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- Capítulo 809 - 809 Capítulo 808 809 Capítulo 808 Lewis assentiu
809: Capítulo 808 809: Capítulo 808 Lewis assentiu silenciosamente em concordância.
Os dois espiaram o quarto de Amy, observando-a dormir em paz antes de fechar a porta suavemente atrás deles.
“Amanhã eu coletarei a amostra de DNA dela e mandarei alguém começar a procurar,” disse Lewis, quebrando o silêncio.
“Eu farei o mesmo do meu lado,” respondeu Keira.
Eles trocaram um olhar, ambos soltando um suspiro.
Como eles poderiam possivelmente encontrar o pai de Amy em um mundo tão vasto?
Aquela noite, Keira lutou para adormecer. Memórias da sua infância continuavam passando em sua mente. Naquela época, além da sua paixão por Jodie South, seu desejo mais profundo era estar nos ombros do seu pai, para experimentar o amor que ela via quando seu pai carregava Isla.
Ela tinha desejado tão profundamente o amor de um pai. Agora, Amy deve sentir o mesmo, ela pensou.
Keira revirava-se na cama. Ainda assim, não conseguia dormir. De repente, um braço envolveu seu ombro, seu peso confortável, porém firme. “O que há de errado?” A voz rouca de Lewis quebrou o silêncio.
“Nada. Volte a dormir,” ela sussurrou.
Ela saiu da cama, colocou seus chinelos, e deixou o quarto.
Lewis, exausto de seus papéis duplos como seu guarda-costas e chefe do Grupo Horton, apenas a olhou antes de afundar novamente em seu travesseiro.
Embaixo, Keira foi até a cozinha. Ela se serviu de um copo de água e deu um gole.
De repente, ela ouviu passos. Virando a cabeça, ela viu Tio Olsen emergir das sombras, vestido em pijamas de seda preta.
Sua presença exalava uma autoridade natural, como um rei da noite.
“Não conseguiu dormir?” ele perguntou docemente, seu tom surpreendentemente gentil.
Keira assentiu.
“Eu não paro de pensar em quão muito Amy quer encontrar o pai dela. Eu quero ajudá-la.”
O olhar do Tio Olsen se suavizou. “Você pensava em mim quando era pequena?”
Keira piscou, surpresa pela pergunta.
“Você imaginou que tipo de homem seu pai era?” ele insistiu.
Ela hesitou antes de responder, “Eu sempre pensei que Taylor Olsen era meu pai.”
“Ah, verdade,” ele murmurou, coçando a cabeça desajeitadamente. “Eu tinha esquecido dele.”
“Espera, você o conhecia?” Keira perguntou, com sua curiosidade despertada.
“Sim,” ele respondeu com um cenho franzido. “Na faculdade, sua mãe, Taylor, e eu éramos de mesma sala. Ele era como uma sombra, sempre espreitando, sempre assistindo sua mãe.
“Eu a adverti para ficar longe dele, mas ela não escutou. Disse que ele não era uma má pessoa. Ha! Não era uma má pessoa? Ele a prendeu, Keira. Ele fez coisas horríveis com ela.”
Enquanto Tio Olsen desabafava, Keira não conseguia deixar de rir.
“O que tem de engraçado?” ele perguntou, estreitando os olhos.
“Parece que você estava com ciúmes,” ela provocou.
Ele bufou. “Eu só não conseguia entender sua mãe. Talvez fosse a família South que ela temia. Mas ela não me contava nada. Em vez disso, fugiu com Charles Olsen para Oceanion. Talvez eu não fosse bom o suficiente para fazê-la se sentir segura.”
“Não é isso,” Keira disse suavemente. “Olhando para trás, eu percebi uma coisa. Mãe não amava Taylor, e foi por isso que ela não se importou quando ele trouxe outra mulher para casa. Ela tolerou porque ele não significava nada para ela.”
Tio Olsen assentiu pensativo. “Eu acredito nisso também. Sua mãe tinha um olhar bom demais para as pessoas para se apaixonar por alguém como ele.”
“Honestamente,” Keira acrescentou, “descobrir que Taylor não era meu pai foi um alívio. Pela primeira vez, senti como se não fosse indesejada. Ele não me queria, claro, mas você—você sempre quis me ver. Me senti tão petulante ignorando suas constantes tentativas de me encontrar.”
Tio Olsen lhe lançou um olhar de brincadeira repreensivo. “Sua pirralha.”
Keira deu risada. “Foi a primeira vez que me senti verdadeiramente valorizada. Você queria me ver três vezes por dia, sem falhas.”
Sua risada se esvaneceu enquanto seus pensamentos se voltavam para Jake Horton.
Na faculdade, ela quase disse sim para a persistência dele. Ele tinha sido a única pessoa que nunca desistiu dela, e ela confundiu sua atenção com amor.
E se ele tivesse proposto naquela época? Ela não saberia se estava se casando por amor ou simplesmente pela segurança que ele representava.
A voz de Tio Olsen a trouxe de volta para o presente. “Keira, a infância precisa de uma vida inteira para cicatrizar, mas o amor de um pai pode curar uma infância quebrada.”
Keira congelou, prendendo a respiração.
“Não importa o que você decida fazer,” Tio Olsen continuou, “eu vou te apoiar incondicionalmente. Você gosta de se sentir valorizada? Ótimo. A partir de amanhã, eu vou implorar para te ver todos os dias. Sem excessões. O que for preciso, eu vou fazer você se sentir amada.”
Os olhos de Keira encheram-se de lágrimas. Após uma longa pausa, ela finalmente sussurrou, “Papai.”