Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 336
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Capítulo 336: Ele é seu irmão.
Elijah não disse nada. Não podia. O peso de seus pecados pressionava-o como uma força esmagadora, seu peito apertando. Ele finalmente entendeu a dor que havia infligido—o sofrimento que havia causado.
“E isso,” Nicholas apontou para os documentos espalhados no chão, “Eu vou tomar as propriedades de você de qualquer maneira. Mas eu não sou tão cruel quanto você. Já que compartilhamos o vínculo de pai e filho, não vou deixar você morrer nas ruas. Vou mandá-lo para o exterior e garantir que você tenha dinheiro suficiente para sobreviver. Mas não espere que eu perdoe Luke.”
Elijah engoliu em seco, seu olhar implorando.
Como se Nicholas lesse sua mente, ele disse, “Não se preocupe. Eu não vou mandar Luke para a prisão. Ele ficará naquela casa segura. Para sempre.”
Elijah sentiu um arrepio subir pela espinha. Ele havia convencido a si mesmo de que Nicholas não sabia onde Luke estava escondido. Ele havia pensado em negociar com Nicholas naquela noite e pedir-lhe perdão.
Suas palavras enviaram um calafrio pela espinha de Elijah. Ele se agarrara à crença de que Nicholas não havia descoberto onde ele havia mantido Luke. Mas ele também havia preparado um plano de contingência.
Seus homens já estavam sob ordens: se esta reunião falhasse, eles deveriam extrair Luke e movê-lo para algum lugar onde Nicholas nunca pudesse encontrá-lo.
No entanto, ao olhar para Nicholas agora—com a confiança inabalável em sua postura, Elijah sentiu seu estômago revirar. Ele percebeu que Nicholas estava um passo à frente dele.
“Não machuque ele,” implorou Elijah. Sua garganta ficou seca, suas palmas úmidas de suor. “Eu farei qualquer coisa que você disser. Apenas… apenas não machuque ele. Ele é seu irmão.”
“Ele nunca me considerou seu irmão,” Nicholas sibilou. “Por que eu deveria? Por que você espera que eu perdoe ele, que tentou me matar?”
Elijah percebeu que não havia como mudar a mente de Nicholas.
Isso era culpa dele. Seu fracasso. As consequências de escolhas que ele fez há tanto tempo finalmente caíram sobre ele, e agora não havia como escapar delas.
“Você algum dia vai me perdoar?” Uma fraca esperança brilhava em seus olhos. “Você algum dia vai me chamar de pai?”
“Eu não tenho pai,” Nicholas respondeu sem hesitação. “E perdão? Isso não é algo que você deveria pedir para mim. Se você quer perdão, peça para minha mãe. Se você pode trazê-la de volta—se você pode fazer ela te perdoar—então talvez eu também perdoe.”
Ele se virou sobre os calcanhares e saiu da casa, deixando Elijah para lidar com sua culpa sozinho.
O humor de Nicholas se tornou azedo, seu coração doía. Seus passos eram lentos, pesados, como se um peso invisível arrastasse atrás dele. A confrontação com Elijah deveria ter sentido como uma vitória. Ele havia vingado sua mãe. Ele havia recuperado tudo o que foi roubado deles. Ele havia vencido.
Mas a dor ainda persistia tão crua como sempre.
Ele chegou ao seu carro e escorregou para o banco do motorista, exalando bruscamente. Suas mãos apertaram o volante por um breve segundo antes de deixar ir, deixando sua cabeça cair contra o encosto do banco. Ele apertou os olhos, mas isso só piorou.
“Por que ainda dói? Por que eu não estou feliz?”
A súbita vibração de seu telefone assustou Nicholas, tirando-o de sua espiral de tristeza. Ele alcançou o bolso e verificou seu telefone, surpreso ao ver o nome de Dylan piscando na tela.
Fazia quase seis meses desde sua cirurgia. Durante todo esse tempo, eles não haviam se falado. Sem chamadas. Sem mensagens. A súbita ligação de Dylan trouxe um pouco de calor para ele, afastando um pouco a dor.
Piscando as lágrimas, ele atendeu a chamada, “Alô?”
“Eu sei que você está de volta,” a voz profunda de Dylan veio. “Por que você não vem jantar conosco? Ava quer te encontrar.”
Suas palavras trouxeram um sorriso para seu rosto. “Ok, eu estarei lá,” ele disse, esfregando uma mão sobre seu rosto, afastando os restos de sua angústia anterior. “Prometa me servir algo bom.”
“Você nunca vai esquecer este jantar pelo resto da sua vida,” Dylan disse enigmaticamente. “Venha logo.”
E assim, a linha caiu.
“Hein?” Nicholas afastou o telefone de seu ouvido, olhando para a tela, atordoado. “O que diabos isso significa?”
Sua mente correu, tentando decifrar as palavras de Dylan. Uma surpresa? Uma brincadeira?
Ele balançou a cabeça, rindo para si mesmo. “Beleza, Dylan. Vamos ver o que você preparou para mim esta noite.”
Ele ligou o motor, indo direto para o lugar de Dylan. Seu coração não estava mais tão pesado.
Vários minutos depois…
Nicholas estacionou em frente à grandiosa Mansão da família Brooks. Ele estava empolgado com a perspectiva de encontrar Ava após tantos dias. Com antecipação em seu coração, ele saiu do carro e endireitou o casaco. Ele caminhou até a entrada e pressionou a campainha.
Alguns minutos depois, a porta abriu-se. A expressão de Nicholas permaneceu neutra no início, mas no momento em que seus olhos pousaram na mulher diante dele, seu corpo todo congelou.
A mulher diante dele sorriu calorosamente, sua expressão aberta e acolhedora. Mas Nicholas não estava olhando para o sorriso dela—ele estava olhando para ela com absoluta surpresa.
Seus olhos, suas características – tudo lembrava Ava. Ela parecia com ela. Nicholas sentiu como se estivesse olhando para uma Ava alguns anos mais jovem.
Uma estranha sensação agitou dentro dele, seu batimento cardíaco falhando por um segundo.
“Você é…” Sua voz desvaneceu-se, sua mente lutando para compreender o que estava vendo.
O sorriso da mulher não vacilou.
“Eu sou Myra,” ela se apresentou. “Você deve ser o convidado que Ava e Dylan mencionaram.” Havia um brilho de expectativa em seus olhos, como se ela tivesse esperado por ele.
Nicholas, no entanto, ainda estava tentando processar tudo.
‘Quem é ela? Por que ela se parece tanto com Ava? Estou alucinando?’
Sua mente correu com perguntas, mas antes de poder expressá-las, Myra graciosamente deu um passo para o lado, indicando que ele entrasse. “Por favor, entre.”
Nicholas hesitou por um momento antes de finalmente cruzar a soleira. Seus olhos instintivamente vasculharam o cômodo, procurando rostos familiares. Mas para sua surpresa, não havia sinal de Ava ou Dylan.
“Onde está todo mundo?” Ele se virou para Myra, confusão tremeluzindo em seu olhar.
Dylan claramente o havia convidado para jantar—então onde diabos ele estava? Que tipo de jogo ele estava jogando?
“Ah, eles foram comprar alguns sorvetes,” Myra respondeu casualmente. “Eles voltarão em breve. Por que você não se senta?”
Nicholas estava atordoado.
Havia algo nela. O calor em sua voz, o brilho em seus olhos, a forma como ela se movia—tudo parecia desconfortavelmente familiar. Sua mente sabia que não era Ava, mas seu coração agitava.
Ele sentia-se atraído por ela como se uma força invisível o puxasse em direção a ela. Ao afundar no sofá, ele tentou ignorar a atração, forçando-se a olhar para qualquer lugar menos para ela. No entanto, seus olhos ainda se desviavam para ela, estudando-a silenciosamente.
A maneira como ela sorria e a maneira como puxava uma mecha de cabelo solta atrás da orelha – fazia parecer tanto graciosa quanto irresistivelmente vibrante, e ele se viu olhando para ela novamente.
“Tome um pouco de água.” Sua voz fez ele sair do transe.
Ela segurava um copo de água para ele.
Os dedos de Nicholas roçaram nos dela ao pegar o copo. Um choque percorreu seu braço. Uma estranha, desconhecida sensação espalhou-se em seu peito.
Rapidamente, ele desviou e tomou um longo gole, esperando que a água fria afogasse o sentimento indesejado. Ele continuou bebendo, não parando até que o copo estivesse vazio.