Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 140

140: Quão rude ele é? 140: Quão rude ele é? Ethan cerrava as mãos em punhos, a tensão irradiando por seu corpo. O surto possessivo de Dylan agora fazia sentido – não era apenas orgulho, mas verdadeiros sentimentos por Ava que alimentavam seu ciúme e insegurança.

O pensamento enviou uma onda de inquietação através de Ethan. Se Ava e Dylan realmente se reconciliassem, suas próprias esperanças de estar com ela desmoronariam completamente. Ethan ficou inquieto.

“Una as mãos comigo.” A voz de Lydia interrompeu seus pensamentos em espiral.

Ethan virou seu olhar afiado para ela, suspeita estampada em seu rosto. Embora sua oferta soasse tentadora, ele não confiaria na Lydia. Ele não trabalharia com ela e trairia Ava. Se Ava descobrisse tal traição, isso destruiria o vínculo que compartilhavam.

“Por que eu confiaria em você?” ele retrucou. “Você deixou claro que odeia os Williams. Você é movida por vingança, não pela razão. E como membro da família Williams, eu nunca me aliaria a alguém como você. E deixe-me esclarecer uma coisa: não ouse pensar em prejudicar a Ava.”

Com essas palavras frias e finais, Ethan puxou a porta do carro aberta e saiu, batendo-a atrás de si.

Lydia o observava através do vidro fumê. “Como ousa falar comigo desse jeito,” ela murmurou através de seus dentes cerrados, seu maxilar apertando.

O insulto atingiu profundamente seu orgulho. Ela não teria sequer considerado rebaixar-se para abordar alguém como Ethan se não fosse seu desespero para romper o vínculo entre Ava e Dylan.

“Vou precisar encontrar outra maneira,” ela murmurou. Sua mente trabalhava, já criando novas estratégias para alcançar seu objetivo.

Enquanto isso, o motorista entrou no carro. Ele olhou brevemente para trás, para ela. “Para onde, senhora?”

“Leve-me para casa,” Lydia ordenou.

O motorista assentiu, voltando sua atenção de volta para a estrada enquanto o carro avançava.

Dentro do carro do Dylan…

Ava estava furiosa enquanto encarava Dylan, a tensão crepitando como um fio vivo. “Por que você é tão violento?” ela soprou. “Você o agrediu!”

“Eu farei isso se ele colocar as mãos em você,” Dylan rosnou, suas narinas dilatando.

“Não posso acreditar nisso.” Ava revirou os olhos. “Ethan é como um irmão para mim.”

“Sério?” Dylan deixou escapar um resmungo áspero e sem humor. “Pergunte a ele se ele pensa o mesmo de você.”

“Claro,” ela disse com confiança. “Eu confio nele.”

“Entendo.” Ele deu uma concordância seca. “Você está disposta a confiar em qualquer um neste mundo – exceto em mim.” A amargura gotejou de suas palavras.

“Hah…” Ela soltou uma risada depreciativa. “Você não tem o direito de exigir confiança. Você tem que conquistá-la. Ao longo do último ano, você perdeu a minha.”

Dylan rolava as mãos ao redor do volante. Um músculo em sua bochecha pulsava enquanto ele lutava para conter seu temperamento.

“Ele só queria compartilhar algumas informações. Nada mais,” ela acrescentou ferozmente. “Se você tivesse sido honesto comigo, eu não teria precisado me encontrar com ele.”

Ele atirou-lhe um rápido olhar carrancudo. “Honesto? Quando não fui honesto com você?”

Ava não pôde deixar de sorrir. “Ah, por favor. Isso é demais, vindo de você. Quando se trata de Gianna, você nunca foi honesto.” Ela inclinou a cabeça e perguntou, “Por que você não me disse que ela fugiu da prisão? Você sabia que o agressor estava em contato com os prisioneiros que fugiram com Gianna?”

A testa franzida de Dylan se aprofundou a cada palavra que ela pronunciava. Ele temia que Ethan pudesse manipular Ava, torcendo as informações e as evidências. Foi por isso que ele havia tentado proteger Ava, para impedir que Ethan mergulhasse nas profundezas obscuras do acidente. Mas aquele homem era incansável.

O medo de Dylan parecia tornar-se realidade. Parecia que Ethan não pararia até que virasse Ava completamente contra ele.

A voz penetrante de Ava cortou seus pensamentos. “Isso não pode ser apenas uma coincidência. Ethan acha que Gianna orquestrou o ataque contra mim. Não apenas ele, mas eu também tenho as mesmas dúvidas. E agora eu me pergunto por que você não falou nada sobre isso. O que está escondendo, Dylan?”

“Nada,” ele latiu, sua voz soando alto dentro do confinamento do carro. “Eu não te contei porque não queria te preocupar.”

“Sim.” Ela sorriu com escárnio, virando a cabeça para o lado.

“Vamos, Ava. Você está me suspeitando porque eu escondi isso de você?” A decepção de Dylan era palpável. “Ou há algo mais?”

Uma sombra cruzou seu rosto enquanto um pensamento perturbador perfurava seu coração. “Você acha que eu tive algo a ver com a fuga de Gianna?” Seus olhos penetraram nela, desesperados por uma negação, por um consolo. Mas Ava permaneceu em silêncio, nem mesmo olhando em sua direção.

Seu silêncio o atingiu como um golpe. Sua recusa em responder falou mais alto do que palavras, confirmando suas dúvidas. Seu coração doía, a bile amarga subindo à sua boca.

“Ethan disse algo, e sua confiança em mim balançou.” Seu peito se apertava com uma dor que ele não conseguia conter. “Se eu soubesse que era para isso que acabaríamos, eu não teria lutado com aquele brutamontes. Eu teria me afastado e deixado ele levar você.”

A expressão de Ava mudou de repente, seu olhar movendo na direção dele. O olhar ferido em seu rosto era como um soco em seu estômago; uma pontada de culpa a atingiu em seu coração. Ela havia permitido que a suspeita nublasse sua mente e esquecido o fato inegável de que ele havia a salvado daquele agressor.

“Estou trabalhando com a polícia para encontrá-la,” Dylan continuou. “Gianna não pode se esconder para sempre. E aquele homem – o que ousou tocar em você – ele vai pagar pelo que fez.”

A resolução em sua voz desgastava a parede de dúvida que ela havia construído, mas o arrependimento a corroía.

“Não sei como provar a você que não sou seu inimigo,” Dylan respirou; seu tom carregava uma nota de desespero. “Eu não vou deixar ninguém te machucar. Se puder, tenha fé em mim. Eu sei que te falhei antes. Cometi erros. Mas pelo menos, não deixe alguém distorcer a verdade e manipular você.”

Ava abriu a boca e se viu incapaz de responder. O nó em sua garganta cresceu, impedindo as desculpas que ela queria proferir. Ela já estava envergonhada e não conseguiu encontrá-lo nos olhos. Dylan suspirou e voltou sua atenção para a estrada.

O resto da viagem foi em silêncio. Nenhum deles fez uma tentativa de falar. Quando chegaram à vila, Ava desafivelou o cinto de segurança e alcançou a maçaneta da porta. Dylan, no entanto, permaneceu congelado em seu assento, suas mãos descansando no volante, o motor ainda ligado. Era como se ele não tivesse a intenção de sair do carro.

Ava lançou-lhe um olhar de esguelha. “Você vai para algum lugar?” ela perguntou hesitante.

“Você se importa?” ele respondeu friamente, seu tom cortante e seus olhos se recusando a encontrar os dela.

O estômago dela se apertou com sua resposta. “Eu só queria saber.” Sua resposta foi tão fria quanto a voz dele. “Se você não quer responder, tudo bem.” Sem esperar por uma réplica, ela empurrou a porta aberta e saiu do carro.

Assim que a porta bateu, o carro acelerou pela entrada Dylan mal podia esperar para sair.

Ava ficou paralisada, de boca aberta olhando para as luzes traseiras desaparecendo na esquina.

“Que falta de educação,” ela murmurou. “Depois de todo o seu grande discurso sobre fazer as pazes comigo, é isso que ele faz? Vai embora como se eu não fosse nada?” Ela fez beicinho, fumegante de frustração. “Se ele acha que vai me reconquistar assim, está sonhando. Eu não vou dar a ele a chance.”

Virando bruscamente sobre seu calcanhar, Ava entrou na vila.