Ler Romance
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
Avançado
Entrar Cadastrar-se
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
  • Romântico
  • Fantaisie
  • Urbano
  • MAIS
    • MISTÉRIO
    • Geral
    • Ação
    • Comédia
    • Magia
    • Histórico
Entrar Cadastrar-se
Anterior
Próximo

Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança - Capítulo 420

  1. Home
  2. Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança
  3. Capítulo 420 - Capítulo 420: O Primogênito
Anterior
Próximo

Capítulo 420: O Primogênito

Algures em Regalith, Izara sentava-se rígida em sua cadeira, com os braços cruzados enquanto assistia à performance que se desenrolava à sua frente. O clube estava pouco iluminado, com rajadas de luzes coloridas varrendo o palco onde homens se contorciam e dançavam em movimentos rítmicos. Eles usavam apenas calças justas tipo G-string que mal cobriam qualquer coisa, seus corpos cobertos de suor reluzindo sob o brilho.

A plateia — majoritariamente mulheres nobres e alguns homens remanescentes — aplaudia alto, batendo palmas enquanto jogavam dinheiro nos performers. Algumas mulheres assobiavam e se inclinavam para frente avidamente, enquanto outras sussurravam entre si, seus olhos brilhando de excitação.

No entanto, Izara sentia apenas nojo.

Suas unhas cravavam no tecido do seu vestido enquanto ela resistia ao impulso de desviar o olhar.

A maioria das pessoas assumia que, quando se tratava de tráfico, as mulheres eram as principais vítimas. A imagem de meninas indefesas sendo vendidas para homens gananciosos e depravados era o que vinha à mente. Mas aqui, nos salões reais de Regalith, a situação era diferente.

Eles não traficavam mulheres.

Eles traficavam homens.

A família real havia considerado as mulheres “preciosas” demais para serem vendidas. Em vez disso, construíram um império vendendo jovens homens, garotos mal em seus vinte anos, desfilando-os diante de mulheres nobres que os viam como pouco mais do que brinquedos.

Inicialmente, Izara tentou impedi-lo. Ela havia ido aos seus pais, implorado a eles, tentado convencê-los de que isso era errado. Mas eles apenas riram, descartando suas preocupações como infantis.

“É tradição,” sua mãe tinha dito, tomando seu vinho com diversão. “Você não entende como o mundo funciona, Izara. As mulheres sempre foram controladas. Não está na hora de nós também nos divertirmos um pouco?”

Isso foi há anos.

Agora, Izara havia parado de tentar dialogar com eles.

Não porque ela havia desistido — mas porque ela havia aprendido algo valioso.

Não importava o que ela dissesse, não importava o que ela fizesse, eles não mudariam.

Mas isso não quer dizer que ela não poderia mudar as coisas por conta própria.

“Isso é repulsivo,” ela murmurou baixinho, se ajeitando na cadeira.

O homem ao seu lado riu, se aproximando. “Princesa, você diz isso todas as vezes.”

Mário, o gerente do clube, era um homem excêntrico. Ele usava um terno colorido como um arco-íris, sua barba uma mistura estranha de pelos escuros e prateados, parecendo penas de águia. Ele estava sempre sorrindo, sempre tramando, o cérebro por trás de garantir que os homens fossem “treinados” adequadamente antes de serem exibidos.

“Você conhece minha posição sobre isso, Mário,” Izara disse rispidamente. “Pare de agir como se eu fosse aprovar algum dia.”

Mário revirou os olhos. “E ainda assim, aqui está você, sentada bem na frente. Seu pai garantiu isso.”

Izara apertou os punhos. Isso era verdade. Ela não havia vindo aqui por vontade própria. Seu pai havia ordenado que ela avaliasse o novo lote de cativos, e se ela recusasse, haveria consequências.

Ela aprendeu há muito tempo que desafiar o rei abertamente era um erro.

“Você quer acabar logo com isso?” Mário suspirou, se alongando. “Vamos, então. Tem mais alguém que você precisa ver.”

Relutantemente, Izara seguiu-o por um corredor estreito, deixando para trás a música alta e a multidão animada. Quanto mais fundo eles iam, mais silencioso ficava, até chegarem a uma pesada porta no final do corredor.

Mário a empurrou, revelando uma sala fria e pouco iluminada.

Dentro, um grupo de jovens homens estava sentado em silêncio, seus pulsos amarrados com algemas de metal. Alguns tinham contusões, evidências de uma luta antes de serem pegos. Outros apenas encaravam o chão, suas expressões vazias, seus espíritos quebrados.

Mário agachou ao lado de um deles, passando a mão pelo rosto do rapaz. “Este aqui é bonito,” ele refletiu. “Se raspamos o seu cavanhaque e adicionarmos um pouco de maquiagem, ele vai passar por uma mulher.”

O rapaz se encolheu violentamente, seus gritos abafados mal audíveis através da mordaça amarrada em sua boca.

O estômago de Izara se retorceu.

“Estou pronta para ir,” ela disse abruptamente, virando nos calcanhares.

Mário não a impediu, mas justamente quando ela alcançou a porta, sua voz a seguiu.

“Você vai vê-lo, não é?”

Izara parou.

“Eu não contei aos seus pais,” ele continuou tranquilamente, “ainda.”

Lentamente, ela virou, apertando o maxilar. “Você prometeu.”

“Eu prometi,” Mário admitiu, levantando-se. “Mas no fim do dia, eu trabalho para eles, não para você.”

Os olhos de Izara se estreitaram.

“Eu estive te encobrindo por anos,” Mário disse. “Eu vi você lutando, dizendo a si mesma que consertaria as coisas, mas você ainda não fez nada.”

“Você acha que isso é fácil?” ela retrucou. “Eu tenho que fazer tudo sozinha.”

“Então peça ajuda,” Mário disse simplesmente, sua expressão ilegível. “Você precisa agir antes que seja tarde demais. A vida do seu irmão está em suas mãos agora.”

Izara inalou profundamente, tentando acalmar a tempestade em seu peito.

Ela não tinha mais tempo.

Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu apressada, acelerando o passo enquanto se dirigia ao lugar que Mário estava escondendo ele.

Quando ela alcançou a porta, prendeu a respiração.

Enrijecendo-se, ela a empurrou.

Lá, deitado em um colchão fino, encarando sem expressão o teto, estava Eduardo.

Seu irmão mais velho.

Aquele que seus pais haviam deserdado.

Eduardo fora o primogênito, o herdeiro legítimo do trono. Mas ele não havia sido aquilo que eles queriam. Ele não havia sido “forte o suficiente”, não havia sido “obediente o suficiente”. E assim, eles o haviam descartado, apagando sua existência da história.

Mas ele não estava.

Mário o havia salvo, escondido nas sombras do reino.

Agora, aqui estava ele — fraco, debilitado, mal uma sombra do irmão que ela havia conhecido uma vez. Depois que seus pais o haviam usado inúmeras vezes, ele havia se perdido no processo de tudo isso. Mas eles não se importavam nem um pouco. Tudo o que importava era o dinheiro que ele estava trazendo.

Era uma realidade triste. Ninguém tinha que ensinar a ela a coisa certa, ela tinha que ensinar tudo isso a si mesma.

Eduardo sentiu uma presença em seu espaço e virou para olhar para ela com curiosidade em seu olhar.

“Quem é você?” Ele perguntou.

Anterior
Próximo
  • Início
  • 📖 Sobre Nós
  • Contacto
  • Privacidade e Termos de Uso

2025 LER ROMANCE. Todos os direitos reservados

Entrar

Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Cadastrar-se

Cadastre-se neste site.

Entrar | Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Esqueceu sua senha?

Por favor, insira seu nome de usuário ou endereço de e-mail. Você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.

← Voltar paraLer Romance

Report Chapter