Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança - Capítulo 414
- Home
- Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança
- Capítulo 414 - Capítulo 414: Eu não me lembro de você!
Capítulo 414: Eu não me lembro de você!
Anastásia não conseguiu completar seus pensamentos quando de repente ouviu uma batida na porta.
Logo ali, os pelos de sua espinha se arrepiaram por completo.
“Te ligo mais tarde,” disse Anastásia, desligando a chamada imediatamente quando Tracie estava prestes a dizer algo.
As únicas pessoas que sabiam onde ela morava eram Julian, Xavier e Tracie e nenhum deles havia avisado com antecedência que viriam.
Anastásia correu de volta ao computador e mudou para a filmagem da câmera da porta da frente. Não havia sinal algum de que alguém estivesse ali.
Eram apenas 5 da manhã, e ninguém estaria acordado àquela hora para brincar de “campainha e fuga” com ela. Além disso, seu bairro era quase deserto, oferecendo a privacidade de que ela precisava enquanto cometia seus assassinatos sem vizinhos bisbilhoteiros por perto.
Apesar da ausência de qualquer presença na porta da frente, Anastásia se convenceu a verificar mesmo assim.
Ela ouviu a batida novamente, mais alta desta vez, fazendo-a pular. Seu coração batia forte no peito enquanto o medo se abria caminho através dela. Estaria sendo atacada?
Sem perder um segundo, ela pegou o bastão que sempre mantinha perto da porta, apertando-o firme. Se esta era a situação para a qual ela sempre se preparara, então ela não iria cair sem lutar.
Ela abriu a porta com um clique suave e esticou a cabeça para fora, só para encontrar nada além da escuridão. Não havia ninguém à vista, como previra. Mas isso não a impediu de sair e procurar atentamente enquanto seu aperto no bastão só se intensificava, pronta para usá-lo se necessário.
“Quem está aí?” Ela questionou, mas apenas o silêncio respondeu a ela.
De repente, Anastásia ouviu um rangido vindo de dentro de sua casa.
Seu coração afundou. A pessoa estava entrando pela janela.
“Merda!” Ela xingou baixinho enquanto corria de volta para dentro, fazendo questão de trancar a porta para que o intruso não tivesse chance de escapar.
Anastásia esperou ouvir o rangido novamente e ouviu. No entanto, desta vez, era o som de uma janela sendo forçada em seu quarto, o que significava que o intruso já estava dentro.
Sem perder um único momento, Anastásia andou na ponta dos pés até lá e parou quando notou uma sombra se projetando de seu quarto. Seu aperto no bastão se fortalecia ainda mais, e quando a cabeça do intruso apareceu, ela golpeou o bastão contra a cabeça com toda a força que conseguiu e a pessoa desabou no chão, perdendo a consciência quase imediatamente.
Anastásia ajoelhou-se para verificar o rosto do intruso e congelou quando viu o rosto.
“Xavier!!” Ela gritou, tentando levantá-lo.
Horas depois,
Xavier abriu os olhos e olhou ao redor do quarto familiar antes de se lembrar do que aconteceu antes de desmaiar.
Ele tentou se levantar, mas sua cabeça estava muito pesada.
“Você deveria se abster de levantar. Eu coloquei uma toalha fria na sua cabeça para parar o sangramento,” ele ouviu uma voz vindo da porta.
Anastásia entrou, vestida com roupas casuais consistindo de jeans simples e uma blusa. Ela segurava uma sacola branca em sua mão e tinha uma cruz verde estampada na frente.
“Você foi à farmácia?” Ele perguntou.
“Já não tinha mais medicamentos na minha caixa de primeiros socorros então eu fui comprar,” ela respondeu, sentando-se na cama. A cabeça de Anastásia estava baixa, olhando para o chão, mas ela podia sentir o olhar de Xavier nela o tempo todo. “Por que você entrou pela janela?” Ela perguntou.
“Você não veio atender a porta mesmo depois que eu já tinha tocado a campainha,” ele se defendeu imediatamente. “Olhe para mim,” ele insistiu, sua mão alcançando para tocar o rosto dela.
Anastásia fixou o olhar nele, sua raiva ainda ardia como um fogo não contido. “Você percebe que se eu não tivesse olhado o seu rosto antes de te bater de novo, você já estaria morto agora?!” Sua voz vacilou um pouco, mas ela se forçou a ficar composta.
Ela respirou fundo, seus punhos tremendo. “Você poderia ter me ligado. Você poderia ter me dito que estava vindo. Mas em vez disso, você só aparece a essa hora?! Se você estava tão desesperado para saber o que o médico revelaria, eu já te disse—eu teria te informado sobre tudo!”
Anastásia continuou a falar sem parar, mas pausou quando viu Xavier olhando para ela com os olhos sorridentes.
O ar parecia diferente e havia algo diferente no modo como ele a olhava. Algo lhe dizia que ele já sabia…
“Por que você está me machucando?” Ele de repente perguntou, pegando-a de surpresa. “Eu entendo que você deve ter passado por muito, mas você poderia ter voltado para mim.”
“Eu não entendo do que você está falando,” Anastásia respondeu imediatamente enquanto se levantava da cama e dava alguns passos para trás. Mas Xavier não deixou ela escapar.
Ele desceu da cama e agarrou sua mão, puxando-a para ele.
“Eu sei que você é minha esposa,” ele declarou. “Você é Anastásia Wallace, minha esposa, então pode parar com esse teatro porque eu não estou caindo nisso.”
Embora os instintos de Anastásia já lhe dissessem que ele sabia, ela ainda não conseguia deixar de ficar perplexa.
“Eu não sei do que você está falando,” ela disse, tentando arrancar seu pulso do aperto dele mas ele segurou-a firmemente, embora não forte o suficiente para machucá-la.
Xavier alcançou o bolso com a outra mão e tirou uma folha de papel.
“Este é o teste de DNA que fiz com seus fios de cabelo e os de Tracie e tem 99,9% de correspondência!” Ele mostrou a ela o papel.
“Xavier…” Anastásia conseguiu murmurar enquanto as lágrimas começavam a se acumular em seus olhos.
“Por que você não voltou para mim, Ana? Por que você ficou aqui? Por que você mudou seu rosto e seu nome? Você sabe o quanto eu estava preocupado com você? Por que você não entrou em contato comigo?” Ele perguntou, com a dor evidente em seu tom.
“Isso é porque eu não me lembro de você!”