Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança - Capítulo 423
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Capítulo 423: Um Tiro de Arma
O rei fez um gesto para uma das empregadas que estava por perto. “Por favor, acompanhe-a até o banheiro.”
Anastasia fez um pequeno aceno educado e seguiu a servente para fora do salão de jantar. Assim que entraram no corredor, ela rapidamente examinou os arredores. Izara havia desaparecido de vista, mas Anastasia sabia exatamente para onde ela tinha ido. Andar de cima.
Elas viraram a esquina, e a empregada abriu uma porta. “Aqui é o banheiro, senhora.”
Anastasia forçou um pequeno sorriso. “Obrigada. Sei como voltar depois.”
A empregada hesitou. Provavelmente tinha recebido ordens para acompanhar Anastasia nos dois trajetos, mas após uma breve pausa, ela assentiu e saiu.
Assim que os passos dela se afastaram, Anastasia saiu do banheiro e apressou-se em direção à escadaria, cuidando para manter o passo moderado caso alguém estivesse observando. Ela chegou ao topo e olhou para os dois lados do corredor mal iluminado, à procura de algum sinal de Izara.
Então, ela a avistou.
Na extremidade do corredor, Izara estava próxima de Desmond, falando em tons baixos.
Anastasia aproximou-se silenciosamente, seus saltos mal fazendo barulho contra os pisos de mármore brilhante. Izara percebeu a presença dela primeiro, suas sobrancelhas se juntando imediatamente em suspeita.
“O que você está fazendo aqui?” A voz de Izara era afiada.
Os olhos de Desmond se arregalaram ligeiramente, embora ele se mantivesse reservado.
Anastasia encarou o olhar deles com firmeza. “Preciso falar com vocês dois.”
Izara e Desmond trocaram um olhar. Eles já sabiam o que ela queria. Ela tentaria convencê-los a mostrar-lhe o esconderijo e oferecer ajuda.
Izara hesitou, claramente dividida. Sua postura era rígida, os lábios pressionados em uma linha fina.
Desmond, no entanto, estava observando a irmã atentamente, esperando por sua reação.
Anastasia exalou, deslizando as mãos no bolso e retirando um pequeno cartão. “Este é o meu número de telefone. Contacte-me se precisar de alguma coisa.” Ela estendeu a mão, os olhos cheios de esperança silenciosa.
Por um momento, nenhum deles se moveu.
Então, surpreendentemente, Izara avançou e pegou o cartão.
Anastasia ergueu uma sobrancelha, ligeiramente surpresa.
“Na verdade, você está certa,” Desmond admitiu. “Nós precisamos de ajuda.” Ele lançou um olhar para a irmã antes de continuar, baixando a voz. “Nós na verdade temos um br—”
“Izara.”
O trio congelou.
Anastasia virou-se abruptamente e encontrou-se cara a cara com a rainha, cujo olhar penetrante os varreu com suspeita.
“O que você está fazendo aqui?” A pergunta da rainha era direcionada a Anastasia, sua voz carregando um sutil tom incisivo.
Anastasia rapidamente disfarçou seu choque, sua mente correndo em busca de uma desculpa.
“Vi Izara e Desmond aqui fora e decidi cumprimentá-los,” disse ela suavemente. “Não os vi à mesa, então fiquei um pouco preocupada.”
A rainha não se convenceu. Isso era óbvio. Mas Anastasia não estava preocupada — ela sabia que a mulher mais velha não a pressionaria demais. Não enquanto ela ainda tivesse influência sobre o rei e a rainha.
O olhar da rainha desviou para seus filhos.
Izara foi a primeira a se mover. “Nós estávamos prestes a ir embora,” disse ela, sua voz inexpressiva.
Desmond seguiu o exemplo dela sem hesitar. Enquanto a atenção de sua mãe estava voltada para Anastasia, Izara havia discretamente colocado o cartão no bolso.
Anastasia e a rainha se encararam mais uma vez.
Logo quando ela estava prestes a se afastar, a rainha falou novamente.
“Espero que não esteja aqui ameaçando meus filhos.”
Anastasia parou.
Um sorriso irônico surgiu em seus lábios. “Por que eu faria isso quando já tenho você e seu marido sob meu controle?” Ela inclinou a cabeça levemente. “A menos que… haja algo que eles sabem que você não quer que eu descubra?”
A expressão da rainha se escureceu.
“Você deveria saber o seu lugar,” ela advertiu. “Você ainda é uma estrangeira aqui. E eu sou a rainha.”
Anastasia soltou uma risada suave, inclinando a cabeça em falso divertimento. “O que espera que eu faça? Me curvar e entoar, Que a rainha viva muito?” Ela revirou os olhos. “Ah, por favor.”
Os lábios da rainha se separaram, mas antes que ela pudesse responder—
Um tiro.
Alto. Ressoando.
O estômago de Anastasia afundou.
Seus pensamentos imediatamente foram para uma pessoa.
Xavier.
Sem hesitar, ela virou-se e correu em direção à fonte do tiro, a rainha seguindo de perto.
Quando chegaram ao pátio, o caos havia eclodido.
Xander estava no chão, com sangue jorrando de sua perna. Ele segurava sua coxa, sua expressão torcida de dor.
“Merda!” ele amaldiçoou, sua respiração entrecortada.
Julian já estava lá, dando ordens aos guardas do palácio. “Levem-no para o hospital. Agora!”
Xander estava pegando documentos do seu carro quando a bala o atingiu. Tinha vindo do nada.
O olhar de Anastasia instintivamente se levantou — em direção ao telhado.
Xavier havia desaparecido.
Seu pulso acelerou.
Ele tinha sido o autor do disparo.
Mas por quê?
Ela voltou sua atenção para Xander enquanto ele era colocado em um carro, os pneus chiando enquanto aceleravam em direção ao hospital.
Anastasia exalou bruscamente, afastando a enxurrada de perguntas que corriam por sua mente. Ela precisava de respostas.
No hospital, Xander já havia sido internado, os médicos trabalhando em sua lesão.
Anastasia permaneceu do lado de fora do hospital, com os braços cruzados, sua mente ainda atordoada.
Então, seu telefone vibrou.
Uma mensagem.
De Xavier.
Estou aqui.
Ela olhou para cima e viu-o parado na extremidade de um canto, encostado casualmente na parede.
Sem hesitar, ela caminhou em direção a ele.
Assim que estava perto, ela não se deu ao trabalho de pleasanteries. “Por que você fez isso?”
Xavier sorriu levemente. “Você já sabe a resposta.”
Os olhos dela se estreitaram. “Nós nunca planejamos matá-lo — ainda não. Então por quê?”
Xavier exalou pelo nariz, seu divertimento se desvanecendo. “Eu não estava tentando matá-lo.”
Anastasia cruzou os braços. “Então o que foi aquilo?”
“Precisava lembrá-lo de que ele não é invencível,” disse Xavier, sua voz fria. “Xander anda por aí como se possuísse tudo. Ele precisava de um choque de realidade.”
Anastasia bufou. “Então, você simplesmente… atirou nele?”
Xavier inclinou a cabeça. “Isso passou a mensagem, não foi?”
Ela queria argumentar, dizer-lhe que ele tinha sido imprudente, mas uma parte dela entendia.
Xander estava se tornando mais ousado, assumindo mais riscos. Ele havia assumido que era intocado. Xavier acabara de despedaçar essa ilusão.
Anastasia suspirou, massageando a têmpora. “Você é impossível.”
Xavier sorriu. “E ainda assim, você continua aqui.”
Antes que ela pudesse responder, ele estendeu a mão, puxando-a gentilmente para mais perto.
“Eu senti a sua falta,” ele murmurou.
Anastasia tencionou com as palavras inesperadas.
Seu coração se apertou.
“…Eu também senti a sua falta,” ela admitiu baixinho.