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Capítulo 323: Alguém está dando apoio a ela.
O dia seguinte…
Dylan acordou. Seu olhar caiu sobre Ava, que estava aninhada ao lado dele, dormindo pacificamente. Um sorriso terno curvou seus lábios. Ele não resistiu e se inclinou, pressionando um beijo leve na bochecha dela.
Ava murmurou em seu sono, seu braço instintivamente envolvendo a cintura dele. Mas ela não acordou. Dylan riu baixo, afastando alguns fios de cabelo do rosto dela e os colocando atrás da orelha. Seus dedos pararam, deslizando até os lábios entreabertos dela.
Quando ele se inclinava para mais perto, pronto para dar um beijo, seu telefone vibrou no criado-mudo.
Era Justin.
“Por que ele está ligando a essa hora?” Ele saiu da cama com cuidado, para não acordar Ava. Estendeu a mão para a cadeira de rodas, sentando-se nela com movimentos praticados. Uma vez no corredor, ele atendeu a ligação.
“Alô.”
“Senhor—más notícias.” A voz de Justin estava tensa com urgência. “Lydia fugiu na noite passada.”
“Droga. Como diabos isso aconteceu?” Dylan rosnou.
“Alguém a ajudou a escapar. Era uma mulher. A parte frustrante é que não conseguimos ver claramente o rosto dela. Eles derrubaram o guarda e passaram pelas câmeras como fantasmas.”
“Uma mulher?” Sua mente correu, conectando os pontos. Havia apenas uma pessoa audaciosa o suficiente para realizar tal façanha.
“Quem mais poderia ser?” Dylan murmurou. “É Erica. Ela levou a mãe embora.”
O leve zumbido da voz de Dylan do lado de fora despertou Ava de seu sono. Pisqueando para afastar a névoa dos sonhos, ela se espreguiçou e percebeu que seu marido não estava ao seu lado.
Franzindo a testa, ela empurrou as cobertas e foi descalça até a porta. Encontrou-o na balaustrada, com o telefone pressionado contra o ouvido.
“Ela não está sozinha. Alguém está apoiando ela. Quero tudo—todos os detalhes—na minha mesa. Rápido.”
As sobrancelhas de Ava se franziram ainda mais. Dylan só falava assim quando algo sério havia acontecido. Com o coração disparado, ela se aproximou.
“O que está acontecendo?” ela perguntou baixinho, inclinando a cabeça para capturar o olhar dele. “O que te deixou tão irritado tão cedo?”
Dylan soltou um longo suspiro. “Eu te ligo de volta.” Ele encerrou a ligação e se voltou para ela, seu olhar escuro fervendo de frustração. “É sobre Lydia. Ela fugiu do hospital.”
“Fugiu?” Ava repetiu, atônita.
Ele assentiu com a cabeça, as narinas dilatadas. “Alguém se infiltrou disfarçado de enfermeira, drogou o guarda e a tirou. Tenho certeza de que é Erica.”
Os músculos de seu maxilar se contraíram enquanto ele continuava, “Mas ela não fez isso sozinha. Alguém está puxando os fios. Vou encontrá-los. Assim que o sistema de apoio deles ruir, eles não terão para onde fugir. Eles se renderão—querendo ou não.”
Enquanto ela o ouvia, sua mente corria para descobrir quem poderia ajudá-los. Então, como um raio, a memória veio—uma cena de um restaurante. Ela se lembrou de ver Lydia com um homem de meia-idade.
“Aquele homem do restaurante!” Ava exclamou, os olhos se movendo para encontrar os dele. “Lydia parecia muito próxima a ele. Ele pode ser o que a ajudou.”
Dylan estreitou os olhos enquanto tentava se lembrar do incidente. Mas ele não conseguiu recordar. “Que homem?”
“Aquele com quem ela jantou. Lembra? Eu te mostrei as fotos.”
Dylan balançou a cabeça, ainda incapaz de se lembrar. “Desculpe. Não consigo me lembrar disso.”
“Espere um minuto. Ainda tenho essas fotos.” Ela se virou rapidamente e correu de volta para o quarto, pegando seu telefone no criado-mudo. Seus dedos deslizaram pela tela enquanto ela rolava pela galeria.
Momentos depois, ela voltou, ajoelhando-se na frente de Dylan. “Veja.” Ela ergueu o telefone para mostrar a fotografia. “Lydia e aquele homem.”
Ela deu um zoom, a imagem se ampliando para revelar a mão de Lydia segurando a do homem sobre a mesa.
“Veja?” Ava apontou para a tela. “A maneira como eles estão de mãos dadas… o jeito que ele sorri para ela. É óbvio que compartilham mais do que um simples conhecimento. É claro que eles gostam um do outro. Ele pode ser o que está puxando os fios.”
Dylan pegou o telefone de Ava, sua expressão escurecendo enquanto estudava a imagem. Ele se lembrou do incidente de alguns meses atrás, seu encontro acidental com Ava naquele restaurante. Na época, ela lhe mostrara a fotografia e perguntara se ele conhecia aquele homem. Mas ele não conseguira reconhecer.
Agora, olhando a foto novamente, algo se acendeu em sua mente. A névoa do esquecimento se levantou, revelando uma memória há muito enterrada.
“É… eu o conheço,” ele murmurou, ainda atordoado. “Senhor Blair. Ele costumava visitar a mansão Brooks quando eu era criança. Um dos velhos amigos do meu pai.” Sua voz ficou mais profunda. “Naquela época, ele era apenas um corretor de imóveis, mas ele teve sorte com negócios de terras. Agora, ele possui uma grande empresa imobiliária.”
Ava assentiu, as palavras dele penetrando. “Se ele é tão influente e próximo de Lydia, ele é definitivamente o que está apoiando ela.”
Os músculos de Dylan se contraíram com raiva contida. “Sem dúvida. Ele é o mestre de marionetes por trás das cenas. Mas não por muito tempo. É hora de derrubá-lo.”
Seu rosto estava todo determinado. No minuto seguinte, sua expressão mudou, a preocupação nublando seus olhos. Ele pegou a mão de Ava, segurando-a firmemente.
“As coisas estão ficando arriscadas. Você deve ficar em casa. Tenho medo que eles te machuquem.”
Ava abriu os lábios para protestar, mas Dylan a interrompeu. “Você está grávida. Não posso arriscar nada acontecendo com você ou nosso bebê. Trabalhe de casa. Evite o escritório, a menos que seja absolutamente necessário.”
Ele segurou seus ombros, seu olhar suplicante. “Eles te machucaram uma vez. E eles não hesitarão em tentar novamente. Por favor… fique segura por mim.”
Ava respirou fundo, sua desobediência inicial derretendo. Ela não podia ignorar o perigo lá fora. Ela não cairia em problemas e machucaria seu bebê.
“Tudo bem,” ela cedeu, assentindo lentamente. “Eu vou trabalhar de casa. Mas me prometa uma coisa: você também ficará seguro. Não se machuque novamente.”
Ele sorriu tranquilizadoramente. “Enquanto você estiver segura, eu estarei seguro.”
Ele segurou o rosto dela gentilmente, seu polegar acariciando sua bochecha. Inclinando-se, ele pressionou um beijo demorado em sua testa. Ava fechou os olhos, saboreando a sensação.