Meu Genro Doutor, Clarence - Capítulo 29

29: Irmão? Você me dá nojo! 29: Irmão? Você me dá nojo! A atmosfera dentro da Ferrari tornou-se mais íntima.

Não foi até que os semáforos ficaram verdes e o carro atrás buzinou que Clarence levou um susto.

“Ahem ahem! Cecília…” gritou Clarence.

“Oh.”

Cecília respondeu, ainda agarrada em Clarence.

“Ahem… o sinal está verde agora. Não posso dirigir com você assim. Tem gente atrás de nós.” Clarence tossiu seco.

Cecília riu e um tanto quanto relutante soltou Clarence. “Não esperava que você fosse tão firme apesar da sua altura.”

O rosto de Clarence imediatamente ficou vermelho. Ele não era muito alto, apenas cerca de 1,75m.

“Ei, está com vergonha? Você é casado. Não tem nada de que se envergonhar.” Cecília sorriu enquanto olhava para Clarence.

Clarence acelerou e a Ferrari continuou sua jornada. “Cecília… Miranda e eu podemos ser casados, mas na verdade não consumamos nosso casamento.”

“Hã?”

Cecília olhou para Clarence surpresa. “Qual é o problema? Sua esposa não deixa você fazer isso?”

“Não é isso.”

Clarence riu amargamente e explicou, “Eu salvei o avô de Miranda por acidente há três anos.

“No início, eu não sabia quem ele era e só estava visitando-o no hospital para me certificar de que estava bem.

“O Velho Mestre provavelmente pensou que eu era uma pessoa boa.

“Uma semana antes de morrer, ele fez eu e Miranda obtermos uma licença de casamento.

“Miranda e eu sequer tivemos um casamento. Somos casados só no papel.

“Eu sou praticamente como uma empregada aos olhos dela.”

Com Cecília ouvindo, Clarence expressou seu descontentamento com seu casamento.

Cecília olhou para Clarence com simpatia. “Entendi. Não é à toa que sua esposa parecia tão mal-humorada quando eu a vi depois do acidente de carro ontem.”

“Cecília, eu não quero que você fale assim da Miranda.” Clarence franziu a testa.

“Qual é o problema? É a verdade, e você não me deixa falar sobre isso.

“Mesmo que você seja só marido dela no papel, não é necessário que ela te trate dessa maneira.” Cecília olhou firmemente para Clarence, afirmando os fatos.

“Se você quer saber, vocês dois bem que poderiam se divorciar.

“Venha morar comigo. Eu cuidarei de você!”

Como se estivesse falando logicamente, Cecília estendeu a mão de novo e bateu no ombro de Clarence.

Clarence sentiu outro choque elétrico e temporariamente perdeu o controle do volante. A traseira da Ferrari fez uma curva violenta, e o motorista atrás xingou Clarence.

“Cecília, para de me tocar. Estou dirigindo.” Clarence estabilizou o carro um tanto quanto desajeitadamente.

“Hehe, deixa pra lá. Vou parar de te provocar. Se algum dia você quiser se divorciar, é só me ligar.

“Com suas habilidades médicas, eu posso investir em você e abrir uma clínica para você ganhar a vida. Por que ficar sofrendo com a família Murphy?”

Cecília parou de provocar Clarence e sentou-se seriamente no banco do passageiro. No entanto, Clarence ainda estava distraído por aquelas belas pernas.

De repente…

O telefone de Clarence tocou.

“Alô, querida?”

“Você está em casa?” perguntou Miranda.

“Maninho, sua esposa ligou de novo? Ela está te checando?” perguntou Cecília.

Clarence hesitou enquanto respondia a Miranda. “Não, por quê?”

“Por que ouvi a voz de uma mulher?” A voz de Miranda estava fria.

“É a mulher de ontem. Ela disse que queria me agradecer, então me pediu para sair hoje,” explicou Clarence, para que Miranda não entendesse mal sua relação com Cecília.

Miranda ficou em silêncio por alguns segundos do outro lado da linha. “Chega!

“Se você não tem nada para fazer, venha e me espere lá embaixo.

“Vamos passar para buscar os Mãe e Pai assim que eu sair do trabalho.

“Nós temos convidados, então Mãe e Pai nos pediram para ir jantar em casa.”

“Tá bom, Miranda. Você…” Clarence queria conversar mais.

Miranda desligou na cara dele.

Clarence riu sem graça.

Cecília disse com desprezo, “Uma mulher dessas!?

“Maninho, você devia deixá-la o quanto antes.

“É como se o mundo inteiro devesse algo a ela.”

“Cecília, para.” Clarence balançou a cabeça.

“Deixa pra lá. Você não vai me ouvir. Vai buscar sua esposa?

“Me deixa num cruzamento e segue sem mim. Não quero ver ela.” Cecília revirou os olhos.

Clarence encontrou um cruzamento para deixar Cecília. Em seguida, dirigiu a Ferrari até o prédio da empresa de Miranda.

Demorou quase uma hora até Miranda descer.

“Clarence, onde você está? Não pedi para você esperar lá embaixo? Onde você está?” Miranda ligou para o celular de Clarence, pronta para repreendê-lo.

“Querida, estou aqui.”

Clarence saiu da Ferrari, que não estava estacionada muito longe.

“De onde você tirou esse carro?” Miranda olhou para Clarence com uma expressão confusa no rosto. Lembrando-se da voz da mulher no telefone, ela percebeu imediatamente. “Isso é da Cecília de ontem?”

“Sim, a Cecília disse que eu salvei a vida dela, então ela me deu esse carro.” Clarence sorriu e assentiu. “Querida, agora posso te levar ao trabalho e trazer você para casa com esse carro novo.”

Miranda deu um risinho sarcástico. “Eu conheço esse modelo de Ferrari, Clarence.

“Vale quase dez milhões. A Cecília realmente te daria assim, à toa?

“Tem algo mais acontecendo entre vocês dois?”

O rosto bonito de Miranda estava frio. Ela apenas encarou Clarence, parecendo desconfiada.

Clarence ficou um pouco desconfortável. “Bem, a Cecília quer que eu seja o irmão novo dela.

“Eu também curei a doença dela, então ela me deu o carro para me agradecer por isso também.”

“Irmão? Haha!

“Clarence, você me enoja.” Miranda explodiu.