Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 332
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Capítulo 332: Chocado e abalado
Ava esperava impacientemente por uma ligação ou mensagem de Dylan, mas seu telefone permanecia silencioso o tempo todo. Seus dedos mexiam na barra da blusa, seu olhar se movia para a porta de tempos em tempos. Ela esperava que a porta se abrisse, e Dylan entrasse, com seu pai seguro ao lado dele.
Mas não havia movimento.
“Por que eles estão demorando tanto?” ela murmurou. “Será que algo deu errado?” O pensamento enviou um calafrio em sua espinha.
Martha se aproximou, segurando um copo de suco recém espremido. “Senhora, por favor, tome um pouco de suco. Você não deveria se estressar assim.”
Ava mal lhe deu um olhar, acenando com a mão de forma displicente. “Eu não quero, Martha. Por favor, apenas leve embora.”
Mas Martha não se moveu. “Senhora, você está grávida. O estresse não é bom para você ou para o bebê. O Senhor me repreenderia se algo acontecesse com qualquer um de vocês.”
Ela colocou o copo na mesa de centro. “Por favor, beba isso e acalme-se um pouco. Tudo ficará bem.”
Ava suspirou, os ombros caindo em derrota. Seu olhar caiu para o copo. Ela não queria beber ou comer nada. “Eu vou beber. Me deixe um pouco sozinha.”
Martha assentiu e recuou silenciosamente.
Ava pegou seu telefone e discou o número de Dylan, mas a ligação não foi atendida, assim como antes. Frustrada, ela desabou no sofá e jogou o telefone de lado.
“Por que ele não atende meu telefone?” ela murmurou.
O rangido da porta da frente se abrindo quebrou o silêncio tenso na sala de estar. A cabeça de Ava se levantou, seu coração saltando na garganta.
Uma onda de alívio a atingiu ao ver Dylan entrando com seu pai.
Lágrimas encheram seus olhos enquanto ela corria até eles. “Papa.” Ela se jogou nos braços de seu pai, soluçando incontrolavelmente. “Eu estava tão assustada,” ela disse entre respirações ofegantes. “Quando vi aquelas fotografias—amarrado a uma cadeira, amordaçado, vendado—eu pensei… Eu pensei que nunca mais te veria.”
Thomas a segurou perto, sua mão acariciando seu cabelo em movimentos reconfortantes. “Estou bem. Dylan e sua equipe me salvaram. Eles me tiraram de lá antes que fosse tarde demais.”
Ava sorriu em meio às lágrimas ao se afastar e virar sua atenção para Dylan, que estava calmo em sua cadeira de rodas.
“Muito obrigada,” ela murmurou. “Eu nem sei como expressar minha gratidão. Você salvou meu pai. Isso significa tudo para mim.”
“Me agradecendo?” Dylan murmurou, quase ofendido. “Você está tentando me fazer sentir como um estranho? Thomas é família. Claro que eu o protegeria. Não fiz isso por agradecimento.”
“Eu sei,” ela murmurou, agachando-se ao lado dele e apertando sua mão. “Mas eu não consigo evitar. O medo de perder o Papa era insuportável. Cada momento parecia uma eternidade. Eu me desmoronei milhares de vezes, imaginando o pior. Mas você o trouxe de volta para mim, são e salvo. Como eu poderia não te agradecer por isso?”
O olhar de Dylan suavizou, a mágoa desaparecendo em um afeto silencioso. Ele levantou a mão, passando o polegar sobre os nós dos dedos dela. “Ele está cansado. Leve-o para o quarto de hóspedes.”
Ava assentiu e levou seu pai para o quarto de hóspedes. Uma vez lá dentro, ela se virou para Thomas, com o rosto carregado de preocupação.
“Você está bem, Papa?”
Thomas suspirou e desabou na beirada da cama, o cansaço evidente em seu rosto. As cenas aterrorizantes passaram em sua mente, fazendo-o estremecer.
“Lydia se matou,” ele murmurou. “Ela queria me levar com ela. Se não fosse pelos homens de Dylan…” Ele parou de falar.
Ava pressionou os dedos contra os lábios, chocada.
“Eu vi a determinação nos olhos dela.” O olhar de Thomas permaneceu distante. “Não houve hesitação, nenhum medo quando ela incendiou. Era como se… ela já tivesse aceitado seu destino.”
Ava se aproximou, afundando na cama ao lado dele. Gentilmente, ela colocou a mão sobre o punho cerrado dele em seu joelho.
“Ela não se arrependeu,” Thomas murmurou. “Mesmo em seus últimos momentos, ela me culpou. Ela disse que sua vida desmoronou porque eu a rejeitei. Que se eu tivesse me casado com ela, ela não teria sofrido. Que tudo—sua dor, seu casamento destruído, a morte de seu irmão—era minha culpa.”
Ava podia ver que seu pai ainda estava em choque, abalado pelo incidente. “Papa… O que aconteceu foi trágico, mas você não pode deixar que as ilusões de Lydia te destruam. Ela estava perdida em sua própria amargura. Sim, ela sofreu—seu casamento, suas lutas, suas perdas—eles foram reais. Mas isso não justifica suas ações. E certamente não significa que a culpa era sua.”
Ava apertou a mão dele, trazendo-o de volta à realidade. “Ela fez suas escolhas. E quando sua vida não saiu do jeito que ela queria, ela procurou alguém para culpar. Você simplesmente foi o alvo mais fácil. Mas você não arruinou a vida dela, Papa. Você simplesmente não a amou do jeito que ela queria. Isso não é um crime.”
Ela esboçou um sorriso no rosto, tentando aliviar o ar pesado. “O que importa agora é que você sobreviveu. O assassino dos pais de Dylan se foi. A paz finalmente voltou para nossa família. É nisso que você deve focar.”
Ela se levantou. “Vá se refrescar. Vou pegar algumas roupas limpas para você.”
Ela saiu do quarto. Sozinho, Thomas suspirou profundamente. Ele queria esquecer—empurrar os horrores para fora de sua mente. Mas as imagens permaneceram. Ele balançou a cabeça, tentando clarear sua mente.
“Preciso tomar um banho.” Ele correu para o banheiro.
Depois de colocar as roupas limpas cuidadosamente na cama, Ava saiu silenciosamente do quarto de hóspedes e foi para o quarto principal. Ela encontrou Dylan perto da janela.
Um sorriso surgiu nos lábios de Ava enquanto ela caminhava em direção a ele. Dylan sentiu sua presença e se virou, sua expressão suavizando no momento em que seus olhos se encontraram.
“Você finalmente tem tempo para mim,” ele disse de maneira brincalhona, mas fez beicinho, como se fingindo decepção. “Desde que seu pai está aqui, você me esqueceu completamente.”
“Como eu poderia esquecer meu adorável marido?” ela riu, abaixando-se para ficar de cócoras na frente dele. “Meu coração está completamente ocupado por você, Dylan. Não importa onde eu vá ou o que eu esteja fazendo, você está sempre comigo. Você nunca sai do meu coração—nem por um segundo.”
No momento seguinte, o sorriso de Ava diminuiu, e a preocupação voltou aos seus olhos. “O incidente realmente o abalou. Eu só espero que ele possa esquecer isso logo e seguir em frente.”
Dylan entrelaçou seus dedos com os dela. “Ele vai. Tudo o que precisamos fazer é ficar ao lado dele, mantê-lo cercado de amor e felicidade.”
Ava olhou em seus olhos cheia de esperança. “Ele pode ficar conosco aqui?” ela perguntou cautelosamente. “Até ele ficar estável.”
“Seu pai é como um pai para mim. Ele pode ficar aqui o tempo que quiser.”
O rosto de Ava se iluminou instantaneamente, seu sorriso se estendendo de orelha a orelha. “Obrigada,” ela sussurrou.
“Ainda me agradecendo?” A mão dele subiu, beliscando o queixo dela de forma brincalhona. “Parece que alguém precisa ser punida.” Ele inclinou o rosto dela para cima e a beijou de maneira faminta e possessiva.
Ava sorriu contra os lábios dele, seu coração vibrando em seu peito. “Se a punição é tão doce, aceitarei de bom grado.” Ela retribuiu o beijo com igual paixão, as preocupações do dia momentaneamente esquecidas no calor de seu abraço.