Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 151

151: Você ainda se importa com ele. 151: Você ainda se importa com ele. Dylan fechou a pasta com um estalo seco, seu olhar era duro. “Encontre aquele prisioneiro antes que alguém mais o faça”, ordenou. “Não podemos nos dar ao luxo de perdê-lo também. Preciso saber quem está por trás disso tudo.”

Justin abaixou a cabeça. “Desta vez, foi nossa culpa”, disse ele apologicamente. “Não fomos cuidadosos o suficiente quando nos aproximamos dele. Ele deve ter sentido nossa presença e fugiu. Antes que pudéssemos chegar até ele, um carro saiu do nada — e o atropelou. Não pudemos fazer nada.”

Ele fez uma pausa, e a cena horrível do carro atingindo o homem e acelerando para longe passou por sua mente. Ele balançou a cabeça, afastando as imagens perturbadoras.

“Estava escuro demais para pegar a placa do carro”, ele adicionou amargamente.

Os punhos de Dylan se fecharam em cima da mesa. “Então, o que você está dizendo é que você não tem nenhuma pista — nada para rastrear a pessoa que o matou?”

“Eu…” Justin abriu a boca. Por um momento, ele perdeu as palavras. “Desculpe decepcioná-lo, senhor.”

“Droga, Justin – eu não preciso do seu pedido de desculpas”, Dylan rosnou, batendo o punho na mesa. “Eu quero resultado.”

Justin ficou parado, imóvel, sem palavras. Não conseguiu encontrar o olhar de Dylan, vergonha e arrependimento pesando muito sobre ele.

A operação da noite passada passou por sua mente — a equipe deles havia recebido informações sobre o homem sendo avistado em um bar decadente longe da cidade. Eles tinham se apressado em capturá-lo, e por um momento, o sucesso parecia estar ao alcance deles.

Mas o homem os avistou e tentou fugir, apenas para ser derrubado por um carro em alta velocidade antes que pudessem alcançá-lo. Justin assistiu, impotente, enquanto sua pista era eliminada em um instante.

“Este assunto está ficando sério…” Dylan murmurou, sua expressão mudando de raiva para pensativa. “Primeiro, o mecânico foi morto. E agora esse marginal. Eles estão limpando as pontas soltas.”

Seu olhar se endureceu. “A mesma pessoa é responsável por tirar Gianna da prisão, e é apenas uma questão de tempo antes que façam outro movimento. Precisamos nos manter à frente deles desta vez. Dobre a segurança ao redor da Ava. Não quero nenhuma falha na proteção dela.”

Justin não disse nada, sua mente girava com uma ideia. Mas ele hesitou em expressá-la.

Dylan podia ver que Justin tinha algo em mente. “Você tem algo a dizer. Diga.”

“Tenho uma ideia, mas…” Justin hesitou, escolhendo suas palavras com cuidado. “Não tenho certeza se você aprovará.”

“Fale”, Dylan exigiu.

Justin ergueu os ombros como se preparando para uma tempestade. “O alvo principal do inimigo é a Senhora Ava. Para atrai-los, poderíamos usá-la como isca.”

“O que você disse?” A reação de Dylan foi imediata, seu rosto escureceu com uma onda de fúria. “Você quer usar Ava como isca?” Ele se enrijeceu no lugar, seus olhos ardiam.

“Uh… isso é…”

“Não!” O rosnado de Dylan o interrompeu no meio da frase. “Eu nunca permitirei isso. Você entende o que está sugerindo? Colocar Ava em perigo está fora de questão.”

Justin estremeceu com a intensidade do olhar de Dylan, mas continuou. “Ouça-me, senhor. A equipe de segurança estará posicionada para protegê-la, e o inimigo não vai ver isso chegar. Nós poderíamos—”
“Má ideia”, Dylan cuspiu. “Eu rejeito.”

Justin abriu a boca para argumentar, mas o olhar de Dylan o silenciou. “Não arriscarei a vida dela por nada, nem mesmo para pegar este maldito inimigo.”

Justin suspirou, seus ombros caíram sob o peso da derrota. “Entendido”, ele murmurou. “Vou continuar procurando outras abordagens.”

“E não volte a propor algo tão imprudente novamente. Estamos entendidos?”

“Sim, senhor”, Justin respondeu, acenando bruscamente.

Enquanto Dylan estava no escritório, Ava parou na casa do Ethan. Ethan ficou agradavelmente surpreso ao vê-la.

“Bom dia, Ava.” Guiando-a até um assento, ele adicionou, “Você chegou na hora perfeita. Estava prestes a tomar café da manhã. Junte-se a mim.”

“Não obrigada”, ela recusou. Seu tom era cortante, sua postura rígida. “Eu já comi. Vá em frente.”

Ethan riu. “Como queira. Mas talvez você possa se juntar a mim mais tarde — estou indo para o orfanato.”

A expressão de Ava não se suavizou. Em vez disso, ela o fixou com um olhar penetrante. “Eu não vim aqui para tomar café da manhã nem para acompanhar. Preciso falar com você sobre algo sério.”

Seu tom sério tirou o sorriso do rosto de Ethan. Ele colocou sua xícara de café, franzindo a testa. “O que está te incomodando?”

Ava não perdeu tempo. “Eu sei sobre as mensagens que você enviou para o Dylan,” ela disse diretamente.

A calma fachada de Ethan se quebrou. A excitação que ele havia sentido há pouco desapareceu. Ele percebeu que Ava teve uma discussão com Dylan e que ela estava aqui para interrogá-lo. Uma fagulha de raiva dançou em seus olhos enquanto esperava pelo que ela tinha a dizer.

“Você sabia que Dylan não foi convidado para a festa,” Ava continuou. “Então por que você enviou aquelas fotografias? E por que você tirou fotos minhas com o Nicholas? Você não percebe como é o Dylan? Essas fotos podem facilmente despertar dúvidas na mente dele. O que você estava tentando fazer — causar problemas?”

“Sim, eu enviei”, ele admitiu asperamente, incapaz de controlar sua fúria. “Eu enviei aquelas fotos intencionalmente. Você lembra como ele me bateu? Como ele me humilhou? Eu queria fazê-lo ficar zangado, frustrado.”

Ethan torceu o fato mais uma vez. Ele pretendia instigar Dylan a iniciar uma briga com Nicholas, o que só aumentaria a tensão com Ava. Mas o que ele tinha antecipado não tinha acontecido. Ele não pensou que Ava viria interrogá-lo.

A paciência de Ethan era quase perdida. “Ele precisava saber o que está em jogo,” ele disse friamente. “Ele pensa que é dono do mundo. Eu queria que ele sentisse apenas uma fração da frustração que ele me causou.”

“Ok, espera aí.” Ava levantou a mão e o interrompeu. “Eu entendo que você está chateado com o Dylan. Mas isso? Isso não é uma forma de lidar com sua frustração.”

Seus olhos penetraram nos de Ethan, firmes e resolutos. “Você está arrastando a mim e ao Nicholas para esse caos, torcendo a realidade para se adequar ao seu narrativa. Nicholas é um amigo — nada mais. Você me escuta? Nada. A mensagem que você enviou para o Dylan foi feita para plantar sementes de dúvida, para provocá-lo. Isso é inaceitável.”

Sua voz ficou mais fria, mais cortante. “Se você se sentiu humilhado naquele dia, por que você não bateu nele de volta? Por que você não lidou com isso como um homem? Em vez disso, você escolheu me usar como arma. Eu não sou um objeto de seu uso. Entendeu?”

Cada palavra atingiu com precisão, atravessando seu coração. Ethan podia sentir sua compostura se esvaindo, a irritação borbulhando perigosamente próximo à superfície.

Ava respirou fundo, se estabilizando antes de falar novamente. “Espero ter sido clara.” Seu tom não estava tão frio quanto antes. “Ethan, você é da família para mim. Como um irmão. É por isso que estou te dizendo isso — eu não quero que você interfira nas coisas com Dylan. Isso é entre ele e eu.”

A paciência de Ethan estava prestes a estourar. “Você ainda se importa com aquele homem. Está planejando se reconciliar com ele?”

“Não”, Ava respondeu imediatamente. “Não é sobre ele. É sobre você, Ethan.” Ela pausou, deixando as palavras assentarem. Seu olhar não vacilou. “Você é melhor do que isso. Você sempre foi gentil, compreensível e calmo. Mas o que você fez — isso não é você.”

Ela se virou, suas costas eram rígidas. “Espero que você pense sobre o que eu disse. Não repita o erro.” Com isso, ela saiu.