285: Por que você me sequestrou? 285: Por que você me sequestrou? Henry franziu a testa, confuso. “Por que você está interessado em ajudá-lo?” ele perguntou, tentando entender o motivo de Dylan. “Você sempre desprezou os Bakers. Até onde eu sei, você ressente qualquer pessoa ligada a eles. Então por que você quer que eu pegue esse caso? Além do mais, ninguém do lado do Nicholas entrou em contato comigo. Eu não posso simplesmente intervir sem um motivo.”

“Não se preocupe com isso”, Dylan o assegurou. “Garanto que alguém do lado dele vai entrar em contato com você em breve. E estou fazendo isso por interesse pessoal, para acabar com a rivalidade entre as duas famílias.”

Henry ficou morto de silêncio, aparentemente atônito.

“Os Bakers querem se livrar do filho ilegítimo”, ele declarou friamente. “Eles estão planejando eliminar o Nicholas durante a cirurgia dele. Se eu expor isso a ele, ele vai garantir que os Bakers sofram as piores consequências imagináveis. Ele não vai poupar uma única pessoa que conspirou contra ele. E mais importante…”

Os lábios de Dylan se curvaram em um sorriso cúmplice. “Nicholas nunca vai esquecer esse favor. Ele vai me dever—para sempre.”

“Boa jogada,” Henry admitiu, impressionado. “Se é assim, eu estou dentro.”

Mais tarde naquele dia…

Ava entrou na casa, o peso do dia ainda pesando em seus ombros. No momento que entrou, Dylan a cumprimentou com um sorriso caloroso e se aproximou dela em sua cadeira de rodas.

“Você voltou.” Ele estendeu a mão para pegar a bolsa dela, como ela costumava fazer por ele no passado. “Como foi o dia?”

Ava soltou um suspiro leve. “Foi divertido, mas também estressante.”

Dylan sorriu com conheciemento de causa. “Sei exatamente como resolver isso. Vá se refrescar—vou preparar um café para você.”

O coração dela transbordou com as palavras dele. Uma vez, ela tinha sido a pessoa que fazia café para ele depois de longos dias de trabalho. Agora, os papéis haviam se invertido, e o simples gesto a emocionou. Ela queria se agarrar àquele momento.

“Ok,” ela disse radiante, incapaz de esconder sua alegria. “Volto já.”

Enquanto ela caminhava em direção ao quarto, Dylan colocou a bolsa dela de lado e apertou o botão em sua cadeira de rodas, manobrando-a suavemente em direção à cozinha.

Quando Ava voltou, ela o encontrou acomodado no sofá, uma xícara de café fumegante colocada cuidadosamente na mesa central.

“Venha e aproveite seu café,” Dylan disse, batendo no lugar ao seu lado.

Ela se sentou e pegou a xícara, dando um pequeno gole. O aroma, o calor—estava perfeito. “Mmm… bom,” ela murmurou, sorrindo. “Você aprendeu a fazer café perfeitamente.”

“Obrigado. Estou tentando me aperfeiçoar e você vai ver isso em todos os aspectos. De qualquer forma…” Ele pegou a pasta ao seu lado e a entregou a ela. “Dê uma olhada nisso.”

As sobrancelhas de Ava se franziram enquanto ela abria. “O que é isso?”

“A lista de diretores que se opuseram a você,” Dylan disse, sua voz calma, mas firme. “Ethan os pagou para apoiá-lo na tentativa de assumir sua posição. As declarações deles estão gravadas. Isso é toda a evidência que você precisa para agir contra ele.”

Ava olhou para a pasta em suas mãos, ainda processando a rapidez com que Dylan havia agido. Ela olhou para ele, um lampejo de espanto em seus olhos.

“Quando você conseguiu a declaração deles?” ela perguntou, perplexa.

Dylan sorriu, com uma confiança inabalável. “Não foi grande coisa para mim.”

Ava estreitou os olhos, analisando-o. Ela sabia que não deveria questionar sua capacidade. Dylan até havia conseguido convencer a Senhorita Bell a continuar a parceria. Era um segredo que medidas ele tinha usado para forçar a Senhorita Bell, mas Ava estava grata a ele.

“Isso é prova suficiente para expor o engano de Ethan,” ela disse, levantando a pasta. Mas sua expressão vacilou, o sorriso desaparecendo em tristeza. “Eu confiei tanto nele… nunca pensei que ele me trairia. E agora, saber seu rosto verdadeiro faz meu estômago revirar. Me arrependo de não ter percebido antes.”

“Não se culpe,” ele sussurrou, colocando uma mão tranquilizadora em seu ombro. “O que importa é que você o vê como ele realmente é agora. Não deixe que ele a manipule ainda mais.”

Ava exalou lentamente, depois colocou sua mão sobre a dele. Seus dedos se enrolaram nos dele, sua determinação se solidificando. “Nunca mais vou deixar ele conspirar contra mim.”

Dylan sorriu, acariciando sua bochecha. Seu olhar se suavizou, e seu peito se encheu de adoração. À medida que continuavam se olhando, a temperatura entre eles aumentava, suas frequências cardíacas acelerando. No próximo instante, eles se beijaram, sensual e excitante.

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Na escuridão da noite, alguns homens mascarados arrastaram Mathew Fisher para uma sala mal iluminada. Com as mãos amarradas firmemente atrás das costas e uma venda pressionando contra seus olhos, ele se sentia completamente indefeso.

Pânico garrou em seu peito.

Ele não tinha ideia de para onde esses homens o estavam levando, mas uma coisa era certa—ele estava em grave perigo. Cada minuto se estendia para a eternidade, e ele sentia que morreria imediatamente.

Então, sem aviso, um empurrão brutal o fez cair no chão frio e duro. Dor atravessou seu corpo. Mas o medo foi o que o fez tremer incontrolavelmente.

“Por favor… me deixe ir,” a voz de Mathew tremia enquanto ele implorava. “Farei qualquer coisa que vocês pedirem—apenas não me matem.”

Antes que pudesse terminar, mãos rudes arrancaram sua venda. Um suspiro agudo escapou de seus lábios enquanto a luz súbita o cegava. Piscando rapidamente, ele lutou para se ajustar, sua visão lentamente se aguçando.

A primeira coisa que viu foi uma fila de homens altos vestidos de ternos pretos. Seus rostos estavam inexpressivos, seus olhos sem calor. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto ele recuava instintivamente. Sua respiração estava superficial, sua mente acelerada.

Mas então, seu olhar passou pelos guardas e pousou em uma única figura sentada no centro da sala. Um choque de surpresa o percorreu. Sua boca se abriu.

“Nicholas?” ele murmurou, choque misturado com confusão.

Mathew havia estado escondido por dias, aterrorizado que Dylan eventualmente o rastreasse por seu envolvimento com Lydia. Quando foi sequestrado mais cedo naquele dia, ele havia assumido que eram os homens de Dylan que finalmente o haviam capturado.

Mas a pessoa sentada à sua frente era Nicholas Baker, para seu espanto. “Por quê?” ele engasgou, sua garganta seca. “Por que você me sequestrou?”

Nicholas se inclinou levemente para frente, sua expressão ilegível. “Você deveria saber por quê.”