Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 335
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Capítulo 335: O confronto (Parte – 2)
Os ombros de Elijah caíram, sua cabeça baixando sob o peso de sua culpa. “Eu te magoei ao longo dos anos. Eu sinto muito.”
“Sinto muito?” Nicholas estreitou os olhos para ele. “Você acha que um simples ‘sinto muito’ basta para compensar anos de negligência? Por me deixar sofrer? Por encobrir os crimes de Luke?”
Sua expressão endureceu. “Eu te conheço bem, Elijah Baker. Você não está arrependido. Você não sente culpa—você sente medo. Sua desculpa é uma tentativa patética de me fazer perdoar seu filho criminoso.”
“Não,” Elijah balançou a cabeça desesperadamente. “Eu verdadeiramente sinto muito pelo que fiz. Sim, sou egoísta.”
Ele engoliu seco antes de continuar, “Luke é impulsivo. Ele cometeu erros tolos. Eu o puni.” Ele fez uma pausa, seus olhos suplicantes. “Mas você pode perdoá-lo? Eu juro, ele não vai te incomodar novamente. Só… não o machuque. Isso é tudo o que peço.”
‘Então era isso,’ Nicholas meditou amargamente.
Agora fazia sentido—por que Elijah insistiu em encontrá-lo, por que ele encenou essa demonstração patética de remorso. “Você quis me ver para implorar que eu perdoasse o homem que tentou me matar? O que você acha que eu sou? Um idiota?”
Ele lhe lançou um olhar doloroso. Este era certamente seu pai biológico, mas ele sempre foi tendencioso, sempre tomando o lado de Luke.
“Eu admito que Luke estava errado,” Elijah falou novamente. “E sim, ele deveria ser punido por suas ações. Se eu soubesse o que ele estava planejando, eu o teria impedido.”
Ele estendeu a mão e segurou suas mãos. “Eu me arrependo de não ter verificado isso antes. Mas… Você sobreviveu. E por isso, estou aliviado.”
Seu aperto em sua mão se apertou enquanto seu olhar se tornava suplicante. “Você é gentil e sensível. Você pode deixá-lo ir? Estou implorando para você? Isso não é suficiente.”
“Eu farei qualquer coisa que você quiser,” declarou Elijah. “Eu te darei minhas ações. Esta mansão, a propriedade—diga o que quiser e será seu. Apenas perdoe Luke. Não aja legalmente contra ele.”
Nicholas bufou, olhando para o lado com desgosto.
Elijah pegou uma pasta da mesa e a estendeu para ele. “Dê uma olhada. A mansão já foi transferida para o seu nome. Eu pedi ao meu advogado que redigisse um novo testamento. Eu também te darei minhas ações. Se você quiser, eu te darei metade das propriedades dos Bakers.”
Em vez de pegar a pasta, Nicholas a empurrou. Os documentos caíram no chão, papéis espalhando-se pelo carpete.
“Você acha que isso vai comprar meu perdão?” Ele zombou. “Eu não preciso da sua mansão. Não preciso das suas ações. E certamente não preciso dos seus subornos. Luke pagará pelo que fez.”
“Por favor, Nicholas,” Elijah caiu de joelhos e agarrou sua mão. “Eu estou implorando para você.”
Nicholas instintivamente enrijeceu, cada músculo do seu corpo se apertando enquanto olhava para o homem se humilhando na sua frente. Seu coração se retorceu dolorosamente enquanto lembrava algumas cenas perturbadoras do passado. Sua mãe também implorou para ele assim.
Ele ainda podia ver, ainda podia ouvir suas súplicas. Mas Elijah impiedosamente a chutou e a deixou como se ela não fosse mais do que sujeira sob seus pés.
Agora, o destino tinha girado a roda e trazido Elijah de joelhos.
“Minha mãe também te implorou, lembra?” Nicholas resmungou. Seus dedos se libertaram do aperto de Elijah. “Quando ela foi diagnosticada com câncer, ela te implorou para me manter com você, para me deixar ficar. Mas o que você fez?”
O rosto de Elijah perdeu a cor quando ele se lembrou do passado. Pela primeira vez em anos, as memórias que ele havia enterrado fundo ressurgiram com uma clareza brutal.
A mãe de Nicholas tinha implorado para ele. Mas ele deu as costas para ela, para eles, sem sequer pensar duas vezes. Agora, enquanto ele se ajoelhava no chão duro, aquela mesma sensação de impotência piscou em seus olhos.
Ele finalmente entendeu como era ser descartado. Ele afundou ainda mais no chão, culpa e arrependimento misturando-se em seu rosto.
“Ela não queria nada para si,” disse Nicholas, seu tom tornando-se mais frio. “Tudo o que ela queria era garantir o futuro do filho dela. Só isso. Mas você impiedosamente a jogou fora. Você a deixou na rua para se virar sozinha.”
Seu interior queimava de raiva e agonia enquanto ele lembrava da dor que sua mãe tinha passado.
“Você a destruiu,” Nicholas afirmou entre os dentes. “Você a engravidou, usou-a, e depois a deixou para se casar com alguém rico.”
Elijah permaneceu imóvel, cabeça baixa. Ele não conseguia olhar para Nicholas. “As coisas são complicadas no mundo corporativo,” ele murmurou. “Às vezes… você tem que tomar decisões não para você, mas para a empresa.”
Ele finalmente levantou os olhos, culpa e arrependimento lutando dentro deles. “Não é que eu não amasse sua mãe,” ele confessou, sua voz mal acima de um sussurro. “Eu a amava. Eu realmente amava. Mas eu não podia me casar com ela. Meu casamento com a mãe de Luke foi um acordo de negócios. Eu tive que tomar essa decisão pelo futuro da empresa.”
Nicholas bufou de forma desdenhosa, sentindo ainda mais amargura em seu coração.
“Naquela época, a empresa não era estável,” Elijah continuou. “Os Brooks nos atacaram, causando enormes perdas financeiras. Se eu não tivesse me casado com a mãe de Luke, a empresa teria falido. Eu não tinha escolha.”
“Sério?” Nicholas curvou os lábios em um sorriso feio. “Você acha que eu me importo com quem você se casou? Você acha que eu quero ouvir suas justificativas? Eu não me importo por que você abandonou minha mãe. Eu não me importo com as razões que você tinha.”
Elijah estremeceu com a raiva crua em seu tom, mas Nicholas não parou.
“Minha mãe nunca tentou voltar para você. No momento em que você a deixou, ela te deixou ir. Ela nunca pediu um lugar na sua nova vida. Ela nunca te implorou para assumir responsabilidade por ela. No momento em que você a deixou, ela te deixou ir. Ela não pediu nem um centavo quando estava morrendo.”
Seus punhos se cerraram. “Tudo o que ela queria era que você me reconhecesse. Esse foi o último desejo dela. Mas você não podia nem dar isso a ela.”
Sua voz falhou, impregnada com a agonia de uma criança que foi descartada e esquecida. “Ela morreu com dor. O último arrependimento dela foi que ela não pôde me dar um futuro melhor. E a partir daquele momento, eu jurei que daria justiça a ela, que faria você pagar pelo sofrimento dela.”
Seus olhos ficaram vidrados de lágrimas não derramadas. “E agora, depois de todos esses anos, você acha que eu vou simplesmente te perdoar?”