Meu Marido Acidental é Meu Parceiro de Vingança - Capítulo 341
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341: Mais Enigmas para Resolver 341: Mais Enigmas para Resolver — Eu não vou a lugar nenhum com você — declarou Fiona. — E não vou falar com você sobre nada.
Tracie soltou um risinho. — Foi você que matou Arabella Santos e jogou a culpa em Xavier Wallace?
Fiona ficou paralisada de choque com as palavras que saíram da boca de Tracie. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. A acusação atingiu Fiona com força no peito enquanto ela encarava Tracie.
Já se passaram muitos anos e ela pensou que não seria questionada por ninguém sobre a morte repentina de Arabella. Mas ela estava errada.
A mente de Fiona foi invadida por possibilidades. Possibilidades de que estivessem atrás dela para se livrarem dela. Suas mãos estavam suadas, seus olhos corriam de um lado para o outro, tentando encontrar palavras que não a colocassem ainda mais sob suspeita.
— Eu, matar alguém? Isso é um crime muito grave e suponho que você saiba disso! — Embora Fiona tentasse agir com firmeza diante de Tracie, ela ainda estremeceu de medo, o que não passou despercebido por Tracie. — Eu respeito a família de onde você vem, mas não vou tolerar quando você me acusa de tal coisa.
Tracie murmurou em compreensão.
— Então, deixa eu adivinhar. Você a matou — ou melhor — você pediu para alguém fazer isso porque estava com ciúmes de Arabella. Afinal, ela estava namorando o rapaz por quem você era apaixonada naquela época, então você tinha todos os motivos para matá-la, estou certa?
— Chega! — Fiona estalou, a exasperação evidente em seu tom. — Isso já está passando dos limites, Srta. Clark. Eu respeito sua família, mas não vou ficar aqui e permitir que você me acuse de algo que eu não fiz.
Fiona tinha elevado um pouco a voz, e seus seguranças conseguiram ouvir seu desconforto e vieram correndo.
— Eu não matei ninguém — ela repetiu, enquanto os olhos de Tracie se estreitavam nela, deixando claro que ela não acreditava em uma única palavra que saía dos lábios de Fiona. — Então, por favor, me deixe em paz. Com isso, Fiona se afastou com seus seguranças até o carro deles e partiram acelerando.
Tracie soltou um longo suspiro enquanto clicava a língua em irritação.
Pelo jeito que as coisas aconteceram, era óbvio que Fiona iria se manter em guarda a partir de agora, e Tracie estava feliz que isso fosse acontecer.
Ela adorava invadir lugares e mal podia esperar para ver o que Fiona poderia estar escondendo.
Se acabou que Fiona não foi quem matou Arabella, então, sem dúvida, ela sabia de algo — algo que ela havia guardado dentro de si por mais de duas décadas e se recusou a contar a alguém.
— Isso vai levar um tempo agora — pensou Tracie em voz alta, colocando mais um chiclete na boca antes de pegar seu telefone do bolso.
Ela discou o número e depois de alguns toques, a outra pessoa imediatamente atendeu a ligação.
— Eu posso te dizer uma coisa com certeza, ela está em alerta máximo — informou ela.
Ezequiel beliscou a pele entre as sobrancelhas.
— O que você fez? — Perguntou ele, já tendo uma ideia dos movimentos passados dela.
— Eu fui até ela e a perguntei por que matou Arabella e então colocou a culpa em Xavier. O que mais eu deveria fazer? — Tracie quase estalou, mas conteve seu tom.
— Por causa do que você fez, ela vai começar a se proteger e ficar atenta. Ela pode até informar o pai dela. Lembre-se, o pai dela já foi comandante-chefe no seu tempo e não gostaríamos de começar nenhum problema.
— E daí se começarmos? Se ele decidir enviar todo o seu exército contra nós, ainda assim podemos derrotá-los — respondeu Tracie displicentemente, claramente não se importando com o que fizera.
Ezequiel suspirou sem descanso. Nada que ele dissesse a faria pensar duas vezes antes de fazer algum movimento drástico, isso era certo.
Tracie gostava de terminar suas tarefas rapidamente, não importava o caminho que tomasse, mais ainda quando a tarefa era importante.
— Tudo bem, mas por favor, não a trate como se ela fosse a verdadeira assassina — ele pressionou, seu tom calmo mas firme. — Ela pode ter sido uma testemunha do que aconteceu naquela noite, algo que mais ninguém sabe. Em vez de pressioná-la, tente persuadir a verdade dela. Seja paciente.
Ele lançou um olhar para Xavier, que estava em silêncio, concentrado em fazer outra leva de café, sua expressão indecifrável.
Tracie soltou um bufar antes de responder, “Tá bom!” E então ela desligou. “Eu não ameacei ela,” ela murmurou.
Tracie escolheu segui-los, determinada a manter um olhar atento em Fiona. Ela sabia que Fiona estaria mais cautelosa agora, sempre à espreita dela. Mas Tracie não era do tipo que desistia facilmente. Ela continuaria pressionando até que Fiona revelasse quaisquer segredos que ela estivesse escondendo.
Assim como ela havia suposto, Fiona chegou em casa e os portões se abriram com dois jovens garotos correndo em sua direção.
Um parecia ter nove anos e o mais novo cinco.
Os garotos pularam em Fiona, abraçando-a de perto como se não quisessem soltá-la.
Tracie observou a interação calorosa entre Fiona e seus filhos, sua mente repleta de perguntas. Será que Fiona realmente poderia ter matado Arabella? Não fazia sentido. Fiona, agora com 36 anos, da mesma idade que Xavier e Xander, parecia ter construído uma vida familiar estável.
Se o ciúme a tinha levado a matar Arabella, poderia ter sido para reivindicar Xander para si — assumindo que ele algum dia a amou de volta. Mas isso ainda deixava uma lacuna gritante na história: como enquadrar Xavier serviria ao seu propósito? As peças do quebra-cabeça se recusavam a se encaixar, deixando Tracie com mais dúvidas do que respostas.
Tracie lembrou das palavras de Ezequiel. Fiona poderia ter sido uma testemunha naquela noite. Ela testemunhou o que tinha acontecido e decidiu fugir para que os verdadeiros assassinos de Arabella não a procurassem.
Embora Fiona fosse de uma família poderosa, seria inevitável escapar de um assassinato bem planejado pelos inimigos desconhecidos.
Então, sem mais dúvidas, Fiona deve ter testemunhado algo que a levou a fugir por sua vida.