Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 95
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95: Eu não sou o suficiente? 95: Eu não sou o suficiente? Dentro do quarto…
O sorriso de Ava permanecia nos cantos dos lábios, mas parecia forçado. Ela respirou fundo para se acalmar, lançando um olhar para as lindas flores que Nicholas trouxera.
“O buquê é lindo”, disse ela baixinho, mudando a conversa para aliviar a tensão. “É para mim ou… para a garota dos seus sonhos?” ela provocou, com um toque de brincadeira na voz.
Um sorriso se abriu no rosto tenso de Nicholas, seus olhos se suavizando. “É para você”, respondeu ele baixinho, entregando-lhe o buquê antes de colocar uma cesta de frutas na mesa de cabeceira. Sua preocupação permaneceu enquanto olhava para ela. “Estou aliviado que você esteja bem. Caso contrário, eu não me perdoaria.” Incapaz de controlar suas emoções, ele estendeu a mão e acariciou o rosto dela.
Ava ficou imóvel, surpresa com o toque dele, e seus olhos se encontraram instantaneamente.
Foi então que a porta se abriu com força, e Dylan entrou. Ele parou de supetão, a cena à sua frente o pegou desprevenido. A mente de Dylan girava; a proximidade entre eles, a maneira como se olhavam parecia tão íntima, como se estivessem profundamente apaixonados.
Raiva e ciúme o atingiram em ondas, enlouquecendo-o. “Ava!” ele gritou enquanto avançava em direção a eles.
O olhar assustado de Ava se voltou para Dylan, seu pulso acelerando. Nicholas rapidamente retirou a mão e se virou para encará-lo, mas antes que pudesse processar o que estava acontecendo, Dylan o agarrou pela gola, seu rosto distorcido pela raiva.
“Como você ousa tocar na minha esposa?” Dylan rosnou. “Eu vou arrancar sua mão.”
“Pare, Dylan!” A voz de Ava cortou a tensão, desesperada mas resoluta. “Se você tocar nele, eu juro que nunca mais falo com você. E pode implorar, que eu não te dou outra chance.”
O aperto de Dylan afrouxou enquanto ele olhava para ela, atônito. “Você está me ameaçando por… ELE.” Seu olhar voltou-se para Nicholas, olhos flamejantes, sem conseguir acreditar que Ava tomaria o lado de Nicholas.
“Solte-o”, ela exigiu.
Com um cenho fechado, Dylan empurrou Nicholas para trás, mal contendo seu ressentimento. “Saia”, ele rosnou, sua voz fria como aço.
Mas Nicholas não queria ir. Ele alisou seu terno amassado e parou desafiadoramente na frente dele. “Estou aqui pela Ava. Você não tem autoridade para me dizer o que devo fazer.”
Os punhos de Dylan se fecharam enquanto ele lutava contra o impulso de atacar, mas a decepção crua nos olhos de Ava o segurou. “Peça para ele ir embora, Ava”, ele exigiu, esperando que ela entendesse sua frustração.
Mas Ava apenas o encarava, com um vislumbre de dor na expressão. Onde ele havia estado todo o tempo que ela precisou dele? E agora ele invadia o local, cheio de possessividade e raiva, tentando controlar novamente a vida dela.
Exausta por seus constantes surtos, Ava falou firmemente, “Ele está aqui por mim. Por que eu pediria para ele ir embora?”
Dylan não esperava essa resposta, o que só alimentou sua ira. “Por que você precisa dele?” ele perguntou amargamente, aproximando-se. “Eu não sou o suficiente?”
“Você deveria tratá-la com cuidado”, Nicholas interveio. “Ela ainda está fraca. Você não vê como ela está pálida? Você está aterrorizando ela.”
O olhar de Dylan caiu, vendo o cansaço no rosto de Ava. Seus lábios, que eram naturalmente cor-de-rosa, estavam pálidos como se todo o sangue tivesse saído de seu corpo. Ela também parecia assustada. Por um momento, ele sentiu um aperto de culpa. Seus traços suavizaram, embora sua raiva fervilhasse por baixo, misturada com ciúmes.
“Estou aqui agora para cuidar dela”, disse Dylan, olhando por cima do ombro para Nicholas. “Você deve ir.” Dessa vez, seu tom não estava tão agudo quanto antes. Seus esforços para se controlar eram visíveis. Mas Nicholas não se intimidava.
“Como eu disse, estou aqui pela Ava”, respondeu Nicholas desafiadoramente. “E não vou sair. Não posso confiar em você. Com seu temperamento, você pode machucar ela, e eu não vou deixar que isso aconteça.”
“Você!”
“Chega!” Ava interrompeu antes que Dylan pudesse dizer alguma coisa. Ambos os homens se voltaram para ela, e ela os encarou, um por um. “Parem de discutir. Vocês estão me dando dor de cabeça.”
A preocupação deles superou a rivalidade enquanto corriam para o lado dela.
“Onde está o seu remédio?” Dylan perguntou com urgência. “Por que você não me disse antes? Deixe-me chamar o médico.” Ele alcançou para pressionar o botão de chamada quando notou Nicholas revirando a gaveta ao lado da cama dela.
“O que você pensa que está fazendo?” Dylan exigiu, olhando para ele com raiva.
“Estou procurando os analgésicos dela”, respondeu Nicholas calmamente, imperturbável.
“Você é médico?” A carranca de Dylan se aprofundou.
Ignorando-o, Nicholas retirou um comprimido e o estendeu para Ava. “Aqui. Isso vai ajudar.”
Antes que Ava pudesse pegá-lo, Dylan arrancou o comprimido da mão de Nicholas e o afastou. “O marido dela ainda está aqui. Eu faço isso”, rosnou ele com possessividade.
Dylan praguejava em sua mente, disposto a expulsá-lo do quarto. Mas ele temia que Ava ficasse irritada com ele. Ele teria que suportar essa irritação por enquanto.
Nicholas revirou os olhos, dando um passo para trás, e Dylan gentilmente entregou o comprimido a Ava. “Tome o remédio.” Ele lhe entregou o comprimido e depois lhe serviu um copo de água. Mas Ava jogou fora o comprimido.
“Eu não preciso disso”, ela cuspiu. Seu olhar afiado e o amargor em sua voz cortaram a confiança dele, deixando-o atipicamente sem palavras.
“O remédio não vai me ajudar”, continuou Ava fervorosamente. “Você é o motivo da minha dor de cabeça.”
“O que você quer dizer?” Dylan conseguiu, lutando para manter seu tom estável.
“Você sabe exatamente o que eu quero dizer”, respondeu Ava friamente, encontrando seus olhos sem vacilar. “Antes de você invadir aqui, estava tudo calmo. Mas você— Tudo que você sabe é gritar, independentemente de hora e lugar. Estou cansada de tudo isso. Me deixe em paz. Quero descansar.”
Ela claramente pediu que ele fosse embora. O coração de Dylan afundou, suas palavras tocando fundo. O olhar incisivo de Ava e suas palavras venenosas o feriram. O peso em seu peito era insuportável.
Ele se lembrou da rispidez com que tinha falado com ela no passado, com a intenção de humilhá-la e machucá-la. Naquela época, ele não tinha pensado em quão dolorosas as palavras poderiam ser. Agora, de pé à frente dela com seu próprio coração doendo, ele entendeu pela primeira vez quão profundamente as palavras poderiam ferir.
Ele estava culpado, e ao mesmo tempo, perturbado. Sem dizer uma palavra, ele virou e disparou para fora da porta.