar para a tela da TV. Jessica não estava errada; todos na transmissão tinham sorrisos estampados em seus rostos.
Jessica continuou, “Não há conflito aqui. As pessoas não se preocupam com quanto dinheiro podem fazer porque suas moradias, alimentos e tudo mais já são os melhores que o dinheiro pode comprar.”
Jessica fez um gesto vago ao redor deles. “A família South vive em mansões. Os cidadãos comuns moram em apartamentos de luxo. Até os sem-teto podem se alinhar para obter ajuda do governo para conseguir moradia.”
Quanto mais Keira ouvia, mais inquieta ela se sentia. “Se as políticas da cidade são tão ótimas, por que ainda há pessoas sem-teto?”
Jessica congelou.
Keira a encarou. “Se todos têm garantia de uma boa vida desde o nascimento, como pode haver pessoas sem-teto? E com um toque de recolher à noite, onde essas pessoas sem-teto ficam?”
Jessica baixou o olhar. “Eu não esperava que você continuasse tão perspicaz depois de todos esses anos. Você está certa — essas ‘pessoas sem-teto’ são… diferentes. A maioria delas são migrantes de outros países. Por alguma razão, elas ouviram falar da família South e estão desesperadas para entrar. É por isso que a cidade nunca fica sem pessoas novas.”
O coração de Keira deu um pulo.
As palavras de Jessica implicavam algo chocante.
Era possível que estranhos entrassem na cidade! Mas o método exato de entrada… isso ainda era um mistério.
Ela olhou diretamente para Jessica e, após uma longa pausa, disse, “Há muitas pessoas me vigiando, não é?”
Jessica assentiu. “Sim.”
“Tudo bem. Então vou ficar dentro de casa pelos próximos dias. Não há motivo para te envolver em problemas.”
Com isso, Keira subiu as escadas.
Jessica havia lhe dado uma nova perspectiva sobre como escapar da família South.
Ela poderia usar o disfarce de um “migrante sem-teto” para infiltrar-se na cidade?
Primeiro, porém, ela precisava descobrir onde exatamente estava localizada a cidade da família South.
Uma vez em seu quarto, Keira fechou a porta e puxou as cortinas. Ela andou por um momento, depois verificou o quarto novamente. Ela já havia examinado cada canto no dia anterior e não havia encontrado nenhum dispositivo de vigilância.
Para ter certeza, ela verificou tudo novamente. Ainda assim, não havia sinal de câmeras ou escutas.
Ela exalou, finalmente relaxando, e voltou sua atenção para o rádio antigo na prateleira.
Ela havia notado antes que todos os sinais aqui eram internos. Algum tipo de bloqueador devia estar em funcionamento, bloqueando transmissões externas e limitando o acesso às transmissões locais.
Keira não tinha eletrônicos com ela quando chegou, e eles não lhe deram um telefone. Eles provavelmente assumiram que ela não tinha ninguém para contatar de qualquer maneira.
A situação de Lewis era um mistério completo para ela.
Justo quando ela estava pensando nele, houve uma batida na porta. Um dos funcionários da cozinha chamou, “Senhorita, seu lanche da noite está pronto. Você gostaria de um pouco?”
Keira endireitou a postura. “Entre.”
A empregada entrou com uma bandeja e a colocou sobre a mesa. Ela apontou para um doce. “Este é especialmente bom. Você deveria experimentar.”
Com isso, a empregada deixou o quarto.
Keira franziu a testa e olhou para o doce. Quando ela o partiu ao meio, encontrou um pequeno pedaço de papel escondido dentro.
Era uma mensagem de Lewis.