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Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança - Capítulo 447

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Capítulo 447: Morte

Samantha abriu a porta do chalé, seus movimentos rígidos e mecânicos.

Havia passado uma semana desde o ataque do Sr. Wallace na fábrica de bebês — uma semana desde sua morte e uma semana desde que Xander entrou em coma. Uma semana que desmoronou tudo o que ela pensava saber. E ainda assim, o tempo seguia como se nada tivesse mudado.

Ela entrou. O ar estava carregado com o cheiro de sangue e algo mais — morte, talvez. Seus olhos imediatamente encontraram Bruce no sofá. Ele estava deitado imóvel, seus curativos encharcados de vermelho, o estiramento pálido de sua pele destacando-se contra o tecido. Se não fosse pela leve elevação e queda de seu peito, ela teria pensado que ele já estava morto.

O chão rangeu sob seus pés enquanto se aproximava, o som assustando Bruce o suficiente para abrir os olhos. Eles encontraram os dela — vazios, cansados, mas preenchidos com algo que ela nunca pensou ver neles: tristeza.

Após a morte do Sr. Wallace, Bruce enviou seu último capanga leal para encontrá-la. Mesmo à beira da morte, ele queria ver sua filha — algo que ela ainda achava difícil de acreditar.

“Por que me chamou aqui?” ela perguntou, sua voz firme, desprovida de afeição.

Lágrimas encheram seus olhos, mas ela recusou-se a deixá-las cair.

“Eu pensei…” A voz de Bruce era um sussurro, densa de dor. “Achei que estava te fazendo um favor… deixando você me ver uma última vez antes de morrer. Mas agora percebo… talvez eu estivesse errado.”

Samantha não disse nada.

Ela não contou a ninguém que estava vindo. A tensão da última semana não tinha diminuído. Ninguém realmente confiava nela — e se soubessem para onde estava indo, a teriam seguido. Mas esta não era uma conversa que ela queria testemunhas. O que quer que Bruce tivesse para dizer, ela precisava ouvir—sozinha.

“Tenho certeza de que me odeia,” ele murmurou. “Eu nunca fui um bom pai para você—”

“Você nunca foi um pai, de fato,” ela interrompeu friamente. “Se eu fosse uma estranha na rua, você teria me vendido ou me matado sem pensar duas vezes.”

Suas palavras aterrissaram como uma faca. Bruce estremeceu.

“Tudo que eu queria… era ser amada,” ela disse, sua voz se quebrando apesar do esforço para mantê-la firme. “Você me tratou como uma maldição, como se eu fosse seu maior erro. Eu implorei por seu carinho. Eu tentei provar que eu merecia seu amor. Mas você—você me fez sentir como se eu não pertencesse, como se eu não fosse nada.” Ela não se importava se suas palavras saíram mais afiadas do que pretendia.

Ela vinha segurando, nunca reclamando, mas era hora de ele saber como a fazia sentir.

Os lábios de Bruce tremeram, uma única lágrima escorrendo pela bochecha enrugada.

“Desculpe,” ele sussurrou. “Eu te culpei pela morte dela… sua mãe. Ela morreu dando à luz a você, e eu estava tão destruído para encarar isso. Então joguei essa culpa na única pessoa que não merecia.”

Samantha desviou o olhar, as palavras atingindo mais fundo do que esperava. Depois de tudo, um pedido de desculpas não deveria significar nada — mas significava. E isso tornou tudo pior.

“Desculpa não traz ela de volta. Desculpa não conserta os anos de dor que você me causou,” ela disse amargamente. “E não vai consertar o que você fez Xander se tornar. Você o manipulou. Você o fez acreditar na coisa errada quando sabia a verdade.”

A respiração de Bruce engasgou.

“Xander está em coma,” ela disse, com a voz trêmula agora. “Ele está lutando pela sua vida. Sabe por quê? Porque seu melhor amigo — Thomas — atirou nele no peito. É por isso que ele está no hospital, e por que nenhum de nós sabe se ele vai acordar.”

Os olhos de Bruce se vidraram. A culpa foi imediata e esmagadora, mas ele não tinha forças para reagir. Ele simplesmente ficou deitado ali, a respiração ficando mais rasa.

Respirar parecia um exercício enquanto se mover parecia quase impossível.

“Eu sei que é tarde demais,” ele sussurrou. “Mas eu não poderia ir sem te dizer… Desculpa, Samantha. Sei que não mereço seu perdão, mas precisava que você ouvisse. Precisava que você soubesse… que eu te amo.”

Lágrimas finalmente escorreram dos olhos de Samantha. Durante anos, ela havia fantasiado ouvir aquelas palavras do homem que lhe deu a vida, mas tirou todo o resto. E agora que ele as disse, só tornavam a dor mais aguda. Ela queria perdoá-lo, mas estava errada em achar isso difícil de fazer?

“Você pode não ter sido um pai para mim…” ela disse suavemente, sentando-se ao lado dele. “Mas você foi para Xander. E acredite, se ele estivesse aqui, ele te mataria pelo que você fez.”

Ela alcançou a mão dele — áspera, fria, calejada — e segurou-a gentilmente na sua.

“É tarde demais para hospitais,” ela murmurou. “Mesmo que eu te levasse agora… você não aguentaria.”

Bruce esboçou um sorriso fraco. “Você se parece tanto com ela… sua mãe. Eu era cego demais para ver isso. Estúpido demais para apreciar a bênção na minha frente.”

Seus olhos fecharam-se, seu peito subindo mais uma vez, depois caindo — e parando. Sua mão ficou mais pesada na dela.

“Eu te amo tanto, minha querida…” ele sussurrou uma última vez.

E então ele se foi. Seu corpo relaxou no sofá enquanto seus olhos se fechavam. Ele parecia como mais cedo quando ela entrou, olhos fechados, dormindo. Mas desta vez, seu peito não subia. Não havia mais sinal de vida.

Samantha não gritou. Ela não soluçou. Simplesmente ficou ali, segurando a mão sem vida dele, suas lágrimas caindo em silêncio. Ela continuou acariciando sua pele como se ele ainda pudesse sentir — como se ele pudesse abrir os olhos de novo e dizer que ela estava errada, que ele não estava a deixando também.

Mas ele não fez.

Essa era a primeira vez que ela perdia alguém tão próximo a ela, mas ela não queria sentir isso de novo.

E naquele momento, Samantha percebeu que finalmente havia recebido o que sempre quis — tarde demais para importar.

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