- Home
- Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta
- Capítulo 319 - Capítulo 319: Cuidados do Dylan
Capítulo 319: Cuidados do Dylan
Luke sentiu os pelos da nuca se arrepiando. Ele tinha pensado que estava no controle, que tudo tinha sido perfeitamente orquestrado. Mas Alex já havia descoberto seu plano para matar Nicholas.
As pernas de Luke cederam enquanto ele cambaleava até o sofá. Ele temia que Nicholas lhe tirasse tudo—o favor de seu pai, o legado da família. Esse medo havia enraizado, transformando-se em um ódio tão profundo que ele planejou eliminar Nicholas mais de uma vez.
Quando soube que Nicholas faria a cirurgia de transplante, ele pensou que era sua chance de eliminá-lo para sempre sem levantar suspeitas. Ele teve sucesso, mas não esperava que seu plano fosse exposto.
“Você não pode ficar aqui mais,” disse Elijah decisivamente. “Você tem que sair imediatamente.”
A cabeça de Luke ergueu-se, seu pulso acelerado. “Para onde você está me mandando?”
“Para bem longe,” disse Elijah, seu tom desprovido de calor. “Eu cuidarei das coisas aqui. Quando for seguro, eu chamo você de volta. Até lá, não me contate.”
Ele discou um número e ordenou, “Entre e leve-o embora.”
As portas rangeram ao se abrir, e dois homens altos em ternos pretos adentraram.
“Pai,” Luke entrou em pânico, sentindo algo estranho. “Você está me aprisionando?”
Elijah não respondeu. Ele apenas levantou a mão e estalou os dedos em um comando silencioso.
Os dois homens agarraram Luke pelos braços e o arrastaram para fora.
“Soltem-me!” Luke rosnou, resistindo à sua pega. “Eu posso andar sozinho, droga.”
Os homens permaneceram impassíveis, sua pegada era como aço enquanto o levavam em direção à porta. Luke se debatia, mas a força deles o dominava.
“Me deixem em paz,” Luke gritou, se contorcendo em sua tentativa de se libertar, mas eles o empurraram com uma força implacável.
A porta se abriu e, antes que ele pudesse protestar mais, eles o forçaram a entrar. Ele murmurou pragas sob a respiração, ajustando sua jaqueta.
O motor rugiu, ganhando vida.
Luke cerrou os punhos, fervendo enquanto o carro acelerava.
Nesse meio tempo, seu telefone tocou.
“Alô?” Sua testa franziu de frustração.
A resposta do outro lado enviou um choque através de seu corpo. “Erica escapou. Alguém a tirou de lá.”
O sangue de Luke ferveu de raiva. “O que você quer dizer que ela escapou?”
Antes que ele pudesse exigir mais detalhes, uma mão firme arrancou o telefone de seu alcance.
“Ei!” Luke gritou, seu rosto se contorcendo. “Me devolva meu maldito telefone!”
Mas o homem jogou o telefone para fora do carro.
Luke arfou, chocado. “Que diabos? Esse era o meu telefone!” Sua fúria explodiu.
“Você não pode usar o telefone,” o homem disse friamente.
As narinas de Luke inflaram. “O quê? Você sabe quem eu sou?”
“Desculpe, senhor. Nós estamos apenas seguindo as ordens do chefe. É para sua própria segurança. Por favor, coopere.”
Luke rangeu os dentes. As ordens de seu pai. Sua chamada segurança. Era tudo uma prisão disfarçada de proteção.
Por enquanto, ele precisava obedecer a seu pai. ‘Quando isso acabar, vou lidar com esse velho eu mesmo.’
~~~~~~~~~~
“Eu quero ver a mamãe.” A voz de Erica tremia de urgência enquanto ela agarrava as mãos do Sr. Blair. Seu desespero era evidente na forma como seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas.
O Sr. Blair suspirou, esfregando as têmporas. “Não agora. Precisamos sair daqui o mais rápido possível,” ele disse firmemente. “Encontrar sua mãe não é uma boa ideia.”
O aperto de Erica ficou mais forte. “Você me tirou daquele inferno. Não pode tirar minha mãe da prisão?” Ela o olhou, buscando um fio de esperança. “Ela é a única família que tenho. Não posso abandoná-la. Por favor, me ajude.”
O rosto do Sr. Blair suavizou, mas sua expressão permaneceu conflituosa. “O desejo de sua mãe era que eu a levasse para bem longe daqui, para um lugar onde Dylan não pudesse encontrá-la. Eu encontrarei uma forma de tirar Lydia da prisão, mas agora não é o momento certo. Sua segurança vem em primeiro lugar.”
Mas Erica não estava disposta a aceitar essa resposta. Ela balançou a cabeça teimosamente. “Não posso descansar sabendo que ela está sofrendo lá. Não sairei sem ela.” Ela ergueu o queixo desafiadoramente. “Se você não vai me ajudar, tudo bem. Eu farei isso sozinha.” Ela abriu a porta, pronta para pular do carro.
“Espere!” A mão dele se esticou para agarrar seu pulso, puxando-a de volta a tempo. Soltando um suspiro de resignação, ele cedeu, “Tudo bem, eu vou ajudá-la. Mas você tem que me ouvir. Nada de movimentos impetuosos.”
Um lampejo de esperança brilhou em seus olhos. “Obrigada,” ela disse com um pequeno sorriso.
~~~~~~~~~
Com o passar do tempo, os boatos em torno da morte de Nicholas gradualmente desapareceram. Embora o médico tenha enfrentado punição por seu crime, Luke permaneceu um fantasma—ele sumiu sem deixar rastros.
Enquanto isso, a reputação da família Baker sofreu um golpe devastador. O escândalo fez os valores das ações da empresa despencarem ao ponto mais baixo da história. Investidores recuaram, contratos foram cancelados, e o negócio estava em ruínas.
Elijah estava enterrado na gestão de crise, tentando salvar o que restava.
Em claro contraste, a vida na família Brooks havia se estabelecido em um ritmo de alegria e calor. Dylan cobria Ava com cuidados de todas as formas possíveis. Tanto em casa quanto no trabalho, ele fazia questão de que ela não passasse um momento sem sentir seu amor.
“Senhora, o motorista entregou a sopa para a senhora,” a secretária de Ava anunciou, com um brilho provocador nos olhos ao colocar o termô na mesa.
Ava suspirou, seu olhar oscilando entre o termô e o sorriso mal disfarçado da secretária. Isso havia se tornado uma rotina diária.
Dylan continuava enviando algo. Quer fosse sopa, salada ou bebidas saudáveis, algo sempre chegava. E, claro, todo o escritório havia notado, transformando isso na última fofoca.
Sentindo-se um pouco envergonhada, Ava franziu os lábios. Ela realmente precisava conversar com Dylan sobre isso.
“Obrigada, eu tomarei mais tarde,” ela murmurou, voltando sua atenção para o arquivo à sua frente.
Contudo, a secretária não se deixou abalar tão facilmente. “O motorista ainda está esperando lá fora,” ela apontou. “Por favor, termine antes que esfrie.” Sem esperar permissão, ela abriu o termô e o empurrou na direção de Ava.
Ava ergueu os olhos para ela novamente. Dylan, sem dúvida, havia instruído o motorista a esperar e relatar de volta. Balançando a cabeça, ela fechou o arquivo com um suspiro resignado. “Tudo bem, eu vou terminar.”
Ela bebeu a sopa em silêncio. Mas ela estava determinada a falar com Dylan. Quando esvaziou o recipiente, entregou-o de volta à secretária. “Diga ao motorista que eu terminei.”
A secretária sorriu, assentindo enquanto pegava o termô. “Entendido, senhora.” Com isso, ela se virou nos calcanhares e saiu do escritório.
Ava fez um bico, frustração borbulhando dentro dela enquanto murmurava, “Dylan, você não pode continuar fazendo isso.”