412: FEITO DE BOBO 412: FEITO DE BOBO “Você é tão perversa! Como pôde? Você matou duas pessoas pelos seus objetivos egoístas!” Erika gritou, cerrando suas mãos fortemente, cravando as unhas em sua pele.

“Não, não, não, não pelos meus objetivos egoístas, Erika. Eles sacrificaram suas vidas para que eu pudesse fugir. Não complique as coisas,” disse Felicia, tentando justificar suas ações.

De repente, Erika avançou em Felicia, mas esta foi rápida o suficiente para apontar a arma para ela.

“Se eu fosse você, teria cuidado. Não pense que eu não vou puxar o gatilho, te matar e te jogar neste rio para os crocodilos se banquetear com o seu corpo,” Felicia ameaçou, e Erika parou seus passos.

‘Eu tenho que controlar minhas emoções antes que eu perca a cabeça,’ Erika disse para si mesma.

“Você sabe, quando eu vim para cá, eu queria ver se havia algum tipo de humanidade em você, mas parece que eu estava errada. Você não é mais um ser humano, Felicia. Você é uma besta, um animal!”

“Eu adoro isso. Mas se você olhar por outro ângulo, tudo isso deveria acontecer, Erika. Desde o primeiro dia em que você se casou com o Adrian. Mas você não parou por aí, foi atrás do Ethan Anderson! Você sempre vai atrás das pessoas que eu amo, e acha que eu vou deixar você em paz?!” Felicia questionou Erika através de dentes cerrados.

“Do que você está falando?”

“Você não entende?! Você nunca foi feita para viver uma vida pacífica. Você deveria lamber meu pé e beber a água porque é aí que você pertence, Erika. E por sua causa, eu já fui presa duas vezes. Eu perdi minha família, e todos te amavam!”

Erika só conseguia encarar Felicia, seu sangue fervendo em raiva, mas ela sabia que Felicia também estava com raiva, mas por razões diferentes.

“Ambas sabemos que você está errada, Felicia. Você perdeu a todos porque foi egoísta e cega. Queria tudo só para si. Você me subestimou, mas por causa das suas ações, você perdeu as pessoas que disse amar,” Erika disse, dando um passo em direção a Felicia enquanto o aperto desta na arma se intensificava.

“Eu queria te fazer pagar pelo que você fez comigo, Felicia. Foi por isso que eu tomei minha vingança em ambas as suas famílias. Você colhe o que planta.”

“Cala a boca!” Felicia gritou, claramente incomodada com Erika a lembrando das coisas do passado, especialmente porque ela queria culpar Erika por tudo. “É melhor você não se aproximar mais de mim, ou eu vou explodir seus cérebros,” ela ameaçou, mas infelizmente para ela, Erika não parecia afetada pela ameaça.

“Agora você está completamente sozinha. Era isso que você queria? Sem marido, sem criança, sem família, uma criminosa foragida, sem propriedade sua.”

“Cala a boca!” Felicia repetiu.

Erika parou seus passos antes de inclinar sua cabeça em pena.

“Você parece solitária, e a única maneira de você querer combater essa solidão é me matando, não é mesmo? Você está com raiva porque perdeu nesta guerra?” Erika perguntou, sua voz tão suave quanto o pôr do sol que brilhava em seu rosto. “É uma pena que eu não vou ter piedade de você.”

Com isso, Erika deu um chute no estômago de Felicia antes desta poder prever seu movimento.

Felicia caiu no chão, segurando seu estômago apertado de dor enquanto a arma voava de suas mãos.

Antes que Erika pudesse dar outro chute, Felicia desviou e empurrou Erika para longe.

“Você acha que pode me derrotar, Erika?” Felicia questionou.

Erika avançou novamente em Felicia, e logo as duas se envolveram em uma briga feroz, com Erika dando a maioria dos socos enquanto Felicia tentava desviar deles com todas as suas forças.

Erika socou Felicia no rosto, e esta caiu no chão.

Felicia sentiu sua mão tocar um objeto, e imediatamente o agarrar, escondendo-o atrás de suas costas. Seus lábios estavam machucados, e ela não conseguia enxergar direito com o olho esquerdo. Erika tinha a espancado completamente.

“Você é tão patética, sabia disso?” ela perguntou a Erika, o que pegou esta de surpresa. “Eu estava pensando em matar seus filhos primeiro, mas depois decidi vir atrás de você. Aliás, depois que você estiver morta, seus filhos estarão praticamente mortos também, não é?” Ela sorriu.

Erika cerrou os dentes e avançou em Felicia, mas antes que ela pudesse atingir Felicia novamente, esta já tinha atirado.

“Você acha que é tão esperta, não é? Ameaçar-me assim.”

Felicia levantou-se do chão e encarou Erika, cujos olhos estavam arregalados enquanto ela agarrava seu estômago.

“Quando eu disse pelo telefone ontem que íamos acabar com isso, eu pretendia acabar com você, Erika,” Felicia disse, apontando a arma para Erika. “Algumas últimas palavras, Erika?”

Erika olhou para cima em direção a Felicia, que estava pronta para puxar o gatilho novamente.

“Sabe de uma coisa que levou à sua derrota? Você comemora cedo demais.”

Felicia franziu a testa, imaginando por que Erika diria isso. Ela olhou para o estômago de Erika mas não conseguia encontrar manchas de sangue.

‘Como? Eu tinha certeza de que atirei nela. Por que a camisa dela não está manchada de sangue?’ ela se perguntou.

Felicia tentou puxar o gatilho, mas Erika já tinha lido seus pensamentos e desviou a arma de sua direção, apontando para outro lugar bem na hora antes de Felicia puxar o gatilho.

Torcendo o braço de Felicia em um ângulo estranho, Erika a cotovelou no peito, agarrou a arma de sua mão, e apontou para ela em vez disso.

Felicia tossiu sangue de sua boca enquanto segurava seu peito.

Algo rastejando do canto do rio atrás de Felicia chamou a atenção de Erika.

“Sua vadia nojenta. Por que você não está morta?” Felicia questionou, limpando o sangue de sua boca com o dorso da mão. Seu peito dói devido à cotovelada.

“Você pensou que eu viria encontrar uma criminosa perigosa e psicótica como você sem garantir minha segurança primeiro?” Erika perguntou antes de levantar sua camisa, revelando um colete à prova de balas.