Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 31

31: Você merece felicidade. 31: Você merece felicidade. A luz da manhã filtrava pela fina fresta das cortinas, iluminando o quarto suavemente. Ava piscou os olhos, ainda sonolenta pelo sono, e imediatamente se deu conta dos braços de Dylan envolvidos firmemente ao seu redor.

Os eventos da noite anterior vieram à tona, seu coração pulou uma batida. Ela se enrijeceu, virando a cabeça para olhá-lo, que ainda dormia.

Ava piscou, incerta do que sentir. Ela sempre sonhara em acordar nos braços dele, mas em sua vida passada, isso nunca aconteceu. Agora, enquanto ela havia resolvido se desprender dele e se distanciar, ele se recusava a deixá-la ir, agindo estranhamente. Era como se Dylan tivesse mudado, como se ele se importasse mais do que jamais havia se importado.

Mas seria verdade?

Ela o encarou com ceticismo. Será que ele finalmente havia mudado para melhor?

Antes que ela pudesse pensar muito a respeito, Dylan se mexeu, seus olhos lentamente se abrindo, encontrando os dela. O coração de Ava pulou na boca, e ela congelou. Ela não pôde ignorar o repentino embaraço que a cobriu, percebendo que ele a havia flagrado olhando para ele. Ela se moveu desconfortavelmente, tentando se afastar dele.

Mas o aperto de Dylan apenas se intensificou. Ele a puxou para mais perto. Ava engasgou quando se deu conta da ereção matinal dele pressionando contra seu abdômen. Uma onda de calor subiu por seu pescoço, espalhando-se pelas bochechas.

Ela se mexeu novamente, tentando criar uma distância entre eles.

“Não se mexa!” ele advertiu, com a voz rouca de sono. “Está tentando me seduzir?” Ele sorriu de lado.

O humor de Dylan estava leve e descomplicado. Tinha sido a primeira noite, desde que ele retornou da viagem de negócios, em que ele havia dormido profundamente, livre dos pesadelos. Ele se sentia mais leve, mais feliz.

Seduzir?

Ava arrepiou-se com a palavra. Ela o empurrou com mais força do que pretendia. “Quem quer seduzir você?” Ela rolou para a beirada da cama, pronta para sair o mais rápido possível.

Mas Dylan foi mais rápido. Com um movimento ágil, estendeu a mão e pegou o braço dela, puxando-a de volta para ele com facilidade. Antes que ela pudesse reagir, ele a virou embaixo dele, seu peso prendendo-a, seu sorriso nunca deixando seu rosto.

“Tarde demais,” ele murmurou. “Você já conseguiu.” Sem hesitar, ele inclinou a cabeça, seus lábios encontrando a suave curva do pescoço dela, beijando-a com intensidade ardente.

“Dylan, pare.” Ava protestou, se debatendo embaixo dele, tentando se soltar. Mas não importava o quanto ela lutasse, os lábios dele continuavam se movendo contra sua pele, seu aperto implacável.

Seu telefone tocou nesse meio tempo, forçando-o a pausar. Ava soltou um pequeno suspiro, pensando que ele finalmente pararia. Mas em vez de atender ao telefone, Dylan o ignorou completamente, continuando a beijá-la com o mesmo fervor.

A frustração de Ava aumentou. “Por que você não está atendendo a ligação?” ela disse bruscamente. “Pode ser importante – trabalho, talvez!”

“Você é uma destruidora de clima,” ele murmurou, claramente incomodado com a interrupção, antes de rolar sobre suas costas ao lado dela.

Pegando o telefone, ele conferiu, apenas para encontrar o nome de Erica piscando na tela.

Dylan franziu a testa, suspeitando de algo. Ele deslizou para atender, seu tom de repente sombrio. “Alô?”

“Onde diabos você está, Dylan?” A voz de Erica explodiu do outro lado. “Um acidente trágico aconteceu com Gianna, e você está desaparecido.”

“O que aconteceu com Gianna? Ela está bem?” Dylan saltou da cama urgentemente.

A menção do nome de Gianna cortou o quarto, e Ava congelou. Seus olhos dispararam para ele. A mudança em seu semblante foi instantânea. Preocupação marcou seu rosto, e algo sobre aquele olhar enviou uma aguda pontada no peito de Ava.

“Tudo bem, estou indo. Fique aí.” Sem nem mesmo olhar para trás para Ava, ele vestiu seu paletó de terno, seus movimentos apressados. Antes que ela pudesse mesmo processar o que estava acontecendo, ele já havia saído pela porta.

Ava ficou paralisada em seu lugar enquanto o observava sair, sua mente turbilhão de perguntas sem resposta e um crescente sentimento de ressentimento.

Há alguns minutos atrás, ele estava tão carinhoso com ela, não deixando ela sair de seu braço. Mas então, um único telefonema sobre Gianna tinha apagado tudo isso. Ele havia saído—assim—sem dizer uma palavra, como se ela fosse invisível.

Seu peito se apertou com a amarga realização. Que tola ela havia sido ao acreditar—apenas por um momento—que as coisas poderiam ser diferentes desta vez – que ele poderia ter mudado – que ele finalmente havia desenvolvido sentimentos por ela.

Como ela poderia esquecer o fato de que era sempre Gianna quem ele guardava tão perto do coração? Não importava o que Ava fizesse, ela nunca seria capaz de mudar isso.

Ava se xingou por ainda esperar que as coisas entre eles mudassem. Parecia que ela não tinha aprendido a lição suficientemente.

“Ava, sua tola,” ela murmurou sob a respiração, enojada com sua própria esperança. Como ela poderia ter esquecido o que ele havia feito com ela no passado?

Ela apertou os punhos com autodepreciação.

“Ava!” A voz do pai cortou seus pensamentos, assustando-a de volta para o presente. “O que está acontecendo? Quando Dylan chegou?”

Ava rapidamente se levantou, alisando suas roupas quando saiu do quarto, sua mente ainda turbilhão de frustração. “Me desculpe, Papai,” ela disse, forçando calma em sua voz. “Nós não pretendíamos perturbar você tão cedo de manhã. Dylan veio ontem à noite.”

“Está tudo bem?” Thomas perguntou. “Eu o vi sair às pressas. Ele parecia… preocupado.”

Ava soltou um suspiro, o ressentimento fervendo dentro dela mal contido. “Sim, ele estava preocupado. Não tenho certeza exatamente o que aconteceu, mas é sobre Gianna—a querida amiga dele.”

“Entendi.” Thomas acenou pensativamente.

Ava achou que era hora de contar ao pai sobre seu relacionamento tenso com Dylan. Ela não podia continuar fingindo que tudo estava bem.

“Papai, percebi que cometi um erro ao me casar com o Dylan,” ela começou séria. “Ele… não tem nenhum sentimento por mim e eu finalmente aceitei isso. Nós não somos compatíveis. Nunca fomos. Eu quero um divórcio, Papai. Por favor, me ajude.”

O rosto de Thomas se contraiu com incredulidade, incapaz de conciliar as palavras que estava ouvindo com a garota que uma vez havia sido tão determinada a se casar com Dylan. Ava estava loucamente apaixonada por Dylan, fazendo tudo o que podia para fazer o casamento funcionar. E agora, ela estava dizendo que não podia mais ficar com ele?

“É por causa da Gianna?” ele perguntou com ceticismo. “Olha, Ava… Gianna e Dylan… o relacionamento deles pode não ser o que você pensa. Eles são…”

“Papai, por favor,” Ava interrompeu. “Eu sei exatamente quão próximos eles são.” Ela tomou um fôlego trêmulo, as emoções que estava segurando transbordando. “Fui uma tola por não perceber antes, mas agora não posso ignorar. Não posso ficar com ele.” Mais lágrimas brotaram em seus olhos, turvando sua visão.

O coração de Thomas doeu ao vê-la desmoronar diante dele. Ele a puxou para um abraço. “Ava,” ele disse suavemente, “você não precisa segurar tudo isso. Se decidiu que deixá-lo é o melhor para você, eu estarei ao seu lado. Você merece felicidade. Você merece alguém que a ame completamente.”