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- Capítulo 838 - 838 Capítulo 837 838 Capítulo 837 O barco da família South
838: Capítulo 837 838: Capítulo 837 O barco da família South era minúsculo, quase ridículo contra o vasto oceano. Só de olhá-lo balançar com as ondas, Keira sentia como se uma única onda forte pudesse virá-lo num instante.
Ela manteve os olhos fixos no pequeno barco enquanto ele gradativamente se aproximava do navio de cruzeiro em que estavam, parando logo abaixo dele.
Sem dizer uma palavra, ela lançou um olhar para Mateus em busca de confirmação.
Ele assentiu com a cabeça e disse, “Eu vou te mostrar como se faz, mas só uma vez.”
Com isso, ele saltou sobre a borda do navio e mergulhou direto para baixo!
Keira ofegou, sua respiração presa na garganta.
Ela correu até a borda para olhar para baixo. O convés do navio estava a pelo menos 30 pés acima da água. Saltar daquela altura — se você não se posicionasse exatamente certo — seria como bater em concreto.
Mateus, porém, mergulhou como um profissional. Com as mãos à frente, sua forma era perfeita, cortando a água como um mergulhador olímpico. Ele emergiu rapidamente e nadou em direção ao pequeno barco, onde alguém imediatamente jogou um manto sobre seus ombros.
Então, de pé no barco, ele a chamou com um aceno.
Keira hesitou.
Se fosse qualquer outro membro da família South, ela se perguntou, teriam sobrevivido ao salto?
Abaixando o olhar, ela não pôde deixar de sentir uma faísca de preocupação por Lewis.
Eles nunca haviam conversado sobre se ele sabia nadar. E se ele não soubesse?
Sacudindo o pensamento, ela subiu até a borda do convés. Imitando a posição anterior de Mateus, ela saltou.
O frio a atingiu como uma parede. A água geladíssima a picava na pele, fazendo parecer que agulhas perfuravam cada centímetro de seu corpo.
Ela afastou a dor, focando apenas em alcançar a superfície.
Keira sempre fora uma nadadora decente, mas enquanto tentava mover-se para cima, seu corpo a traiu. Uma onda de pânico constriu seu peito, tornando difícil respirar.
Memórias de quase se afogar em Oceanion voltaram à tona, desencadeando um medo profundo de águas abertas. Não. Ela não podia ceder. Não agora. Não quando sua mãe precisava dela.
Determinada, ela lutou para recuperar o controle, mas seus músculos permaneceram rígidos.
Qualquer pessoa que já nadou sabe que a rigidez é uma sentença de morte na água.
Quanto mais ela lutava, mais ela afundava.
Mais fundo… e mais fundo…
Seus olhos fixaram-se no leve brilho de luz acima, mas parecia estar inalcansavelmente distante.
Justamente quando ela pensou que este poderia ser o fim, uma corda espirrou na água ao seu lado. Ela a agarrou instintivamente, segurando com toda a sua força enquanto alguém a puxava para cima.
Emergindo na superfície, Keira ofegou por ar, seu peito se expandindo.
Mateus estendeu a mão do barco, agarrando seu braço para puxá-la a bordo.
No momento em que ela estava segura dentro do barco, alguém envolveu um cobertor quente sobre ela.
Recuperando o fôlego, Keira olhou em volta do pequeno barco e viu três pessoas: um barqueiro e dois homens olhando para ela.
Ela virou para Mateus, exigindo uma explicação em silêncio.
Ele pigarreou constrangido. “Keera, faz tempo que você não vem para casa. Estes são… os maridos da sua mãe.”
Keira congelou.
“Maridos? No plural?”
Um dos homens parecia ter pouco mais de vinte anos, enquanto o outro era mais velho, provavelmente na casa dos quarenta.
O homem mais velho zombou, “O que é isso? Você evitou a casa todos esses anos porque não sabe nadar? Patético. Só espera até a sua mãe te ver. Ela vai se deliciar te repreendendo!”
O homem mais jovem, por outro lado, era muito mais gentil. “Não ligue para ele. Sua mãe sentiu tanto a sua falta. Ela fala de você todos os dias…”
Keira se enrijeceu, incerta de como responder. A “mãe” que eles mencionavam era tecnicamente sua mãe adotiva — aquela que a roubou ainda bebê de Jodie South, a verdadeira herdeira.
Ela permaneceu em silêncio, achando que seria mais seguro assim.
O homem mais velho fez um clique com a língua, claramente irritado. “Ainda tão insossa quanto sempre, hein? Com uma cabeça dura como a sua, como você espera ganhar a luta pela herança? Se você perder, ficaremos presos na família South para sempre. Você sequer entende isso?”
Keira permaneceu inexpressiva, assentindo levemente. Ela havia aprendido da pior maneira que às vezes é melhor não dizer nada.
Seu silêncio só fez o homem ficar mais irritado. “O que há com você? Gato engoliu sua língua?”
O homem mais jovem interveio para reduzir a tensão. “Está bem, está bem, vamos não brigar no seu primeiro dia de volta. Fazem mais de vinte anos desde a última vez que você a viu. O que a senhora da casa pensaria se soubesse que você a recebeu assim?”
O homem mais velho resmungou mas finalmente recuou.
O mais jovem tirou uma tira de tecido preto. “Procedimento padrão”, ele disse com um sorriso educado. “Você não tem permissão para ver o caminho.”
Keira olhou para Mateus, que assentiu de forma tranquilizadora. Ela deu ao homem um leve aceno com a cabeça.
Ele avançou e cuidadosamente amarrou a venda sobre seus olhos, e então fez o mesmo com Mateus. Uma vez que estavam ambos vendados, o barco começou a se mover.
A jornada foi longa e desorientadora. Keira tentou se concentrar nos sons da água, esperando ter uma noção de para onde estavam indo. Mas o barco balançava demais, e as únicas coisas que ela podia ouvir eram o vento e as ondas.
Depois de um tempo, ela desistiu e se permitiu adormecer.
Uma voz eventualmente a acordou. “Keera, acorde. Chegamos.”
Ela sentou atordoada, tirando a venda. Ao sua visão clarear, ela finalmente teve a primeira vislumbre da fortaleza escondida da família South.