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820: Capítulo 819 820: Capítulo 819 Sean congelou ao ouvir aquelas palavras, olhando instintivamente para Amy.
Por algum motivo, um pensamento estranho invadiu sua mente.
Ele perguntou diretamente, “Aquela mulher—você viu como ela é?”
“Claro.”
Monbatten ergueu uma sobrancelha curiosa. “Como eu não saberia como ela é?”
Sean piscou, um pouco surpreso. “Ah, deixa pra lá, então.”
Se ele sabia como ela era, então não poderia ser a mãe de Amy.
Ele havia conseguido desviar da verdade.
Depois de conversar com Monbatten por mais um tempo, Sean se desculpou para socializar com outros convidados. No momento em que se afastou, o guarda atrás de Monbatten não conseguiu se segurar. “Sua Majestade, aquela mulher não estava usando um—”
Monbatten o interrompeu com um olhar severo. “Mesmo assim, havia aqueles olhos. Se os visse novamente, eu os reconheceria instantaneamente. Eram… calorosos, porém resolutos.”
O guarda rapidamente ficou em silêncio, sem jamais ousar questionar seu rei.
A mandíbula de Monbatten se apertou enquanto seu olhar se perdia.
Naquela época, um jovem Monbatten havia visitado Crera pela primeira vez. Ele já estava noivo, sua noiva escolhida, mas com apenas vinte e cinco anos, ele não tinha interesse em casamento ou filhos, então havia adiado o casamento.
Enquanto estava em Crera, ele saiu com apenas um guarda. Uma noite em um bar tomou um rumo inesperado.
Drogado por uma oferta não solicitada de um estranho, ele tropeçou em um hotel, afastando uma mulher que tentava se aproveitar dele. Seu guarda havia saído para encontrar um antídoto, deixando-o vagar sem rumo até entrar por engano em uma sala privada.
A sala cheirava a algo leve e floral—água de rosas, talvez.
Dentro, uma mulher mascarada se aproximou dele. Sua voz era suave e cativante. “Você precisa da minha ajuda?”
Seus olhos tinham um calor e um charme irresistíveis.
Monbatten, sem pensar, disse, “Você tem certeza disso?”
“Tenho.”
Sem hesitar, ela enlaçou seus dedos em sua gravata, seus movimentos cheios de confiança sensual enquanto o levava para mais fundo na sala. “Você precisa de um filho, e eu também.”
Surpreso, ele protestou, “Eu só tenho vinte e cinco anos! Não preciso de um filho!”
“Você precisará,” ela disse com convicção tranquila, seus olhos cheios de uma determinação inabalável.
Antes que ele pudesse processar suas palavras, ela o empurrou para a cama, suas intenções não deixando espaço para negociação.
Na névoa da paixão, ele tentou remover sua máscara. Ela o deteve com uma risada suave. “Monbatten, se você pode me reconhecer pelos meus olhos, então somos feitos um para o outro. Se não, não se preocupe em me procurar.”
Suas palavras feriram seu orgulho, e assim, ele nunca descobriu seu rosto.
Mas seus olhos—aqueles olhos—ele nunca pôde esquecer. Eram diferentes de tudo o que ele já tinha visto em qualquer outra pessoa. Aquele calor, tão acolhedor, ainda que inconsciente de seu próprio charme. Aquela determinação, como se ela tivesse queimado todas as pontes atrás dela.
Nem mesmo as inúmeras mulheres em seu harém poderiam se comparar.
Ao longo dos anos, ele tentou retornar a Crera para encontrá-la, mas os deveres reais o mantinham preso. Este ano, a pressão para nomear um herdeiro se tornou insuportável. Cinco anos haviam passado desde aquela noite, e ele ainda não tinha filhos. Os conselheiros estavam em pânico.
Suas palavras voltaram para ele: “Você precisará de um filho.”
Ela estava certa. Ele precisava de um agora.
Monbatten tomou um gole profundo de sua bebida e virou-se para seu guarda. “Você acha que Crera realmente tem bruxas? Mulheres com poderes místicos?”
O guarda respondeu pensativo, “Bruxas? Talvez você queira dizer fadas?”
Monbatten soltou uma risada seca. “…Há fadas em Crera?”
O guarda deu de ombros. “Difícil dizer. Afinal, a ciência tem seus limites.”
Monbatten riu apesar de si mesmo.
Oficialmente, sua viagem a Crera era para tratamento médico. Não oficialmente, era para encontrá-la.
Os olhos da mulher estavam gravados em sua memória, tão vívidos quanto sua voz naquela noite. Ele tinha certeza—se ela estivesse diante dele novamente, ele a reconheceria instantaneamente.
Se ele tivesse um filho, só poderia ser dela.
Nesse momento, Amy veio correndo, agarrando sua mão. “Papai, o que há de errado? Você fica suspirando.”
“Estou procurando alguém.”
“Quem?”
“Talvez… a mãe do meu filho.”
Amy sorriu. “Isso é só minha mãe, não é? Ela está bem ali!”
Ela apontou para Keira.
Seguindo seu dedo, o olhar de Monbatten pousou em Keira. Ela tinha uma presença única, uma confiança fria entrelaçada com orgulho.
Monbatten sorriu levemente. “Não, não é ela.”
“Mas é—”
“Os olhos dela não são os mesmos.”
Amy hesitou, inclinando a cabeça. “Você está certo. Os olhos da mamãe nem sempre foram assim.”
Isso fez Monbatten parar.
Amy acrescentou, “Mamãe costumava ser tão gentil. Ela ainda é, mas… mas…”
Ela lutou para encontrar as palavras, então puxou a mão dele. “Papai, vou te mostrar as fotos antigas da mamãe!”