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Capítulo 309: Ligação telefônica de Lydia
As sobrancelhas de Ava se ergueram surpresas. “Um pesadelo?” Ela inclinou a cabeça, surpresa.
Dylan assentiu. Na verdade, ele estava dizendo a verdade. Através de seus pesadelos, ele percebeu que tinha renascido.
“Nesse pesadelo,” ele continuou, “eu me vi machucando você—de formas que eu nem consigo começar a descrever.” Sua garganta apertou enquanto as imagens passavam diante de seus olhos—sua dor, seu sofrimento, seu fim trágico.
Os dedos de Ava afrouxaram em seu aperto, seu pulso acelerando. O nervosismo tomou conta de suas entranhas quando viu a mudança na expressão dela. Mas ele já havia decidido contar tudo a ela.
Respirando fundo, Dylan prosseguiu. “Quando percebi meus erros, já era tarde demais. Você—” ele hesitou por um momento antes de obrigar-se a continuar, “Você me deixou.” Fortalecendo seu coração, ele acrescentou, “Eu vi você… deitada lá. Coberta de sangue. Imóvel no corredor.”
Um arrepio percorreu a espinha dela, sua mente cambaleando. Ele estava descrevendo seu passado—sua morte. Mas como? Como ele poderia ver algo que nunca testemunhou? Poderia ser apenas um pesadelo? Ou era algo além disso?
“Me arrependi de tudo,” Dylan continuou, apertando mais sua mão como se temesse que ela se afastasse. “Percebi o quanto minha vingança me custou. E então… descobri a verdade. Thomas não era responsável pelo acidente. Era outra pessoa—a mesma pessoa que me envenenou. Aquela que me matou.”
Ava se afastou como se tivesse sido atingida. Seu coração batia violentamente contra suas costelas. O medo em seu peito se apertava ainda mais. “Basta,” ela explodiu. “Esse é um pesadelo horrível. Eu não quero ouvir mais nada.”
“Não vou falar sobre essas coisas horríveis,” ele a confortou gentilmente. “Eu sei que é perturbador. Mas aquele pesadelo—ele me mudou. Fez-me perceber o quanto você significava para mim. Eu soube então, mais do que tudo, que nunca poderia perdê-la novamente.”
Ele fez uma pausa para respirar. “Aquele pesadelo também me fez questionar tudo. E se Thomas fosse realmente inocente? E se outra pessoa estivesse movendo as cordas nas sombras? Aquela dúvida—não me deixaria descansar. Então, comecei a investigar mais a fundo, reinvestigando o acidente. E peça por peça, a verdade começou a emergir.”
Ava engoliu em seco, seu corpo inteiro tenso de tensão.
“Descobri que Thomas não era culpado,” Dylan concluiu. “Mas o verdadeiro culpado… ainda estava escondido na escuridão.”
Enquanto Ava o ouvia, ela percebeu por que Dylan havia mudado—por que sua indiferença fria havia se derretido em algo mais desesperado, mais determinado. Acontece que alguns pesadelos problemáticos haviam funcionado como o catalisador.
“Você quer dizer… se não fossem por esses pesadelos, você nunca teria percebido meu valor?” Seu olhar afiado perfurou-o, procurando por honestidade.
Dylan soltou uma risada suave, balançando a cabeça. “Não, Ava. Eu me apaixonei por você há muito tempo. Eu só era muito teimoso para admitir. Mas quando finalmente aceitei, percebi o quanto havia te prejudicado. Queria compensar por tudo. Então, comecei a investigar as pessoas que te machucaram. Foi quando vi quão patéticos eram seus jogos.”
Um sorriso brincou em seus lábios ao recordar o momento em que Gianna havia sido exposta. A expressão triunfante de Ava naquela época havia sido gravada em sua mente. “Eu reuni as evidências contra Gianna e me certifiquei de que você tivesse tudo que precisava para derrubá-la.”
“Espere—o quê?” Sua voz se elevou com descrença. “Isso foi você?”
Ela sempre pensou que Nicholas fosse quem a ajudou a expor Gianna. Como podia ter sido Dylan o tempo todo?
“Mas… por que você não me contou?” ela se perguntou, lutando para entender a verdade.
Dylan exalou. “Eu não queria o crédito. Eu só queria vê-la feliz, vê-la obter a justiça que merecia. Além disso, naquela época, você me odiava. Você nem falava comigo. E acima de tudo… você pensava que Nicholas era quem te havia ajudado.”
Ava mordeu o lábio, um leve embaraço passando por seu rosto. Ela estava tão certa de que Nicholas era quem havia reunido as evidências contra Gianna. E não foi só daquela vez—em várias ocasiões, ela havia dado crédito a ele pelas coisas que Dylan havia feito.
Com o passar do tempo, ela percebeu o quanto Dylan havia feito por ela, o quanto lutou para ganhar seu perdão.
O amargor que uma vez carregou em seu coração havia há muito tempo desaparecido. Os mal-entendidos foram embora, a verdade foi revelada, e o verdadeiro culpado foi exposto. O que restava entre eles agora era puro amor.
Ava estava contente e satisfeita por terem se reconciliado, deixando para trás o amargo passado e abraçando o futuro promissor. Mas ela escondeu sua alegria e fingiu estar chateada.
“Bem, não é minha culpa,” ela resmungou. “Você nunca me contou! Como eu ia saber? Além disso, Nicholas me salvou daqueles bandidos, lembra? Fazia sentido eu assumir que ele era quem me ajudou.”
Dylan não discutiu—ele não tinha o direito. Ela estava certa. Ele havia escondido a verdade dela.
“Você está certa,” ele admitiu. “Eu deveria ter sido mais aberto com você. Ainda estou aprendendo, ainda tentando ser melhor.” Segurando suas mãos, ele sorriu. “Sem mais segredos, eu prometo.”
O coração de Ava derreteu com as palavras dele. Ela o encarou por um momento antes de sorrir de volta. “Sem mais segredos,” ela ecoou, apertando suas mãos levemente.
O sorriso de Dylan se alargou. “Bom. Agora, vamos comer antes que a comida esfrie.”
Ava riu suavemente e assentiu, movendo-se por trás de sua cadeira de rodas. Com um empurrão gentil, ela o guiou em direção à mesa, seus corações mais leves do que nunca.
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Ethan estava prestes a sair depois de finalizar a venda da casa quando seu telefone tocou, parando-o em suas faixas. Ele o tirou do bolso e franziu a testa ao ver o número desconhecido piscando na tela.
“Quem é?” ele se perguntou.
Após um momento de hesitação, ele atendeu a ligação. “Alô?”
Uma voz afiada cortou a linha. “Sou eu, Lydia.”
“Lydia?” Uma exclamação surpresa escapou de sua boca. Seu aperto no telefone apertou enquanto ele escaneava seus arredores, de repente cauteloso. Ele rapidamente se dirigiu para um corredor isolado, afastando-se de ouvidos curiosos.
Abaixando a voz, ele exigiu, “Você não está na cadeia? Como está me ligando? E por quê?”
“Não tenho tempo para explicações,” Lydia disparou. “Preciso da sua ajuda.”
Ethan soltou uma risada seca e zombeteira. “Ajuda? Sério?” Ele debochou. “Por que diabos eu te ajudaria? Você quer que eu pare na cadeia junto com você?”
“Se você não me ajudar, eu vou garantir que você seja derrubado junto comigo,” Lydia disparou de volta. “Não se esqueça de que você também esteve envolvido na conspiração…”
“Cale a boca,” ele rosnou, cortando-a. Suas narinas se alargaram. “Você não tem provas. Você não pode me incriminar.”
“Ah, mas eu posso.” A voz dela estava carregada de confiança. “Tudo o que eu tenho que fazer é dizer seu nome, e você será arrastado para essa confusão. Dylan já te odeia, e Ava… bem, ela não confia mais em você. Ninguém vai acreditar em uma palavra que você disser. E não vamos esquecer—eu ainda tenho aquelas gravações de nossas conversinhas. Então, nem pense em me trair, Ethan.”