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Capítulo 313: O presente
O peito de Ava doía, sua visão embaçando com lágrimas não derramadas. “Nicholas, por que você está fazendo isso?” Ela engasgou com as palavras.
“Pegue isso.” Ele pegou a mão dela, pressionando a caixa suavemente em sua palma. “Mantenha isso seguro para mim. Se eu conseguir passar por isso, eu pego de volta de você.”
Ava exalou um suspiro trêmulo, seus dedos apertando a caixa antes de colocá-la em sua bolsa.
“Tudo bem,” ela finalmente cedeu. “Eu vou manter comigo por enquanto. Mas você deveria parar de pensar besteira e ser positivo. Quero que você esteja ao meu lado quando eu der à luz. Então nem pense em não conseguir passar pela cirurgia. Você tem que conseguir.”
Ele se esforçou para sorrir, acenando com a cabeça como se selando um voto inquebrável. “Já que você diz isso, como eu poderia não cumprir seu desejo? Eu definitivamente estarei lá para você. Eu prometo.”
Ava se inclinou para frente e envolveu-o em um abraço apertado.
Nicholas enrijeceu, momentaneamente pego de surpresa. Mas enquanto o calor da presença dela penetrava nele, ele deixou de lado sua contenção e a abraçou de volta. Fechou os olhos, permitindo-se saborear o momento fugaz.
“Está ficando tarde. Você deveria ir embora.” Nicholas se afastou. Ele estava com medo de que, se ela ficasse um pouco mais, ele não conseguiria controlar suas emoções.
Ava assentiu. “Eu ligo para você mais tarde.”
Ela saiu, levando consigo um pedaço do coração dele. Nicholas pegou o telefone e ligou para Alex. “Ajude-me a redigir um novo testamento.”
~~~~~~~~~
Dylan esperava impacientemente por Ava. Seus olhos se voltaram para o relógio na parede, sua inquietação aumentando. “Ela não disse que voltaria cedo?” ele murmurou para si mesmo. “Por que está demorando tanto?”
Sua inquietação corroía-o, tornando impossível ficar parado. Incapaz de esperar mais, ele pegou seu telefone e rapidamente discou o número do Sr. Douglas. A chamada tocou algumas vezes antes de ser atendida.
“Sr. Douglas… Ava ainda está no escritório?”
“Uh, não. Ela saiu há uma hora.”
“Há uma hora?” Dylan repetiu, sua preocupação intensificando. ‘Então por que ela ainda não está em casa?’
“Ela foi ao hospital ver o Sr. Nicholas,” acrescentou o Sr. Douglas.
“Entendi,” disse Dylan lentamente, percebendo. Era ali onde ela estava todo esse tempo. Seus ombros relaxaram ligeiramente, embora uma sensação de desconforto ainda persistisse em seu peito. “Obrigado por me avisar.”
Ele terminou a chamada, um pequeno suspiro de alívio escapando de sua boca.
Ding – Ding – Ding…
O telefone do Dylan vibrou novamente, desta vez com uma série de mensagens entrantes de Alex. Suas sobrancelhas se franziram em surpresa. “Por que o Alex está me enviando mensagens?”
Curioso, ele abriu as mensagens e começou a ler.
‘Ethan possivelmente envenenou o Sr. Williams. Nós o pegamos descartando uma substância tóxica que poderia deixar qualquer pessoa gravemente doente. Estou compartilhando os detalhes. E mais uma coisa – ele está planejando vender suas propriedades. Tenho certeza de que ele está tentando escapar. Por favor, pare-o.’
Os traços de Dylan se apertaram ao ler a mensagem. “Ethan.” Ele cuspiu o nome como veneno, seus olhos escurecendo com fúria. “Desgraçado – você achou que poderia vender as propriedades que os Williams te deram. Continue sonhando.”
Ele rapidamente verificou os outros anexos que Alex havia enviado. Enquanto examinava o relatório do teste do veneno, seu corpo inteiro ficou tenso. Era o mesmo veneno que Henry havia lhe avisado sobre.
“Então, Lydia deu a ele. Eles trabalharam juntos.” Um sorriso lento e perigoso se formou nos cantos de seus lábios. “Ethan, você está morto. Eu juro que vou acabar com você.”
Justamente nesse momento, uma voz familiar ecoou pelo corredor. “Com quem você vai acabar?”
A cabeça de Dylan se ergueu. Ava estava ali, seu olhar cheio de curiosidade. Ela caminhou em direção a ele.
“Você finalmente voltou,” disse Dylan, empurrando sua cadeira de rodas em direção a ela. Sua raiva suavizou-se momentaneamente enquanto ele a observava. “Eu estava esperando por você.”
Ava exalou, esfregando sua têmpora. “A cirurgia de Nicholas está marcada para daqui a dois dias. Ele foi hospitalizado. Eu fui vê-lo.”
“Eu sei.”
“Você sabe?”
Ele assentiu, um sorriso conhecedor surgindo em seus lábios. “O Sr. Douglas me contou.”
Ava lançou-lhe um olhar conhecedor, inclinando a cabeça ligeiramente. “Você ligou para ele.”
Dylan nem tentou negar. “Você estava atrasada. Queria verificar se ainda estava no escritório.”
Ava soltou um suspiro profundo, caindo no sofá. “Você estava dizendo algo mais cedo,” ela incitou, direcionando a conversa de volta. “O que era?”
Dylan empurrou casualmente seu telefone no bolso. Ele não iria sobrecarregá-la com isso. Ela estava grávida e a última coisa que queria era estressá-la com conversas sobre o Ethan e o veneno. Ele iria lidar com isso sozinho.
“Não é nada sério – apenas algumas questões de trabalho,” ele mentiu suavemente. “Justin está cuidando disso.” Ele exibiu um sorriso tranquilizador.
Ava refletiu seu sorriso. Ela também não mencionou o que tinha descoberto. Dylan ainda estava se recuperando e seu foco deveria ser em melhorar, não se envolver em mais perigo. Ele já havia sofrido o suficiente para protegê-la – ela não permitiria que ele carregasse mais esse fardo.
Em vez disso, ela mudou o assunto. “Então, você caminhou hoje,” ela disse, lembrando-se de sua conversa anterior. Seu rosto iluminou-se com felicidade genuína. “Eu prometo estar com você na sua próxima sessão de terapia.”
“Como você quiser.” Agarrou os apoios de braços de sua cadeira de rodas, ele lentamente se empurrou para cima e ficou ereto na frente dela. “Veja,” disse com um sorriso triunfante, “minhas pernas não estão tremendo como antes.”
Ava o encarou, seus lábios se separando em choque. Por um momento, ela só conseguiu olhar. Então, como uma onda que bate sobre ela, a empolgação percorreu seu coração.
“Você está de pé,” ela exclamou, mal conseguindo acreditar no que estava vendo.
“Sim.” Dylan se virou um pouco, depois enfrentou-a novamente. “Veja? Estou melhorando. O terapeuta disse que eu deveria começar a andar devagar.”
As mãos de Ava se ergueram para cobrir sua boca enquanto lágrimas inundavam seus olhos. Uma risada – metade um soluço – surgiu dentro dela. “Dylan… isso é incrível.”
Seu expressão suavizou enquanto ele a alcançava, segurando seu rosto com ambas as mãos. Seus polegares gentilmente acariciaram suas bochechas, pegando as lágrimas de felicidade antes que pudessem cair.
“Em breve, eu vou me recuperar completamente. E então… vou te dar um casamento grandioso.”
Ele se inclinou, capturando seus lábios em um beijo lento e prolongado.
Ava se derreteu nele por um momento fugaz antes de se afastar, preocupação cintilando em seus olhos. “Não fique de pé por muito tempo,” ela disse gentilmente, já ajudando-o a se sentar de volta na cadeira de rodas. “Você não pode se forçar.”
Suas mãos permaneceram em sua bochecha enquanto ela o olhava intensamente.
Dylan respirou, mas não havia frustração – apenas contentamento. “Você está sempre cuidando de mim.”
“E sempre vou.” Então, com um brilho brincalhão nos olhos, ela perguntou, “O que você quer comer hoje à noite?”
O olhar de Dylan brilhou com brincadeira maliciosa. “Eu quero comer,” ele murmurou, puxando Ava para seu colo com facilidade, “você.”