Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 126
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126: Não consigo esquecer a dor que passei. 126: Não consigo esquecer a dor que passei. “””
Assim que a porta se fechou atrás dela, Lilianna deslizou pela mesma até o chão, suas pernas cedendo sob o peso de suas emoções. Lágrimas quentes escorriam por suas bochechas, descontroladas, enquanto anos de dor e raiva reprimidas jorravam. Suas mãos trêmulas cobriram seu rosto, abafando os soluços.
Lilianna sempre desprezara os métodos de Lydia, sua manipulação incessante e sua mão de ferro sobre suas vidas. Ela se lembrava das incontáveis vezes em que havia se manifestado, desafiado as ordens de Lydia e pagado o preço—tapas, noites trancada no úmido porão.
Não era amor que Lydia mostrava a elas. Nunca tinha sido amor. Era controle—uma dominação sufocante e implacável que torcia tudo que havia de bom em algo amargo.
Lilianna tinha fugido com Henry há quatro anos em busca de uma vida livre da tirania de sua tia. Mas ao fazer isso, ela deixara Dylan para trás, sozinho para suportar o peso do veneno de Lydia. Seu peito se agitava enquanto uma onda de arrependimento a inundava.
“Sinto muito, Dylan”, ela sussurrou, a culpa perfurando seu coração. “Eu jamais deveria ter te deixado com ela. Ela envenenou sua mente… mas não mais.” Seus dedos se fecharam em punhos contra suas bochechas úmidas. “Eu não vou te deixar dessa vez.”
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Ava voltou para casa. Quando entrou na casa, ela parou no lugar, seu fôlego preso enquanto absorvia a visão inesperada diante dela. O brilho quente de inúmeras velas dançavam pelas paredes. O delicado aroma de lavanda pairava no ar, calmante e intoxicante ao mesmo tempo. Era como entrar num sonho.
Ava olhou ao redor, atônita. O que ela via era algo que ela não havia esperado nem em seu sonho mais louco. “O que diabos está acontecendo?”
“Você está de volta.” O timbre profundo da voz de Dylan cortou seu transe, atraindo seu olhar para ele. Ele estava a alguns passos de distância, sua postura habitualmente distante substituída por um sorriso gentil que ela raramente via. Ele começou a diminuir a distância entre eles.
Dylan parou na frente dela, perto o suficiente para que ela pudesse sentir o calor leve que emanava dele. Por um momento, Ava sentiu como se o ambiente ao redor parasse de existir. Tudo o que ela podia ver era Dylan.
O coração de Ava acelerava enquanto ela o encarava, cativada. Seus olhos verdes penetrantes—tantas vezes frios e indecifráveis—agora transbordavam calor e algo mais profundo, algo que ela não conseguia nomear. Eles mantinham seu olhar com uma intensidade que a deixava sem fôlego.
Ela permaneceu enraizada em seu lugar… perdida—completamente e absolutamente perdida—no brilho terno de seus olhos. Naquele momento, ela teve a impressão de ver um mundo diferente naqueles orbes verdes—um mundo cheio de amor e esperança.
“O jantar está pronto”, Dylan murmurou enquanto pegava a bolsa de Ava, puxando-a de seu ombro.
“Hã?” Ava piscou para ele, sua testa franzindo em confusão. ‘Ele cozinhou!’ ela pensou, perplexa. Ela ouviu certo?
“Vem”, disse Dylan, gesticulando em direção à mesa de jantar. Ele caminhou na frente e puxou uma cadeira para ela.
Seus olhos varreram o que estava disposto na mesa, e sua expressão mudou de surpresa para algo mais indecifrável. Havia pratos elegantes de camarão, macarrão com queijo e lagosta, vieiras grelhadas e sashimi delicadamente arranjado.
“Tentei fazer algo especial para você”, disse Dylan, baixando-se na cadeira à sua frente. “Espero que você goste.”
O olhar dela alternava da mesa para Dylan e de volta para a mesa. “Eu sou alérgica a frutos do mar.”
Dylan congelou, seu sorriso hesitando em uma expressão de incredulidade. “O quê?” ele conseguiu dizer afinal. “Alérgica? Mas… você sempre cozinhava frutos do mar. Eu pensei que fosse o seu favorito.”
“Eu cozinhava para você, Dylan”, disse Ava friamente. “Olhe para esses pratos—o lagosta, o camarão, o sashimi. Todos esses são os seus favoritos. Eu nunca gostei deles.”
Dylan se recostou na cadeira, seus ombros caídos. Ele mergulhou em completo silêncio, seu olhar percorrendo os pratos. Sua confiança, a leve esperança que ele havia mostrado há pouco, desmoronou sob o peso de suas palavras. Ele havia tentado—sinceramente, pela primeira vez—mas havia dado terrivelmente errado.
Isso era para ser um passo na direção da reconciliação. Em vez disso, ele percebeu que havia exposto, sem saber, o quanto pouco ele verdadeiramente a entendia.
Frutos do mar eram realmente o seu favorito. Aconteceu que Ava havia cozinhado mariscos especificamente para ele no passado apesar do fato que ela era alérgica a eles.
“Você nem sequer sabe o que eu gosto de comer”, Ava continuou com um tom de amargura em sua voz. “Você nunca se deu ao trabalho de me conhecer. Meus gostos e desgostos não importam para você.”
Dylan estremeceu como se fosse atingido. A verdade de suas palavras o perfurou, não deixando espaço para negação. Ele havia estado tão consumido por seu mundo, sua vingança, suas suposições, que havia negligenciado vê-la—realmente vê-la.
“Ava, eu estou tentando”, ele disse urgentemente, agarrando as mãos dela. “Eu juro que estou tentando. Estou falando sério em salvar este casamento, e eu vou fazer qualquer coisa—qualquer coisa para te fazer feliz. Só não desista de nós. Por favor…”
Seus olhos estavam agora desesperados, buscando nos dela um lampejo de esperança, um sinal de que ela estivesse disposta a encontra-lo no meio do caminho. Mas Ava puxou as mãos de seu aperto. “Eu já decidi. Isso é apenas temporário. Não espere nada de mim.”
Ela se levantou para sair.
“Ava, espera!” Antes que ela pudesse dar um passo, Dylan estava na frente dela. “Você pode tentar me dar uma chance, não é? Olhe—” Suas mãos encontraram os braços dela enquanto ele olhava para baixo, para ela, com olhos cheios de anseio desesperado. “Estou pronto para fazer qualquer coisa por você. Eu quero que esse casamento dê certo. Confie em mim.”
O olhar de Ava estava cauteloso. A dor de seu passado a envolvia como um escudo inflexível, e a ideia de confiar nele novamente parecia pisar na mesma armadilha da qual ela mal havia escapado.
“Você teve a chance”, ela disse com um tom de tristeza, “mas você a perdeu.” No passado, ela havia desperdiçado seu tempo e juventude esperando por ele. Mas ela não faria isso novamente.
“Por que eu confiaria em você?” ela perguntou. “Para ser traída e machucada novamente? Eu não tenho mais forças para isso.” Ela respirou fundo e se firmou. “Eu estou aqui apenas por causa da Lilianna. Quando ela for embora, eu também irei.”
Ela se virou e caminhou em direção ao quarto.
“Ava, por favor.” Dylan correu para frente e a abraçou por trás, segurando-a perto dele. “Não fale em me deixar. Eu não vou deixar você ir.”
Ava congelou, seus ombros tremendo enquanto lágrimas não derramadas se formavam em seus olhos. “Eu não posso ficar,” ela sussurrou. “Eu não posso esquecer a dor que passei.”
“Eu não estou pedindo para você esquecer,” ele sussurrou de volta. “Eu estou implorando para você me perdoar e me aceitar de volta.”
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